sábado, 13 de julho de 2013

“Deus e “eu” abordado”

Estou com medo, passo na rua e nada vejo. Estou com medo, e olho para mim e sem mais demoras, descubro quem sou e por fim estou com medo porque não há uma força exterior a mim a ajudar-me. Percorro muitas vezes as ruas da cidade que me acolhe por obrigação e sem cessar fixo os olhos nos canteiros da rua, e vejo gentes sem vida e sem amor, e vejo gentes sem carinho e paixão. “Que posso eu então fazer para alegrar aquelas faces, onde reside o desamor das pessoas?” Corro sem parar para aquela que é a casa que me acolheu, formadas de tábuas e sem pregos, onde abunda o amor de Deus. Escorrem do meu rosto, pequenas pingas de falta de amor, não daquele que reside na Caixa Sagrada, mas sim dos seres por Ele criado, que sem força de vontade percorrem a cidade que me acolheu. Saio mais uma vez a rua e vejo com medo novamente as faces, que cada vez se vão degradando mais, que posso fazer eu? Penso assim Cristo, essência do meu olhar, abriu-me o céu para me acolher e com ele partilhar a vida eterna, os meus olhos fixam estupfactamente o seu rosto, procuram a beatitude da minha face, encontrei Deus no seu canto perdido, lá céu, onde reside o amor do grande pai, que Deus o colocou a sua direita. É nessa altura que navego dentro de mim e Navego por fotografias da memória, recordando quando Deus se mostrou a mim, mas lembro de outras coisas, que me deixam lágrimas no rosto, e acabo por molhar as páginas do grande livro. Regaram-me de algo, e sempre que assume a minha presença é como se fosse uma folha velha que ninguém gosta nem quer ver. É agora em que por causa da tristeza vivo afogado em problemas meus, que são Teus, porque se tu és o meu guia, porque me fazes sofrer ao ver aqueles rostos, aquela infelicidade. A beatitude reside em mim, mas quero que ela resida noutros, para que esses possam ver o que realmente há em mim para que eu seja eles. Dá-me força e tira-me este medo, nesse instante cerraram-me os olhos, mas Deus na sua divina providência, abriu-os e deixou a Sua luz entrar. A sua língua não fala, mas Deus a fez falar, com palavras e com as mesmas palavras demonstrei naquela pequena rua os meus verdadeiros sentimentos. Tapa-me as angústias e recorta-me o medo, mas sem parares fixa-me em Ti a minha vontade e sem medo dá-me forças.  Sem medo dirigi-me ao pobre senhor e com muito amor, dei-lhe aquilo que tinha, o meu amor por ela, e sem mais demoras descobri que os pequenos gestos são como um espelho pequeno, que mostra a verdadeira beleza do amor e o seu pequeno sorriso, foi a forma de olhar para mim e de me dizer obrigado, tristemente saio daquela pequena rua, e com a certeza de ter feito o melhor que podia, e numa expressão parecida a minha diz-me a pobre pessoa Doeu-me os olhos de te ver e furaram-se os tímpanos de te ouvir, quis saber um porquê, mas surge outro porquê, mas consola-me olhar e ver que os pequenos gestos são como um espelho pequeno, que mostra a verdadeira beleza do amor e, com lagrimas dei-lhe um grande beijo, na sua face enrugada, mas sempre com um sorriso. Mas onde será aquela pequena rua? É uma rua? Nada era rua, simplesmente era um lugar, chego ao meu lar e encosto-me a Sua imagem, perguntando se tudo o que fiz é correcto e nesse instante estou em frente ao espelho e num pequeno símbolo vejo o sorriso de Cristo, Nosso Senhor, que na sua forma maravilhosa, transborda-me o rosto de alegria.  Por fim, entendi que sem conseguir fazer o possível, nunca conseguirei fazer o impossível e que o impossível não é nada mais que o possível em ponto grande, por isso se começar pelo possível afirmando não o conseguir fazer chegarei ao impossível e serei capaz de dar mais de mim a quem olha para mim, esse foi o sorriso que fiquei depois de olhar para aquela pobre pessoa e perceber que ela é mais do que uma pobre senhora, é a força que dela brota. Numa tentativa de dizer adeus, sei que nada me faltará para ser aquele porque quem desejo ser, ser o eu que é mais que “tu”, sou momento “tu”, que alguém deseja.

                                                                                                               Afonso Tomás de Almeida

Eu sei que...


“Nada fazia esperar algo tão bom e tão belo. Assim alguém no seu íntimo definia após uma aventura. Na sensibilidade do amor, descobri que existe alguém que é mais forte que eu, essa pessoa és tu, Cristo Jesus, não és uma pequena medida, mas uma grande medida, que no teu íntimo, entraste na minha história e com amor acolhes-me. Que posso dizer mais? Colocas-te no meu caminho pessoas belas, na sua essência e existência, e pessoas com um íntimo forte e com uma força. Nestas palavras poderia nomear alguns nomes, mas isso dar uso a algo que na sua forma não passam de letras e formas que juntas formam uma palavra. Em frente a Ti estou sentado, com um terço na mão, a rezar a tua mãe, nossa senhora, mas surge-me na memória o sorriso daquela gente que é tua e que na minha vida colocas-te, e agora que posso dizer mais, sobre ti e sobre essa gente? Quando fiquei a porta, com o sorriso na cara, tu abriste-me a porta e com amor me acolhes, hoje quando passo por essa gente, ela acolhe-me com um amor fraterno, embora não se confunda por um amor de “Coeur”, porque esse faz parte de outro mundo que não é meu nem dessa gente. Mas porque escrevo isto? Para dar a entender que neste mundo só existe um Eu e um Tu, eu é este que ferverosamente escreve, e o Tu és esse que está guardado numa caixa amarela com uma grande vela e com amor nos ouves, mas pergunto mais uma vez porque escrevo isto? Na minha saudade de escrever decidi professar estas palavras para poder agradecer a uma pessoa pela forma que me acolheu, sabendo que as suas palavras são proferidas com amor, esse amor de quem vive para o outro pela felicidade do outro, não se confunda com amor carnal ou do “Coeur”, porque esse é para outras gentes, fazendo uso de umas outras palavras, direi “ Não sou eu que quero Deus, Deus busca-me e Deus dá-me o sorriso para eu viver na imensidão da sua força”. Por fim, Tu deste-me a conhecer uma pessoa, que pela sua força deu-me sempre força e continuará a dar, não interessa o que aconteça, de uma forma mais directa isto é uma mensagem de um pequeno escritor, uma mensagem de agradecimento e não uma mensagem de amor, esse objecto que só ele, o escritor, sente por Deus e seu Filho unigénito.”
                                                                                                                * Afonso Tomás de Almeida
 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Maré?


Se é verdade que a maré tem vida, então é por isso que os teus olhos são como a maré. Num apaziguamento de olhar, focas-te a tua vontade de me tocar, naquela noite de luar, onde eu fico ali sentado a espera de uma resposta. Que tipo de resposta virá, e que tipo de vibração acontecerá? Caminho na praia, a espera que a maré venha a mim, mas por vezes só se afasta e, numa estante parece que vem outra vez, mas com medo ou vergonha, volta para trás. Ficou outra vez o olhar dela no meu, como forma de dizer algo, mas como o seu sentimento é fraco, num uma simples palavra da boca dela sai. Agora sento-me, faço desenhos no ar e na areia, para que ela os apague e que me toque com aquele suave olhar, mas mais uma vez sem sucesso. Por vezes sinto que vivo mais numa casa do que numa praia, por vezes sinto que sinto pouco, e sinto muito, será uma espécie de dicotomia? As estrelas no seu tocam nas minhas lagrimas interiores, que pela saudade brotam dentro do meu coração e com ele, sai o sentimento que possa ter existido, em relação a maré. Sempre que andas de trás para a frente, com esse olhar, não há nada que renuncie mais do que uma simples palavra tua, és tu, água sem sabor e amor sem cor, que paira no meu pensamento noite e dia, numa tentativa de saber quem sou eu e quem és tu! Parece confuso, mas a noite já cá está, e com ela vem aquele cheiro a maresia, que brota da tua água e que cinge o meu rosto. O luar que cerca aquela praia, faz brilhar a minha fronte, que com o teu rosto de maré, fica mais claro, que a areia do seu amor. Mais palavras confusas se juntam a estas numa forma de complicar o que era fácil, mas se tudo depende-se do meu olhar, não estava aqui a escrever para lua ou para as estrelas e a descrever a maré que neste momento afasta-se cada vez mais de mim. E o que será feito do seu olhar e do seu toque? Quem virá descrever o que ela sente e o que o meu coração descreve? Termina a noite e o sorriso acaba por desaparecer naquela maré que nem o coração consegue descrever. Mas pergunto ao intimo descrever o quê? E para quem? Cabe agora a caixa do íntimo descobrir para quem ele olha, e afinal quem será esta maré? Será maré ou será algo mais importante? Talvez seja a saudade de um bem perdido ou de algo nunca conseguido... Assim termina o meu coração numa dicotomia entre o sentir a maré e fazer sentir, e quem será a maré?...

domingo, 9 de setembro de 2012

Conquista...



Não foi a essência de um olhar naquela noite, não foi a pinga de suor que caiu do rosto daquela e de outra pessoa, foi somente a vontade de conquistar terras nossas ocupadas por outras pessoas que não têm o carisma de ser português. Lutaremos contra a espada e venceremos contra a morte. Não passa de palavras que os inimigos dizem que os outros transferem com raiva e sem amor. Lutamos com vontade para termos o que era nosso, que já vinha das gerações anteriores, conquistamos o Algarve, porque aquela terra e aquela areia era nossa por amor. Mas porque é que agora perdemos o sorriso e deixamos as terras? A virtude do olhar daquela conquista é igual ao choro da vontade de conquistar o que hoje o povo moribundo deixa escapar. Já não existem mais odes, nem mais pessoas, que as escrevam, agora existem sim, pessoas que dizem as odes, com sentimentos próprios sem o verdadeiro amor a felicidade. Hoje, e não ontem ou no passado, as pessoas divertem-se a conquistar o que já foi conquistado sem deixar a sua marca, porque afinal aquilo que era do outro é nosso por mal direito.
Antigamente passavam vales e montanhas, com a força de conquistar mais valor dentro da sociedade, hoje, pisamos pessoas e magoa-mos outras pessoas, só por puro egoísmo. Agora eu pergunto, sobre a forma de dúvida, será esta a verdadeira conquista? No passado a conquista era saboreada com esperança e com amor, hoje é saboreada com dinheiro e mais dinheiro, que nunca foi nosso por direito. Hoje temos pessoas com mãos de ouro, e outras com mais de ferro, que nem ferro é! É só mais um cartão que se emita de ferro para ninguém. Agora não existem linhas para escrever o nome do rei que ajudou na conquista, agora existe buracos que um ou outro deixou ficar, agora, existe lágrimas de tristeza, mas antes exista lágrimas de vitória, porque a vitória era a forma de as pessoas se alegrarem, hoje já não existem carros de bois, existem pessoas que se encarregam de puxar os carros com os seus pertences pelas encostas da saudade, porque não somos nos os ocupantes, mas sim as nossas tristezas que ocupam aqueles carros, que no nosso suar nasceram, e que no nosso suor andam. E porque é que nós, povo que gloriosamente se apelidava de conquistador se deixou afundar no mar, que nasceu nosso, por direito, mas que é dos outros, por não direito? A virtude é egoísta assim como a forma de conseguir a virtude. Já não basta dizer, "eu tenho", mas sim "quero ter", porque muitos dizem, "eu tenho", mas  muitos mais dizem, "eu quero ter, mas nunca poderei ter". Que foi feito daquelas odes que residiam dentro de caixas fortes protegidas dos ladrões? Que foi feito daquela vontade protegida numa palavra que mal saía da boca sem parar? Nada se fez. Deixou-se ficar pela passiva, onde cada um vive o que tem que viver e conquista o que quer para ele, porque agora, está ode só interessa aquém tem um coração verdadeiro, e só esses é que conseguiram ler verdadeiramente o que quer dizer esta ode. Não se trata de um mero texto, mas sim de uma forma verdadeira de escrever a essência que nos foi tirada pela vontade dos outros. Andar pelos passeios é desconfiar da saudade, e andar pela estrada é desafiar o perigo. Hoje, já não existe um sonho! Assim como também não existe a vontade de sonhar, da mesma maneira que existem bilhetes perdidos nas caixas dos nossos desejos, porque, hoje, já não há quem sonhe, mas sim quem pensa que sonha.
Vivemos num campo onde a terra já foi mais que lavrada, agora é derrubada, pelos muros das tristezas que nelas assombram. Não se trata de um simples choro de tristeza, trata-se de uma falta de olhar para os outros, trata-se de uma falta de amar os outros, porque no passado, havia choro, pouca comida, poucos sonhos, mas havia a esperança, agora não há comida para os pobres, não há sonhos, nem há esperança, e aqueles que ainda têm esperança, são o futuro do nosso acordar amanhã, porque ao olhar para os seus olhos, vemos a vontade de conquistar algo que é nosso por direito, e mesmo que a estrada está a pique, eles lutaram para guardar o que é nosso, porque podem ser nossos os campos, as montanhas, e tudo o que existe na nossa terra, mas há algo que ninguém nos vai tirar é a esperança daqueles em que os olhos brotam essa força...Assim falou a ode da alma, na vontade da conquista...

sábado, 1 de setembro de 2012

Sentimento da Lua


Eu vivi da virtude da falta de amor, eu vivi da virtude da falta de carinho, mas morri da ternura que o meu “eu” me deu naquela noite de lua cheia, em que o seu interior era mais azul que o brilhar de alguns dos olhos mais harmoniosos deste e de outro lugar. Já não existem títulos, nem palavras que eu, este escravo das palavras, possa dar, aos seus amados textos. Naquela lua cheia encontram-se desejos numa concretizados, e palavras nunca ditas de forma a não amar mais do que o amor. A lua pergunta se a virtude é o significado do meu olhar, mas o meu olhar responde a virtude que a minha falta de amor, não se deve do olhar, mas sim da verdadeira paixão que nunca se inclinou para o meu coração como a própria lua. Se eu fosse amar a lua, diria que ela é a mais e maior, dedicatória de amor. O seu brilho chega ao meu coração, assim como a minha alma, chega ao coração do pequeno ser, que com os seus olhos lê semelhante carta de amor. Deitado debaixo da árvore, eu escrevo, sobre as teclas da minha máquina o que eu sinto pela lua, sem mais dicotomias, e sem mais desculpa, eu dedico-lhe a maior carta de amor, que o meu amor pode dar. Não amo ninguém somente a lua, que na noite de amor se ergueu para dar vida ao meu amor. E quem será este meu amor? É só mais uma palavra que a minha boca deixa fugir? Refugiei-me na vontade da árvore de me unir ao amor que a lua sentia por mim, mas nem assim, as dicotomias da verdade me deixaram em paz. Agora escuto o sussurrar da lua no meu coração, porque para ouvir o sussurrar da lua nos ouvidos, é para terminar com o sentimento de amor que sinto pela bela melodia da noite. Já não existem preceitos que me impeçam de amar a lua como ela me pode amar, porque afinal o amor nunca escolhe quem, se é um pequeno ser, no caso deste escravo, ou num grande ser no caso da lua. E agora termino a minha carta de amor a lua? Ou simplesmente vivo esta carta? Serão estas as palavras que eu guardarei na minha boca para dar vida a lua que na saudade de amar, outrora perdeu alguém, mas agora, com a vida de amar alguém ganhou o brilho para fazer-me brilhar a mim, nesta noite que a vida me encheu de verdadeiro sentimento…

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Folha de Jornal...


Quem sou eu? Como ainda existo? Porque ainda vivo? Onde estou? Faço estas perguntas meramente fracas a quem diz que o passado é como uma folha de jornal, que atestada de negro, cinzento e branco, onde algumas cores sobressaem numa pagina de fotos tristes que contão a vida de outrem. Navego com os meus dedos velhos, como se fosse um velho que as folheia. Já não sei se sou esta folha ou esta folha “eu”. Existem fotografias meramente mortas pelo passado que o tempo apagou sem vergonha nem ressentimentos. Umas folhas pensam que são a glória do passado, ou pensam que são a vitória do futuro. Vitória do futuro são aqueles maravilhosos textos que o jornal imprime como forma de crónica a uma e a outra pessoa, que nos motivos dos quais é geral. Existem letras que não passam de mera figurinhas que alguém com uma pequena máquina de escrever as ditou ao leitor que lê este jornal que sou eu, ou ele é que é meu! No momento da verdade não sou aquelas imagens que alguém pintou com amor e carinho, que sobressaem no momento, mas sim são aquelas notícias tristes que alguém as redigiu de forma a transforma-las num sentimento e não numa notícia. Estes dedos que escrevem numa leve e fina folha doem como pode doer a vontade de amar, mas não tem ninguém para amar, estes dedos redigem como se de uma pessoa criativa se trate. Mas porque fazer destas palavras ou imagens sentimentos vivos? Olhando para a data deste velho e já rasgado jornal vemos a idade do mesmo como se fosse uma pedra já com uns quilos de anos, e não com uma produção literária recente que alguém escreve. Não se trata de um romance, nem de drama, porque drama é as noticias que no seu íntimo se encontram, e romance é a vontade de serem amadas por verdade e não por esquemas, como aqueles que encontramos no término desta verdadeira aventura. Percorri caminhos, que a mentira deixou, como forma de encontrar a verdadeira e pura verdade, mas sem medo eu morri, porque as folhas estavam rasgadas. As cores nelas, de velhas que eram deixaram de pairar sobre o meu coração falso e foram para as entranhas das minhas velhas auto-estradas, que na vontade de encontrarem um rumo, perderam-se na sua própria vida. Quem não tem vida, passa a tentar procurá-la como este escravo das palavras que aqui redige a folha do jornal. Não são as notícias que dão vida ao jornal, mas quem as lê é que dá vida ao jornal, elas não foram escritas com amor, foram escritas para dar amor, e se no fim da vida deste jornal não existir ninguém para ama-las então o jornal morre e com ele vão as imagens das mais variadas cores e feitios e as verdadeiras palavras que se encontram no meio que o jornal tem. Passear as folhas neste jornal, incentiva a ouvir musica, que pela alma do jornal sintoniza-se dentro de cada um de nós, mas sem a vontade de descobri-la passa-se mais a procura de que a encontrar. Olhando para a sua largura, não vejo senão uns míseros milésimos de espessura que, em cada milésimo de milésimos centímetros, encontra-se uma história, uma pergunta, uma verdade. A história é a vitória sobre o futuro e a gloria do passado, que nas tormentas da vida, alguém com mais força que este escrevo escreveu falando da vitória de um futuro mais próximo que o amanha nascente, a pergunta é a sinceridade em igualdade com a sentimentalidade, que numa conjugação transformam-se na verdade da pura verdade, a verdade não é mais nada que a simples saudade de um bem que já se foi e nunca irá voltar, porque o passado pode ser a gloria sobre algo, o futuro a vitória, mas e o presente? Aí está a pergunta, o que é o presente? Esse tempo que confunde a saudade é mais uma vitória, mas de cada uma destes que lê o jornal, porque se olharmos para o passado vemos pequenos seres, que agora são velhos mas pequenos seres, mas se olhares para o futuro tens os pequenos seres do presente, que mais tarde se tornaram os velhos e pequenos seres, por isso, o presente é a linha que divide a vontade de folhear o jornal e a cega sinceridade de procurar a mais bela e pura melodia do sentimento, que é o bater da nossa alma, porque o bater do coração no jornal, já a muito que deixou de bater pela derrota de ser arrumado num armário sem sentimento. Quem folheia as folhas, pelo toque e pela vontade de descobrir depara-se com a sua histórias pelas rugas que o jornal tem, não são rugas normais, são sentidas e vividas, porque o jornal é uma pessoa em forma de papel, não sente, mas faz sentir, não mente, mas diz a verdade e acima de tudo não ama por palavras, ama por imagens ou gestos, porque cada folha folheada, pelas mãos deste escravo ou de outro, são a vitória de ser sentido por imagens ou gestos. Na sua capa encontra-se o resumo da sua vida e na sua fina contracapa, encontra-se a sua conclusão de uma vida cheia de sentimento verdadeiros, nunca sentidos pelo coração, mas sim por imagens ou gestos. E porque gestos? Por vezes deixar cair uma fina folha de um jornal que suavemente cai no chão, mostra que por mais que aquele jornal seja deixo cair no chão, tem sempre a glória de ser um jornal puro, que não se desencanta por gestos, mas que os aproveita para fazer deles uma forma linda de sentir. Agora as noticias terminam com lágrimas de quem as sentiu, mas que a verdade foram mais sentidas por quem as escreveu, mas que numa forma de sentimento verdadeiro mente ao longo desta longa reportagem jornalística, que na verdade, quer pela força do destino, encontrar a sua alma verdadeira que leia isto da maneira que eu a escrevi e senti, porque por vezes não é dizer eu amo-te, mas sim, quero descobrir quem és tu, porque gosto de ti pela forma de um jornal, do que pela forma de outra coisa, que não um ser que sente de verdade… Assim folheio as folhas deste jornal na tentativa de descobrir a verdadeira sensação de ser mais que uma pessoa, ser o conjunto do jornal que a alma escreve na verdadeira pastas de sentimentos que eu posso oferecer, agora deixo de ser fino como uma folha, porque não sou uma folha, mas passo a ser da espessura deste jornal que na verdade não passa de algo que alguém criou como forma de sentir mais que as imagens ou os gestos, sentir tudo de qualquer forma…

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Não necessito de olhar para sentir...


Não quis ouvir ninguém, mas foi obrigado a ouvir tudo e todos os que me rodeavam. A minha volta era só papéis com os meus gloriosos nomes. O meu olhar era viciado e só retirasse para uma pessoa, era aquela que naquele momento olhava para mim. A minha volta estavam uns bancos sem amor e sem piedade, mas que eu os amava. Foram os nomes, neles inscritos que me fizeram acordar para algo melhor. Agora sinto o som do relógio a tocar nos meus ouvidos como se me pedisse autorização para entrar neste mundo que é meu. Mas porque me visualizo noutro lugar? Eu estou aqui, dizia o vento quando passava nos meus ouvidos, mas eu com medo nunca lhe respondi. As palavras com negação ao meu íntimo seguiram-se logo após a separação do meu amor verdadeiro por aquele amor falso. Estou sentado na areia e rodeado de pessoas, ao meu lado encontra-se a pessoa que eu mais amei neste lugar, mas sem qualquer tipo de amizade para com ela. A tempo do tremer das minhas mãos, sinto alguém a tocar nos meus sentimentos como se eu fosse mais nada que uma simples pedra que todos ofendem e não pensam em rematar em mim, os seus meros e apaziguados sentimentos. Despertam nos outros meros sentimentos que cabem não só naquele funil com língua, mas também naquela pequena caixa de madeira, dentro do seu peito. Deito a minha cabeça naquele conjunto de penas, na minha cama, e na minha cabeça passam imagens sentidas, mas que alguém, pela altura da sua vida se esqueceu. Naquele momento cai o véu da minha felicidade, como se de uma simples manta se trata-se. Foram ditas palavras sem amor, e foram sentidas com tristeza, e reveladas com lágrimas verdadeiras. Os meus olhos choraram como se fossem independentes de mim, como o provavelmente serão... Por fim, a minha alma estremeceu, porque não entende o porque de tanta confusão gerada, em torno do meu intimo, quem sabe sentir, sabe ler tais palavras, mas eu como sou maquina que faz o sentimento, nem sei sentir nem sei fazer sentir... Agora gostava sentir, palavras verdadeiras vindas da boca da velha idade, que naquele misero lugar se encontra, não basta somente dizer que amo, mas sim dizer eu sempre te amarei, pois foram estas palavras que eu escrevi a lápis no meu coração no acto daquele toque de falta de amor... Assim fala a tristeza da algo, com revolta do seu intimo enfraquecido...

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Piano...


Sempre questionei o som do vento, mas nunca questionei a vontade de soprar. Tentei não questionar o som da viola, mas questionei. Tentei ler o som, mas não o consegui. Mas nunca questionei  o som do piano. Tocou no meu coração, mas foi como a morte, acontece uma vez e nunca mais acontece. O som do piano é como a clara ideia de som, que passa pela nossa mente, mas afinal o que é o piano? É mais um instrumento musical, ou simplesmente a linha que orienta a minha vontade? Deixei-me de intrigas, mas liguei-me ao som. Será só o som do piano que faz tocar uma nova melodia. Tenho medo da verdade do som, mas a vontade de o amar é maior. Agora fico deitado sobre as teclas que suavemente tocas, com carinho como se as pudesses magoar. Porque assim o fazes? O som verdadeiro do piano traduz em mim, a vontade de procurar a origem desse som. Ele passa entre os orifícios dos meus ouvidos e penetra com amor dentro da minha mente, que sem segurança daquilo mente por não fugir a realidade. Que será aquele som? Será o som da verdade? Depois de ler as minhas musicas descubro que que são letras com erros e sem amor, porque não têm o seu som predilecto. A melodia do piano é como a melodia do correr da água numa manhã de primavera, que pelas bordas do rio ela corre. O seu som acalma a vontade das pequenas pedras fugirem. Deixa para trás isso, diz a minha mente que não sabe questionar aquele som. Disfarcei-me de pianista e compus a mais bela melodia de amor, mas nem o som nem a pessoa em si, a adorou, que farei eu, este que toca com amor a música? Em questão de segundos deixei este lugar e mergulhei no som do piano, que sozinho tocava na sala da musica daquele palácio de outrora, que não passava de uma velha sala de uma velha casa. Nos seus arredores eu busco a harmonia das palavras para conquistar aquelas pautas e aqueles sons, porque afinal não sou eu que toca, é alguém que o meu olhar desconhece, mas que o meu olhar brilha ao som harmonioso daquele piano, mas e porque escrevo um texto com o título de uma coisa que nem as palavras atingem? A frustração da minha alma é grande e com ela vai a vontade de ser mais que uma alma, ser o som da alma do piano, a minha alma é como uma jaula que guarda algo perigoso e eu sem dúvida das minhas palavras, eu sou um perigo, porque escrevo com a forma dos sentimentos e não os sinto, não copio, mas crio a minha música no piano  e esta é a minha música. Nunca chorei com lagrimas, mas chorei com palavras, por isso é que questiono o som do vento, mas não a sua vontade, porque se eu questionei o som do vento e não a sua vontade, também questiono o som das lágrimas e não a sua vontade de fazer um som harmonioso, assim acontece o mesmo com o som do piano, não o quero questionar, mas questiono quem o toca e quem o produz, porque produzem pautas sem amor, e essas folhas, porque não passam de folhas, não são dignas de tocar no piano. Assim fala o som do piano produzido pelas minhas letras, que outrora foram sentidas por alguém que as quis sentir...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Uma coisa...


Uma coisa, não deixes de sentir, só porque o coração está fraco.
Uma coisa, não deixes de falar, só porque as palavras estão presas.
Uma coisa, não deixes de fazer-te ouvir, só porque não passas de ninguém.
Após o surgimento de ti, o meu olhar estagnou como se não houvesse amanha, o que se torna mentira porque o amanhã é formado pelo teu olhar e sem o teu olhar, não existe amanha. Sempre que te olhas ao espelho vez algo mais que a tua fronte ou o teu suposto corpo, vez mais que isso, vez a virtude que é tua, mas a alma que é de ninguém. Não te consideres ninguém porque tu és mais que alguém, és a força que habita em ti, no intuito de te ajudar a ver a verdade por atrás da mentira. Achas que te sentes só, alma hipócrita, enganas-te! Vives só dentro deste suposto corpo, mas não lutas só... Foges como a criança com medo foge de ver a sombra que tu és, mas és uma sombra digna de ser apreciada...
Uma coisa, não deixes de cantar, só porque tens mais que voz, tens a melodia dentro do coração.
Uma coisa, não deixes de vencer, só porque existe alguém mais forte que tu.
Uma coisa, não deixes de glorificar, só porque não apostam em ti.
Se resides dentro de mim, é porque eu te acolhi com o amor que eu posso dar ou transmitir. Não faças como o outro que vive dentro de algo que não é ele, mas é ele que vive dentro de outro. Os teus olhos têm a conquista de querer mais, e só de quereres mais já é mais que uma vitória, é a medalha de ouro, mesmo que ela não exista. Não ponhas de lado os caminhos que queres ser, mas sim, coloca-los no teu seguimento de vida, porque podes ser a fronte gloriosas, mas não és a sorte amada, podes ser a beleza em papel, mas não a beleza carnal.
Uma coisa, não desistas de mim, só porque eu sou o corpo que é teu.
Uma coisa, não percas o tempo, só para teres as coisas pequenas, mas perdoe para teres as coisas grandes.
Uma coisa, não feches os olhos só porque alguém os fechou para ti também.
Uma coisa, e para terminar, só vou deixar de te escrever, não é por não te amar, mas é porque não te consigo esquecer, porque mesmo sendo a minha alma, eu sinto mais que amor, sinto a vontade de agarrar de debruçar-me sobre ti e roubar-te a minha virtude que é tua...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O dia em que de ti surgiu o Adeus...


Será hipocrisia ou meramente um sentimento. As horas foram um factor de sofrimento e com elas vinham as lágrimas que na alegria de saírem dos meus olhos, sentiram-se mais feliz que uma mera e adorada pétala de rosa. Existia um jardim que fora plantado ao longo de um caminho que foi longo, mas no seu sentimento foi curto. Já a noite crescia quando o puro som do amor começa a romper e já as estrelas brilhavam quando o som da tua voz passou nas auto-estradas da minha cabeça. Porque encostei a cabeça e adormeci a pensar em ti? Seria a minha consciência a dizer que seria o teu último adeus? A noite continuou e eu a dormir fiquei. Ao longo daquele raiar de noite as palavras foram-se formando no meu íntimo e eu sentia de uma maneira ou de outra que aquela seria a noite em que o adeus estaria próximo, mas pela virtude do destino, ou meus pés não quiseram sair do buraco onde estavam. Os lagos de palavras eram mais que um adeus, eram lagos de gosto de ti, és e sempre serás mais que um neto, e eu dizia nesses lagos, ficaras sempre no meu coração. Pergunto-me porque não uso vírgulas nem as aspas? Porque são a mal formação do sentimento verdadeiro deste adeus. Poderá ser um simples adeus para estas palavras, mas para mim, eu que escrevo em forma de alguém em que a alma está meramente hipnotizada é um adeus sentido através das veias do meu coração que penetram o meu verdadeiro sentimento. As horas foram passando e as minhas persianas foram abrindo e vendo as horas a passar, recordo que no raiar das três da manhã acordo a sentir uma dor na minha estrada do sentimento em que solto uma lágrima, mas sem dor, a guardei outra vez. Percorri a casa a procura de respostas enquanto esperava que o telefone tocasse aquela melodia que me acordaria no dia a seguir a desesperar de choro. Foram-se formando palavras ao longo daqueles escassos minutos em que estive acordado, foram-se formando filmes em forma de curtas que na minha cabeça se exibiam, mas porquê? Estaria eu preocupado. Deveras sim. Retorno a cama no intuito de dormir mais descansado, mas o sucesso disso nunca aconteceu, até porque os filmes continuavam na minha cabeça. Viro para um lado e para o outro. Fecho e abro os olhos. Adormeço e acordo. Bocejo e não tenho sono. São estes os programas duos que naquela desprezada noite eu senti. Foi então que fecho as minhas persianas do no meu corpo, para voltar a dormir. Então sonho com rios e mares e finjo ser uma pessoa que nunca foi, um poeta de verdade que vive por rimar, mas sem rima, morre por falta de amar. Pergunto me eu, do que falo aqui, do adeus, e é do adeus que aquele poeta ditou um texto, é do adeus que aquele poeta acenou, é do adeus que aquele poeta me acorda. Era um poeta que sentia o que eu sentia, era um poeta que citava o que eu escrevia, porque aquela era a noite do adeus. Será demasiado repetir adeus? Uns acham que sim, e outro nem por isso, porque no término desta história, só existe um adeus, que é o adeus de uma pessoa que foi que só ficará dentro de mim, mas continuando que as linhas são grandes. Não sei as horas em que voltei a acordar, mas seriam menos que as sete da manhã, em que eu acordo e ouço o chilrear dos pequenos seres que pensam que são mais que um avião que pensam que têm o ar nas suas asas. De repente sinto o sol a bater nas frinchas da minha janela que naquela pequena manhã toca suavemente no meu quarto, mas foi como uma despedida daquele sol maravilhoso, que tão depressa pousou na minha janela, como já estava em escassos segundos a pousar no telhado do meu prédio, contudo e como o ar de sono ainda batia nos meus olhos deitei-me outra vez no meu leito e no meu suave lugar e mero sonhador. Volto a adormecer, mas desta vez na esperança de que não acorde sem ver de quem era aquele adeus que surgiu nas minhas auto-estradas do sentimento. É então que alguém suavemente me acorda e me diz que alguém mais que eu, mas sendo mais pequeno que eu, tinha partido para uma viagem onde só existe um bilhete de ida e não de ida e volta. O desaparecimento daquele olhar, o desaparecimento daquele sorriso desabou o meu campo de plantações que ao longo de vários anos fora plantado. E agora pergunto, meu querido avô porque partiste sem dizer-me um adeus? Será que o poeta era intermediário teu? Ou seria apenas a pura sensação de que tu me deixarias depressa? Chorei lágrimas invisíveis aos olhos, mas visíveis ao coração. Fiz caminhos visíveis aos meus sentimentos, mas invisíveis aos sentimentos dos outros. Aquele acorda que temos que ir para cima, cortou a minha vontade de pensar que tu eras mais que um avô para mim, deu-me mais força para acreditar que tu eras um amigo e não um avô! Agora e terminando estas palavras e descrevendo este adeus, quero dizer as minhas estradas e não auto-estradas que por vezes não são as lágrimas visíveis que dão por conta do amor que se tem por algo ou por alguém, mas sim aquilo que está dentro da nossa arca dos sentimentos, que vibra dentro de nós, é essa grande, mas pequena arca, que paira as nossas sensações e que transmitias assim que o amor quer, porque amar é ser mais que alguém amado e dizer, eu amo-te, é deliciar o outro ser pequeno ou grande o quanto grande é o nosso amor por ele, eu, este escravo das palavras, não digo eu amo-te, mas sim digo, eu sinto-te dentro da minha arca e quero continuar a sentir-te porque tu és o meu maior sentimento e por mais saudade que eu tenha de ti e do teu sorriso esta será e se sempre continuará a ser o dia em que o adeus de ti surgiu não pela tua humilde boca, mas pela tua humilde vontade de me amar, agora fica a duvida desta arca, porque me olhavas sempre que eu pensava em ti? Porque não tinhas receio de chamar por este escravo de palavra que tristemente escreveu estas fraternas palavras? São estas e outras respostas que ficaram guardadas no íntimo dessa arca do sentimento, por debaixo daquele forro que será só nosso e que contem imensas imagens e filmes reais que ao longo da minha vida ficaram guardadas e ficará sempre aquela celebre frase “ apanhas as laranjas podres” não é uma frase grande em termo de importância, mas em termos de sentimento é extremamente grande… Assim fala a saudade de quem sempre adorou esta pessoa, porque foi mais que um avô, foi um amigo para mim… Dedico-te, mesmo apesar de não estares aqui comigo este texto… ADEUS…

domingo, 1 de julho de 2012

Homem é isto?


Vive, mas mata para viver. Está contente, mas mata para ficar contente. Constrói, mas destrói. Homem é isto? Pensou que navegou, mas afinal fez o barco naufragar para louvor da sua glória. Homem é isto? Escreveu as linhas, mas derrubou-as como bem o seu íntimo entendeu. Deixou o coração ser cruel, para benefício da sua vida, mal construída. Homem é isto? Deixou o pobre passar fome e matou o indigente. Deixou os seus sem casa, e deu a ele mais que um lugar, deu o mundo que é nosso, mas que ele tornou dele. Homem é isto? Cresceu mais que os seus rodeios, pensando ser maior, e espezinhou os mais pequenos, como se fossem meros bichos que o ser divino criou. Homem é isto? Enterrou as almas que não passam de seres mais idosos em clausuras que por cima se encontra o mero e fino lençol e fez desses seres idosos um mero animal, onde passam fome e medo. Homem é isto? Construiu mais que a sua glória verdadeira permitiu, mas para isso matou muito mais que este jogo, que a vida permite, e fez uso fruto de quem não amava. Homem é isto? Fez fissuras num mundo que não é só dele, e alterou o verdadeiro sentido deste planeta, a quem chamam de Planeta Azul. Homem é isto? Desafiou as leis que outros, que não estes seres pensantes, criaram, e fez dele o verdadeiro mau uso para o qual não estavam destinadas. Homem é isto? Derrubou seres vivos que o planeta amava e fez deles escravos perpétuos, que a alma vil deixa fluir, e guardou os restos, para a troca de uma outra vida. Homem é isto? Escravizou pequenos seres de lugares internos de maneira a não se ferir a ele próprio, porque lhe trazia desconforto. Homem é isto? Fez de tudo o que o mundo alberga, um circo de feras que todos anunciam num verdadeiro íntimo de mal, porque não sente nunca com o coração. Homem é isto? Homem é isto e tudo mais...O  Homem deixou outros irem para lugares onde o único destino era a verdadeira e derradeira perda de amor, o Adeus. Foram campos e lugares infinitos onde só existia um destino, era o Adeus de outros como nós que se perderam na vanguarda de novos modos de pensar, mas agora termino, tremendo os meus moles dedos. Afinal Ser Homem é ser assim? Como poderei responder se da tenra idade eu passo, e nunca saberei se passarei dela, mas de uma coisa eu poderei ter a certeza, é que mesmo sendo eu Homem, sempre saberei que existirá um Adeus, diferente daqueles campos e lugares infinitos, mas será um Adeus com amor e compaixão... Porque o Homem pode ser isto, mas se lhe oferecerem amor, poderá ser um dia Aquilo... Assim fala a triste palavra do Adeus...


segunda-feira, 25 de junho de 2012

As dicotomias do amor


Viro para um lado e viro para outro. Assim começam as dicotomias do amor. A instituição do amor na minha alma foi feita através da verdadeira palavra, e não daquela, aquém chamam de falsa. As dicotomias são disclusões que o meu amor tem para com a minha alma, funcionando como uma espécie rara de um exame. Bastou olhar uma vez para verdadeiramente sentir esta palavra que em corações como o meu é severamente comprada. Existe uma linha que divide este amor, em amor verdadeiro, sentido pelo coração e um amor falso, sentido pelo olhar. A minha alma depois da afogante derrota, adquiriu o amor falso, em que esse só é sentido pela vontade de olhar e de ouvir. Sentir para mim causa distúrbios no meu intimo e confunde as minhas auto-estradas do sentimento, por isso ele quer voar para que esse sentimento raro não aflua no meu coração, mas sim no meu olhar. As três pirâmides naquela avenida, em que o som do vento entrelaça nelas, e também é lá onde paira o meu amor sobem a alçada daquelas torres. Após o incremento da virtude nessas torres o meu amor fugiu, pelas entranhas daquele chão, onde passam fome os pés que a virtude deixou lá... Deixou reticências para que nada ali formasse uma linha onde se possam pousar outros amores, porque o verdadeiro amor da virtude é o meu amor, mas o meu amor é como uma flor, se o sol nasce tardiamente o meu amor fluiu tardiamente, mas se ele nasce cedo, o meu amor também nasce cedo, mas existe um inconveniente, é que o meu amor é como a chuva, caí sempre e seca sempre. Agora e no fim de as dicotomias acabarem surge outro novo problema que é a falta de paixão entre eles... Aquela linha onde se sentia o amor pelo coração acabou e a outra passa a ter um lugar de prestígio como se fosse uma medalha de ouro que a alma tem. A virtude adquire o estatuto de verdadeiro sentimento e parte para outro amor, e o meu íntimo deixa de interferir comigo, e segue o seu rumo em direcção ao mar, e eu? Este que escreve? Fica a nora num barco podre que vai para o cais da solidão, onde com o auxílio da musa da alma continuará a escrever prosa, como nunca semelhantes dedos escreveram... Assim fala a musa da alma após o término da dor de tentar sentir o que somente com o olhar se vê...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A forma do quarto da minha alma...


Esperei pelas formas, mas deveras existem. Então procurei as palavras, mas nunca existiram. Por fim fiz aquele desenho, naquela manha de verão. Procurei atentamente um lápis naquele que outrora era a minha secretária, mas agora não passa de um pedaço de madeira, naquele velho quarto. Foi então que lembrei daquele caderno que tinha no meu guarda-fatos, nome dado por aquele que nunca teve nome, mas também já não existia. Contudo escavei entre aqueles restos e encontrei pequenos pedaços daquele caderno de relíquias que o passado ainda conservava, mas poucos eram esses pedaços. Levemente e suavemente juntei aqueles pedaços como se fossem memórias que a minha cabeça perdera ao longo dos anos, e esses pedaços foram formando sonhos, vivências e pensamento e mensagens nunca ditas a ninguém. A primeira e única frase começavam dizendo, eu tenho um sonho, que é ser mais que uma pedra, é ser a rocha que sustenta a montanha, que elabora aquelas esculturas que a natureza tem, mas acima de tudo quero ser o amor da chuva e a felicidade do sol. Aparentemente o sonho era esquisito, mas linhas abaixo, penso eu, existia uma reflecção que não dizia mais que, gostava de ser o sol, que brilha pela manha, gostava de ser a agua que passa pelas margens como se fosse um pequeno fio que passa entre o buraco da agulha, porque eu apenas não de uma misere folha seca, pela alma da mentira, porque eu não passo daquele plantinha murcha que a falta de amor criou, porque eu apenas não sou ninguém. Tomara eu nunca ler aquilo, porque terminada a leitura a minha fronte varresse com um rio de lágrimas, que nem os poros que a minha cara tem consegue escoar aquela vontade de enorme de chorar pela vontade perdida de amar. As minhas memórias de longa data foram apagadas pelas miseres memórias de curto prazo, não me recordo porque aquele velho caderno possuiu semelhantes memórias, a única coisa que a alma guarda é uma imagem que não vai com a força da corrente que saí daquela fonte de água, que são os meus olhos, e porquê? Não passo de um olhar morto pela vontade daquele pensamento e porquê? São tantas as perguntas que eu não consigo encontrar naqueles escombros que a alma guarda dentro de mim, agora quero abandonar este quarto que o meu corpo guarda, para dar lugar a um que o íntimo possui... 

sábado, 16 de junho de 2012

Fiz o meu próprio "Alta Definição"...

Nome? André Araújo

Idade? 20

É fácil gostar de ti? Não, sou um rapaz difícil em diversos temas...

Gostas de? De rir; do som do mar; das vozes das crianças; do olhar do outro(a); de me sentir amado; de que me falem ao ouvido, do miar do meu gato, do ronronar do meu gato, da forma do olhar do meu gato, de olhar a lua, de dormir, de me sentir ao sol, de sentir a areia nos pés, da chuva, não para me molhar, mas para dormir, do som da guitarra, do som do piano; de sentir o calor dos outros(as) no meu corpo, gosto de anatomia, daí o meu sonho em ser enfermeiro, mas não consegui concretizar...

Não gostas de? Ouvir gritos; estar só; de ver que há pessoas que beijam outras a nossa frente sabendo que nós possivelmente gostamos dela; de tristeza; da solidão, do medo, das alturas, de couves, de sopa, de batatas cozidas, de peixe, de falta de humanidade, de falta de solidariedade...


Quais são os sons da tua infância?Choros....

A que cheira a tua infância? Felicidade, mas acima de tudo tristeza....

O que mais te marcou? Uma fase má da minha vida...

O que gostas mais em ti?Talvez o sorriso e a alegria que tento transmitir aos outros, e em certa medida a comunicação que estabeleço com os outros...

Ser filha/o é o quê? É ser cuidado por alguém e é cuidar de alguém, é ser amando de forma gratuita e dar amor aos pais...

O que tu és hoje, já nasceu contigo? Algumas partes, outras sim...

Já desististe de algum sonho? Sim, pergunta qual!

Gostas de te ouvir? As vezes...

O melhor de ti está visível? As vezes sim, outras não, só para quem eu quero...

Olá ou Adeus? Olá sem duvidas, não gosto de despedidas... 


Heróis ou Vilões? heróis


Drama ou Comédia? Drama, mas comédia também, mas prefiro drama, não me julguem hipócrita... xD

Devagar ou depressa? Depende da situação... xD

Proibido ou Obrigatório? Nenhuma das duas... 

Traças o teu próprio caminho? Tendo por vezes sim, mas outras não...

O que aprendeste na vida? A não acreditar no amor, que alguém me possa dar... :(

Quando apontas o dedo? Tento dizer ao outro que pode ser melhor, mas esqueço-me que tenho três apontados a mim... 

Acreditas no destino? Sim...

Tentas perceber o outro? Sempre, apesar de ser difícil...

Tens um lado pior? Tenho, o ciume... :(

Perdes quando a razão? Não sei responder a isto...

Saudades de quê? De momentos felizes, mas acima de tudo do meu avó... :(

Quais os sinais da tua vida? Alguém, que todos sabemos...

Uma pessoa para eu conhecer? Eu...

Porquê essa pessoa? _Porque acho que não me conheço...

Foges do medo? Sim, por vezes digo que sou forte, mas não passo de um cobarde...

Ao longo do caminho tiveste dúvidas? Claro que tive e terei duvidas, mas sem duvidas não existia...

Estás a viver tudo o que queres? Definitivamente não, se pudesse fazer com que tudo fosse como eu quero eu faria, porque gostava de ter aproveitado alguns prazeres da vida e não os pode aproveitar...

O que dizem os teus olhos? Olhar místico de alegria e tristeza...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Escrever escreve quem sente e quem sente, vive para escrever...


Porque cantar, quando o canto não passa de um texto vivo? Sempre que a virtude canta, a alma vive para se sentir viver. Escrever escreve quem sente e quem sente, vive para escrever... Não bastou só olhar, mas sim sentir, sinto por sentir e não por simplesmente amar. Mas o que é amar? É mais uma forma de sentir a vontade de estar com alguém que na saudade do seu amor vive na ilusão de amar quem nunca pode amar. Sempre te olhei com olhos de sentir, mas tu sempre te puseste de lado e nunca tentar olhar, para mim, como se eu fosse uma simples flor, e agora dizes amar? Olhei para o redor naquela rua, onde nos vimos pela primeira vez e não senti nada, foi como se eu estivesse numa rua, com um movimento de sentir, mas tu, nada. Sempre pensei dizer que és o orgulho do meu olhar, a força para ti é como uma luz eterna dentro do meu coração que cintila dentro de mim, olha-me e eu olho-te porque sem ti a minha virtude morre, mas de facto a minha virtude já morreu há muito tempo. O íntimo que a alegria deixou, não passa de um navio que caminhou em pleno mar, numa noite de outono, e porquê? Deveras sinto as palavras que escrevo, deveras são verdadeiras estas palavras e deveras amo, sentir. Foste uma espécie de avião que levantou voo e nunca mais veio, como se tivesses despenhado no meu coração, porque de facto despenhas-te mas foi no coração da minha alma. E agora ouço o teu som por ouvir e desperto o sonho por despertar, quero cantar-te e fazer de ti algo que mais que uma alma que está presa dentro de mim, porque tu de facto és mais que uma alma, és a alma da virtude, a vontade do meu olhar, e o sentimento do meu intimo, com tantas definições és o quê? Tens um vasto texto ao longo deste olhar, que se transporta dentro de ti, e não aproveitas nenhum para te glorificares, bastou tu acabares, para o teu medo acabar também, deveras és uma mensagem, e deveras é uma parte de mim, porque eu é que sou uma parte de ti. Assim, como quem morre na saudade da perda da alma, eu vou atrás do rio, para nele eu afogar as minhas mágoas, eternas, que simplesmente sentem no meu coração, mas o teu nome, irá ficar gravado no meu coração, porque tu és ninguém e eu sou alguém que ninguém será! Termino na vontade de te ter sentido pela virtude do mero sentimento, porque para mim, és mais que alguém, é o nada que é tudo e o tudo que é nada. Assim fala a saudade que deveras sente semelhante sentimento...

domingo, 10 de junho de 2012

As vertentes de um amor em agonia...


A verdade é uma peça fundamental na construção da sociedade! As vezes a sociedade é uma pequena casa que mora no alto do mente! Porquê querer ser aquilo que não se quer! As vezes a mentira afoga o nosso coração, que fraco acaba por morrer! Ser, poder ser, querer ser! São as vertentes de um amor em agonia que vive na falésia das sensações. Não vivo para amar, mas vivo para sentir. Após a desforra da mente em relação a virtude o meu coração morre de tristeza. Não bastou somente um olhar, porque não gosto de sentir por ver, mas sim ver por sentir. Naveguei por mares que nunca antes tinha navegado, e o meu coração acabou por morrer. Percorri estradas que nunca tinha percorrido, para que a vontade de sentir fosse forte, mas e agora? Sentir em vez de ver ou ver em vez de sentir. Esta é a dicotomia que assombra a minha alma na noite do olhar da madrugada, está é a hora em que o rio afoga a vontade da sua virtude, e bastou afogar? Deveras. Transpareceu o teu olhar, no acto da tua falta de amar! E agora, quem vive para ser vivido depois do veneno transplantado no meu coração, pelo oceano de venenos que na virtude de sentir por sentir foi atacado. E agora só resta aquela e outra bandeira que foram lançadas pela saudade da vontade, mas será somente saudade? A saudade é um sentimento que a alma não assiste, a saudade não é um sentimento, mas sim uma forma de sentir algo que se transformou em alguém naquela e na outra noite de lua. Já não sinto que vivo, mas sim que vivo para sentir. Este sorriso que reside na minha fronte não é mais que um sorriso forçado que a alma deixa florescer. Como poderei gostar e fazer gostar desta e outra fronte que a minha montanha mostra? Acabou-se a dicotomia, e com ela foi a virtude, mas porquê? Porque a alma deixou de assisti-la, como a virtude acabou por desaparecer na noite de lua, como o oceano de veneno acabou por secar, naquele breu de calor que nasce na manha de verão e como morreu o meu coração depois da morte do seu bombear, e por fim o que resta? Nada, só o nada é que resta, porque não passa de um vazio que a alma tem na sua forma de viver… Assim fala o bombear na noite de lua e na manha de sol, porque morre não porque quer morrer, mas sim morrer para fazer com que tu, morras…

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Arriscar....


Vou procurar,
E não vou encontrar.
Vou esconder,
Mas tu vais procurar.
Vou escrever,
E tu vais apagar.
Por isso vou limitar-me a olhar,
Para o caminho que a minha frente se cruza.
Contudo tenho medo,
Sinto as pernas a congelar,
Mas vou lutar contra a alma,
Que me ultraja o coração 
E que me faz querer ser algo que não eu.
Agora viro a virtude e vejo mais que um caminho,
Vejo o fio que é teu, 
Mas que dentro de mim, 
Não é mais que uma linha que me une ao caminho correto.
Quero arriscar, mas tenho medo!
Quero viver, mas com vontade!
Quero procurar, mas com a virtude!
Quero descobrir, mas com o olhar do meu íntimo!
Porque se o mar é salgado,
Então a minha alma é grande como a tal profundidade.
E como assim a nuvem é branca,
Também a minha força se torna branca!
São estas as palavras, 
Que na forma de amor
São escritas ao intimo do meu olhar,
Mas que são fortes como a vontade da minha vida!
Podem existir pedras, mas a vontade vai quebra-las.
Podem existir curvas, mas a força vai destruí-las.
Podem existir lágrimas, mas só de alegria.
Que mais posso escrever, na forma de falar?
Que mais posso procurar, para rimar, de forma viva, 
Mas em que a virtude é que é o término desta prosa viva?
Já procurei, mas ainda persiste o medo!
Agora deixo as palavras fixarem-se,
Para que eu possa rever, 
A força desta prosa!
Que no ato de cantar,
Vai cantar ao olhar da minha alma.
Assim se descobre a virtude, 
Através de prosas que nem a vontade,
As consegue decifrar para a força de um acreditar...

Senhor?...


Porque quero formar novas palavras, Senhor?
Porque não tenho medo de arriscar, Senhor?
Serão estas as Tuas palavras que fazem nascer o meu coração?
Peço-te que ilumines a minha que daí do alto do Teu lugar,
Possas fazer mais que a existência.
Desejo que não me ajudes a mim, mas que tires partido de Ti, 
Para que possas dar mais amor aos pequenos seres, do que aos grandes seres.
Não te peço que redesenhes a minha linha orientadora,
Mas que faças dela curva para que eu conheça novos caminhos.

Senhor, não é uma palavra, mas uma forma de sentir!
Senhor não é uma oração, é alguém!
Senhor não é somente amor, mas sim um disco de ouro!
Para que quero mais palavra para Te dar? Se Tu és a palavras?
Não quero olhar só da Tua fronte! Quero poder descreve-la!
Quero tocar Nela, e Revive-la pelos meus caminhos até a eternidade.
Não quero cantar somente através da minha boca,
Mas cantar para Ti através do meu coração.

E agora que mais posso escrever, para Ti?
Serei hipócrita ao ser a pessoa que sou?
Já não procuro perguntas, mas sim respostas,
Para aquilo que sou e faço!
Já parei de desenhar as tuas formas,
Porque não há forma mais dívida que a cor do teu olhar!
Agora vou seguir a Tua linha,
Para que o meu caminho deixe de ser somente um passatempo,
E passe a ser uma fase Tua dentro do meu coração.
Agora terminado,  
Posso ser o quê através do teu fundamento?
Assim falo eu na procura de um caminho e,
Não uma linha que me liga...

terça-feira, 29 de maio de 2012

Adeus sentimento...


Coração escusas de voltar a bater,
Para mim morreste.
Coração escusas de estremecer com as minhas palavras,
Porque elas já não fazem o mínimo sentido.
Coração podes morrer,
Porque eu quero morrer contigo.
Já não há sentimento nas minhas estradas,
Porque a sua velocidade não é nada mais, nada menos,
Que a falta da virtude do meu olhar.
Quero desistir, 
Porque tu não bates.
Quero desistir,
Porque a minha fronte é esborraçada e mal formada.
Quero desistir de algumas palavras,
Que a minha alma as criou.
São mais palavras que frases,
Que o coração sentiu.
São mais palavras,
Que a lágrima amou.
Foram escritas em linhas de amor,
Mas que ninguém sentiu.
Foram escritas em linhas de paixão,
Que nem o coração as olhou.
Caíram de cima,
Porque as linhas romperam,
E romperam de forma triste que a sua cor azul acabou e passou a ser vermelhe.
Vou ficar triste,
E a lágrima vai cair,
Formar novas estradas na minha fronte mal formada,
E destruir tudo o que tem a destruir.
Quero voar daqui para fora,
Com alguém ao meu lado,
Mas a minha fronte é mal formada,
E a minha virtude foge.
Mas acima de tudo quero desistir
Daquela palavra,
Que na sua sequência se torna o término da minha felicidade.
E porque?
Porque a minha existe se fundida com a tua.
Como vivo na falésia das palavras e sem amor, quero atirar daqui esta palavra para que nunca me amou e nunca me sentiu, porque mais que estas palavras falem entre si, o meu coração quer morrer. Quero uma descarga elétrica para nunca mais morrer, quero ser a faísca que apagará o meu coração, quero ser as entreves nas estradas do meu coração para que tu, amor, não passes, acima de tudo quero desaparecer. Porque eu não passo da voz do sentimento. Este sentimento que nunca foi sentimento, mas simplesmente um objeto que todos sabiam que nunca iria ser amado. Não quero ser mais um sentimento, quero ser a estrela que paira no meu coração, para me dar força e harmonia, para me apascentar no dia-a-dia e pata me guardar no brilhar de cada dia... Assim fala a virtude que morre de saudade por querer ser amado... Adeus e fica bem sentimento...

domingo, 27 de maio de 2012

Formas de Sentir...


Já não há limites para as palavras,
Já não há limites para as ofensas,
Já não há limites para nada.
Pensam que falam por palavras,
Mas ofendem com gestos.
Admitem que eu sou o erro,
Mas eles é que são a sua formação.
Abusam de quem tem a virtude boa,
Mas faltam-lhe a humildade.
Criticam quem faz algo,
Mas não usam as suas mãos para nada.
Dizem-se mais que os outros,
Mas afinal são a podridão em pessoa.
Lançam palavras que me ofendem,
Porque não sabem dar valor e significado a elas.
Cantam versos em forma de ópera,
Mas a única opera que eu conheço reside dentro do meu coração.
Fazem-me olhar para baixo,
Mas quem é pequeno é que me faz olhar para baixo.
Acham que têm a melhor dicção do mundo,
Mas faltam-lhes amor para dar as palavras.
Olham o coração deles como se fosse o melhor,
Contudo não passam de uma máquina velha.
Querem ser os Reis, 
Mas a monarquia já morreu, dentro de mim.
Vivem na ilusão que são os melhores,
Por vezes são os piores.
E eu? Não sou nada.
Sou uma coisa, um objeto que todos utilizam e quando a sua alma, já não necessita da minha, deitam a minha fora, pensando que a sua canção entra no meu ouvi e sai logo, mas isso não é verdade. As minhas palavras estão fartas de serem lançadas e nunca serem ouvidas, porque por mais que eu tenho uma alma de pedra, com as chuvas ácidas ela está a partir-se, mas eu acredito que há outros caminhos e outros lugares onde eu posso meter a minha estátua da minha alma, e aí haverá alguém que lhe vai dar o seu devido valor...