segunda-feira, 25 de junho de 2012

As dicotomias do amor


Viro para um lado e viro para outro. Assim começam as dicotomias do amor. A instituição do amor na minha alma foi feita através da verdadeira palavra, e não daquela, aquém chamam de falsa. As dicotomias são disclusões que o meu amor tem para com a minha alma, funcionando como uma espécie rara de um exame. Bastou olhar uma vez para verdadeiramente sentir esta palavra que em corações como o meu é severamente comprada. Existe uma linha que divide este amor, em amor verdadeiro, sentido pelo coração e um amor falso, sentido pelo olhar. A minha alma depois da afogante derrota, adquiriu o amor falso, em que esse só é sentido pela vontade de olhar e de ouvir. Sentir para mim causa distúrbios no meu intimo e confunde as minhas auto-estradas do sentimento, por isso ele quer voar para que esse sentimento raro não aflua no meu coração, mas sim no meu olhar. As três pirâmides naquela avenida, em que o som do vento entrelaça nelas, e também é lá onde paira o meu amor sobem a alçada daquelas torres. Após o incremento da virtude nessas torres o meu amor fugiu, pelas entranhas daquele chão, onde passam fome os pés que a virtude deixou lá... Deixou reticências para que nada ali formasse uma linha onde se possam pousar outros amores, porque o verdadeiro amor da virtude é o meu amor, mas o meu amor é como uma flor, se o sol nasce tardiamente o meu amor fluiu tardiamente, mas se ele nasce cedo, o meu amor também nasce cedo, mas existe um inconveniente, é que o meu amor é como a chuva, caí sempre e seca sempre. Agora e no fim de as dicotomias acabarem surge outro novo problema que é a falta de paixão entre eles... Aquela linha onde se sentia o amor pelo coração acabou e a outra passa a ter um lugar de prestígio como se fosse uma medalha de ouro que a alma tem. A virtude adquire o estatuto de verdadeiro sentimento e parte para outro amor, e o meu íntimo deixa de interferir comigo, e segue o seu rumo em direcção ao mar, e eu? Este que escreve? Fica a nora num barco podre que vai para o cais da solidão, onde com o auxílio da musa da alma continuará a escrever prosa, como nunca semelhantes dedos escreveram... Assim fala a musa da alma após o término da dor de tentar sentir o que somente com o olhar se vê...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A forma do quarto da minha alma...


Esperei pelas formas, mas deveras existem. Então procurei as palavras, mas nunca existiram. Por fim fiz aquele desenho, naquela manha de verão. Procurei atentamente um lápis naquele que outrora era a minha secretária, mas agora não passa de um pedaço de madeira, naquele velho quarto. Foi então que lembrei daquele caderno que tinha no meu guarda-fatos, nome dado por aquele que nunca teve nome, mas também já não existia. Contudo escavei entre aqueles restos e encontrei pequenos pedaços daquele caderno de relíquias que o passado ainda conservava, mas poucos eram esses pedaços. Levemente e suavemente juntei aqueles pedaços como se fossem memórias que a minha cabeça perdera ao longo dos anos, e esses pedaços foram formando sonhos, vivências e pensamento e mensagens nunca ditas a ninguém. A primeira e única frase começavam dizendo, eu tenho um sonho, que é ser mais que uma pedra, é ser a rocha que sustenta a montanha, que elabora aquelas esculturas que a natureza tem, mas acima de tudo quero ser o amor da chuva e a felicidade do sol. Aparentemente o sonho era esquisito, mas linhas abaixo, penso eu, existia uma reflecção que não dizia mais que, gostava de ser o sol, que brilha pela manha, gostava de ser a agua que passa pelas margens como se fosse um pequeno fio que passa entre o buraco da agulha, porque eu apenas não de uma misere folha seca, pela alma da mentira, porque eu não passo daquele plantinha murcha que a falta de amor criou, porque eu apenas não sou ninguém. Tomara eu nunca ler aquilo, porque terminada a leitura a minha fronte varresse com um rio de lágrimas, que nem os poros que a minha cara tem consegue escoar aquela vontade de enorme de chorar pela vontade perdida de amar. As minhas memórias de longa data foram apagadas pelas miseres memórias de curto prazo, não me recordo porque aquele velho caderno possuiu semelhantes memórias, a única coisa que a alma guarda é uma imagem que não vai com a força da corrente que saí daquela fonte de água, que são os meus olhos, e porquê? Não passo de um olhar morto pela vontade daquele pensamento e porquê? São tantas as perguntas que eu não consigo encontrar naqueles escombros que a alma guarda dentro de mim, agora quero abandonar este quarto que o meu corpo guarda, para dar lugar a um que o íntimo possui... 

sábado, 16 de junho de 2012

Fiz o meu próprio "Alta Definição"...

Nome? André Araújo

Idade? 20

É fácil gostar de ti? Não, sou um rapaz difícil em diversos temas...

Gostas de? De rir; do som do mar; das vozes das crianças; do olhar do outro(a); de me sentir amado; de que me falem ao ouvido, do miar do meu gato, do ronronar do meu gato, da forma do olhar do meu gato, de olhar a lua, de dormir, de me sentir ao sol, de sentir a areia nos pés, da chuva, não para me molhar, mas para dormir, do som da guitarra, do som do piano; de sentir o calor dos outros(as) no meu corpo, gosto de anatomia, daí o meu sonho em ser enfermeiro, mas não consegui concretizar...

Não gostas de? Ouvir gritos; estar só; de ver que há pessoas que beijam outras a nossa frente sabendo que nós possivelmente gostamos dela; de tristeza; da solidão, do medo, das alturas, de couves, de sopa, de batatas cozidas, de peixe, de falta de humanidade, de falta de solidariedade...


Quais são os sons da tua infância?Choros....

A que cheira a tua infância? Felicidade, mas acima de tudo tristeza....

O que mais te marcou? Uma fase má da minha vida...

O que gostas mais em ti?Talvez o sorriso e a alegria que tento transmitir aos outros, e em certa medida a comunicação que estabeleço com os outros...

Ser filha/o é o quê? É ser cuidado por alguém e é cuidar de alguém, é ser amando de forma gratuita e dar amor aos pais...

O que tu és hoje, já nasceu contigo? Algumas partes, outras sim...

Já desististe de algum sonho? Sim, pergunta qual!

Gostas de te ouvir? As vezes...

O melhor de ti está visível? As vezes sim, outras não, só para quem eu quero...

Olá ou Adeus? Olá sem duvidas, não gosto de despedidas... 


Heróis ou Vilões? heróis


Drama ou Comédia? Drama, mas comédia também, mas prefiro drama, não me julguem hipócrita... xD

Devagar ou depressa? Depende da situação... xD

Proibido ou Obrigatório? Nenhuma das duas... 

Traças o teu próprio caminho? Tendo por vezes sim, mas outras não...

O que aprendeste na vida? A não acreditar no amor, que alguém me possa dar... :(

Quando apontas o dedo? Tento dizer ao outro que pode ser melhor, mas esqueço-me que tenho três apontados a mim... 

Acreditas no destino? Sim...

Tentas perceber o outro? Sempre, apesar de ser difícil...

Tens um lado pior? Tenho, o ciume... :(

Perdes quando a razão? Não sei responder a isto...

Saudades de quê? De momentos felizes, mas acima de tudo do meu avó... :(

Quais os sinais da tua vida? Alguém, que todos sabemos...

Uma pessoa para eu conhecer? Eu...

Porquê essa pessoa? _Porque acho que não me conheço...

Foges do medo? Sim, por vezes digo que sou forte, mas não passo de um cobarde...

Ao longo do caminho tiveste dúvidas? Claro que tive e terei duvidas, mas sem duvidas não existia...

Estás a viver tudo o que queres? Definitivamente não, se pudesse fazer com que tudo fosse como eu quero eu faria, porque gostava de ter aproveitado alguns prazeres da vida e não os pode aproveitar...

O que dizem os teus olhos? Olhar místico de alegria e tristeza...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Escrever escreve quem sente e quem sente, vive para escrever...


Porque cantar, quando o canto não passa de um texto vivo? Sempre que a virtude canta, a alma vive para se sentir viver. Escrever escreve quem sente e quem sente, vive para escrever... Não bastou só olhar, mas sim sentir, sinto por sentir e não por simplesmente amar. Mas o que é amar? É mais uma forma de sentir a vontade de estar com alguém que na saudade do seu amor vive na ilusão de amar quem nunca pode amar. Sempre te olhei com olhos de sentir, mas tu sempre te puseste de lado e nunca tentar olhar, para mim, como se eu fosse uma simples flor, e agora dizes amar? Olhei para o redor naquela rua, onde nos vimos pela primeira vez e não senti nada, foi como se eu estivesse numa rua, com um movimento de sentir, mas tu, nada. Sempre pensei dizer que és o orgulho do meu olhar, a força para ti é como uma luz eterna dentro do meu coração que cintila dentro de mim, olha-me e eu olho-te porque sem ti a minha virtude morre, mas de facto a minha virtude já morreu há muito tempo. O íntimo que a alegria deixou, não passa de um navio que caminhou em pleno mar, numa noite de outono, e porquê? Deveras sinto as palavras que escrevo, deveras são verdadeiras estas palavras e deveras amo, sentir. Foste uma espécie de avião que levantou voo e nunca mais veio, como se tivesses despenhado no meu coração, porque de facto despenhas-te mas foi no coração da minha alma. E agora ouço o teu som por ouvir e desperto o sonho por despertar, quero cantar-te e fazer de ti algo que mais que uma alma que está presa dentro de mim, porque tu de facto és mais que uma alma, és a alma da virtude, a vontade do meu olhar, e o sentimento do meu intimo, com tantas definições és o quê? Tens um vasto texto ao longo deste olhar, que se transporta dentro de ti, e não aproveitas nenhum para te glorificares, bastou tu acabares, para o teu medo acabar também, deveras és uma mensagem, e deveras é uma parte de mim, porque eu é que sou uma parte de ti. Assim, como quem morre na saudade da perda da alma, eu vou atrás do rio, para nele eu afogar as minhas mágoas, eternas, que simplesmente sentem no meu coração, mas o teu nome, irá ficar gravado no meu coração, porque tu és ninguém e eu sou alguém que ninguém será! Termino na vontade de te ter sentido pela virtude do mero sentimento, porque para mim, és mais que alguém, é o nada que é tudo e o tudo que é nada. Assim fala a saudade que deveras sente semelhante sentimento...

domingo, 10 de junho de 2012

As vertentes de um amor em agonia...


A verdade é uma peça fundamental na construção da sociedade! As vezes a sociedade é uma pequena casa que mora no alto do mente! Porquê querer ser aquilo que não se quer! As vezes a mentira afoga o nosso coração, que fraco acaba por morrer! Ser, poder ser, querer ser! São as vertentes de um amor em agonia que vive na falésia das sensações. Não vivo para amar, mas vivo para sentir. Após a desforra da mente em relação a virtude o meu coração morre de tristeza. Não bastou somente um olhar, porque não gosto de sentir por ver, mas sim ver por sentir. Naveguei por mares que nunca antes tinha navegado, e o meu coração acabou por morrer. Percorri estradas que nunca tinha percorrido, para que a vontade de sentir fosse forte, mas e agora? Sentir em vez de ver ou ver em vez de sentir. Esta é a dicotomia que assombra a minha alma na noite do olhar da madrugada, está é a hora em que o rio afoga a vontade da sua virtude, e bastou afogar? Deveras. Transpareceu o teu olhar, no acto da tua falta de amar! E agora, quem vive para ser vivido depois do veneno transplantado no meu coração, pelo oceano de venenos que na virtude de sentir por sentir foi atacado. E agora só resta aquela e outra bandeira que foram lançadas pela saudade da vontade, mas será somente saudade? A saudade é um sentimento que a alma não assiste, a saudade não é um sentimento, mas sim uma forma de sentir algo que se transformou em alguém naquela e na outra noite de lua. Já não sinto que vivo, mas sim que vivo para sentir. Este sorriso que reside na minha fronte não é mais que um sorriso forçado que a alma deixa florescer. Como poderei gostar e fazer gostar desta e outra fronte que a minha montanha mostra? Acabou-se a dicotomia, e com ela foi a virtude, mas porquê? Porque a alma deixou de assisti-la, como a virtude acabou por desaparecer na noite de lua, como o oceano de veneno acabou por secar, naquele breu de calor que nasce na manha de verão e como morreu o meu coração depois da morte do seu bombear, e por fim o que resta? Nada, só o nada é que resta, porque não passa de um vazio que a alma tem na sua forma de viver… Assim fala o bombear na noite de lua e na manha de sol, porque morre não porque quer morrer, mas sim morrer para fazer com que tu, morras…

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Arriscar....


Vou procurar,
E não vou encontrar.
Vou esconder,
Mas tu vais procurar.
Vou escrever,
E tu vais apagar.
Por isso vou limitar-me a olhar,
Para o caminho que a minha frente se cruza.
Contudo tenho medo,
Sinto as pernas a congelar,
Mas vou lutar contra a alma,
Que me ultraja o coração 
E que me faz querer ser algo que não eu.
Agora viro a virtude e vejo mais que um caminho,
Vejo o fio que é teu, 
Mas que dentro de mim, 
Não é mais que uma linha que me une ao caminho correto.
Quero arriscar, mas tenho medo!
Quero viver, mas com vontade!
Quero procurar, mas com a virtude!
Quero descobrir, mas com o olhar do meu íntimo!
Porque se o mar é salgado,
Então a minha alma é grande como a tal profundidade.
E como assim a nuvem é branca,
Também a minha força se torna branca!
São estas as palavras, 
Que na forma de amor
São escritas ao intimo do meu olhar,
Mas que são fortes como a vontade da minha vida!
Podem existir pedras, mas a vontade vai quebra-las.
Podem existir curvas, mas a força vai destruí-las.
Podem existir lágrimas, mas só de alegria.
Que mais posso escrever, na forma de falar?
Que mais posso procurar, para rimar, de forma viva, 
Mas em que a virtude é que é o término desta prosa viva?
Já procurei, mas ainda persiste o medo!
Agora deixo as palavras fixarem-se,
Para que eu possa rever, 
A força desta prosa!
Que no ato de cantar,
Vai cantar ao olhar da minha alma.
Assim se descobre a virtude, 
Através de prosas que nem a vontade,
As consegue decifrar para a força de um acreditar...

Senhor?...


Porque quero formar novas palavras, Senhor?
Porque não tenho medo de arriscar, Senhor?
Serão estas as Tuas palavras que fazem nascer o meu coração?
Peço-te que ilumines a minha que daí do alto do Teu lugar,
Possas fazer mais que a existência.
Desejo que não me ajudes a mim, mas que tires partido de Ti, 
Para que possas dar mais amor aos pequenos seres, do que aos grandes seres.
Não te peço que redesenhes a minha linha orientadora,
Mas que faças dela curva para que eu conheça novos caminhos.

Senhor, não é uma palavra, mas uma forma de sentir!
Senhor não é uma oração, é alguém!
Senhor não é somente amor, mas sim um disco de ouro!
Para que quero mais palavra para Te dar? Se Tu és a palavras?
Não quero olhar só da Tua fronte! Quero poder descreve-la!
Quero tocar Nela, e Revive-la pelos meus caminhos até a eternidade.
Não quero cantar somente através da minha boca,
Mas cantar para Ti através do meu coração.

E agora que mais posso escrever, para Ti?
Serei hipócrita ao ser a pessoa que sou?
Já não procuro perguntas, mas sim respostas,
Para aquilo que sou e faço!
Já parei de desenhar as tuas formas,
Porque não há forma mais dívida que a cor do teu olhar!
Agora vou seguir a Tua linha,
Para que o meu caminho deixe de ser somente um passatempo,
E passe a ser uma fase Tua dentro do meu coração.
Agora terminado,  
Posso ser o quê através do teu fundamento?
Assim falo eu na procura de um caminho e,
Não uma linha que me liga...