terça-feira, 29 de novembro de 2011

Esquecimento...

Ser como tu é algo que o mundo esquece. A tua força penetra no meu coração e afecta-me de uma maneira, que nem a própria razão a irá bater. Sei que tu és como o mar, tão depressa vem como vai. Sei que és inexistente, mas a tua vivacidade trespassa monte, vales e rios. Sei também que transbordas um amor efémero que nem conhece penetrar no meu coração por tão curso que ele é. A minha vida contigo é efémera e por mais que eu tente faze-la viver, tu inexistente nem cabes no meu coração. Percorrer os caminhos que a alma impinge é algo que a minha memória não faz. Escrever é a única forma que o inexistente não me afecta, talvez eu seja possessivo e medroso? Sim tenho medo de ti inexistente... A tua iniquidade faz os meus olhos ficarem fechados, porque não suportam a verdade que tu transportas. Dei comigo a escrever uma verdade num vidro qualquer em que tu estavas lá como um figurante. Eras como uma peça de imobiliário dentro de algo. Estavas dentro do meu coração, por vezes sentia uma picadela que me furava a alma. Agora está feita em pedaços, cada pedaço com o seu significado e cada significado tem um lugar. Sei que por vezes esse lugar é esquisito e inóspito. Porque será assim! Será assim porque nem sempre temos uma vitória justa. Caminhamos como se não houvesse um fim, existe um fim que o inexistente não assiste e a força com que ele escoa os nossos sentimentos, é bruscamente triste. Ser a alma que sente, os olhos que vêm e a boca que descrever, para o inexistente é um mito, tradicionalmente esquecido. Porque será? Tu inexistente também um mito, que por vezes nem uma palavra verdadeira sabes escrever, baseias-te somente em algo que nem tu próprio vês... A cerca que me rodei-a permite-me ver a sinceridade que tens para comigo. Tenho a certeza que não és sincero. A sinceridade para ti é como e fosse a água que escassa no deserto. Deserto esse que vive dentro de ti, deserto esse que existe porque tu existes. Desabafa essa mágoa em quem com força possa ouvir, inexistente tens que desaparecer, e virar a forma como existes. Não te quero mais na minha cerca nem a percorrer de alto abaixo a minha janela... Deixa-me e muda-te como que me mudarei, sou forte porque sou como o vento, empurra tudo com a sua calma... Sai inexistente... Sai...

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Falésia...

Vou a falésia procurar-te, mas tu não estás. Vejo o seu fundo como se te estivesse a visualizar, mas sem sucesso. Caem-me as lágrimas pelo rosto, como se fosse uma cascata. Sempre pensei que o meu choro fosse a minha salvação, mas sem qualquer resultado. Ao meu pescoço tenho uma fotografia, com esse sorriso que jamais esquecerei, mas será que te recordas. Sempre que passavas por mim era como a origem de outro mundo, mas tu cais-te na falésia. Aquela curva da infelicidade, pareceu no teu caminho, como se fosse mais uma maneira de tu fugires de mim. Vou em buscas das minhas coisas a fotografia em que o teu coração está em destaque. Cada palavra escrita no determinado sítio e lugar é como se fosse a inscrição para o nosso futuro. Porque ages assim. Sei que não tenho o que queres... Não quero parar para pensar... Neste momento estou debruçado na falésia, é tão alto, como alto eu sonhei. Sonhei a felicidade, mas saiu um pacote diferente. Tu alma descreves os meus sentimentos, mas traíste-me. Sempre pensei que fosse minha e eu teu, mas deveres era verdade. No canto do olho consigo sentir o teu suspiro e a tua voz bate no meu coração. Cada lágrima derramada é como uma pedra de gelo que eu tiro de mim. Sei que és mais forte que tudo, sei que és a verdade, mas sinto-me a pétala de uma flor seca. Atiro da falésia todas as memórias vistas em edifícios perdidos num determinado lugar. O teu retrato feito por mim, guardado naquela parede, grande, eu rasguei-o e atirei-o. Gostavas que fosse minha, mas tu não quiseste. Nem tudo que falo é verdade. Sinto-me triste nesta falésia, e perdido neste mar. Todas as formas de viver foram apagadas e não sinto senão a tristeza no meu coração. Sei que sabes que falo de ti, alma és a minha força que transporta os meus raros e poucos sentimentos. Na falésia estou depois da cerca, estou prestes a atirar-me para ir ter contigo, e então dou um passo, e começo a cair. Há minha cabeça só vem o teu olhar, a tua vivacidade e o teu sorriso, continuamente caio e vejo-te nas minhas memórias, que perdidas ficam. Sei que a resposta fora não, mas porque te foste embora. Quero-te para mim, quero-te para te guardar nos meus sentimentos, quero-te para te poder fazer sorrir e fazer-me sorrir a mim também. Não fiques para trás, o chão está próximo, e as nossas almas também. Gostava de poder ser tu, e tu? Alma volta para mim. A minha viagem termina onde o entendimento terminar e onde o carisma começar. A tua voz e o teu sorriso surgem num último segundo, é então que caio completamente no chão, e as memórias apagam-se e com elas vais tu também. Alma tem a consciência que a falésia é o nosso tesouro, mas tu és o diamante... Adeus alma...Adeus...

sábado, 26 de novembro de 2011

Se eu sou a caneta, então não sou nada...

Sou a caneta, que desenha a tua alma, que imperfeita vagueia a solidão. Sei que brotas uma cor mais escura, conforme a tua força, mas quero que saibas que aqui sou mais que tu, sou a fonte que rega o teu intimo...
Sou a caneta, que escreve o teu nome no meu mural. Sei de cor, o teu nome, que depressa transcrevo no meu mural que se encontra fechado a algumas chaves, devido a desconfiança...
Sou a caneta, que não sabe nada. A verdade é que depois de escrever tanto em tão poucas linhas, o conhecimento arrecadado e vendido não fora muito, porque será...
Sou a caneta que repetidas vezes tenta chamar-te a atenção. Penso que sejas algo mais forte que uma simples alma que saboreia a minha infelicidade e que depois ganha palavras para a escrever. Sei que muitas vezes, tu alma sentes, mas eu vejo e depois descrevo, sei que parece difícil, mas caneta, és árvore que nunca dará frutos. Nunca serás o riacho que dolorosamente quebra as suas memórias no seu leito triste e cansado. Sou mais que tudo, sou o caderno que é teu e a imaginação que é minha, sou a verdade. Sei que és forte como o mar, mas não há palavras que consigas descrever e que nunca me afectará. Nada aqui neste caderno, vira de uma fonte de água, mas sim de uma fonte de virtude...
Sou a caneta, perdido num estojo qualquer, guardado num lugar onde a luz e a verdade é um mito. O mito maior és tu caneta, que nem uma palavra consegues dizer sobre mim, alguém que está perdido e que te usa como forma de pretexto para alcançar a verdade, podes ser forte, mas não me vences...
Sou a caneta, que tenta vencer a solidão. Transborda por mim adentro uma cor escura que provem do teu interior. Essa cor é o preto da tristeza e o azul da solidão.
Sou a caneta, que firmemente perdida, desiste por não encontrar o seu rumo. Rumo esse perdido no fogo, que a chuva se apaga, rumo esse que não tem nem principio nem fim, mas sim e somente meio. Esse meio caneta, és tu... Tu és a caneta perdida num lugar conhecido, e que gloriosamente pensas que és mais que uma mera caneta, porque tu não és nada. És um horizonte sem cor, que no fundo de uma paisagem desapareces. Tenta ser pequena, e se assim fores, verás que serás algo, algo que nem com a força do amor irá ser algo…Se eu sou a caneta, então não sou nada...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Queria dizer-te...

Queria dizer-te, és forte.
Queria dizer-te és livre,
Mas permaneces dentro de mim. Consciência tens que abrir portas a tua força, pois assim despertarás o íntimo que dentro de mim habita, escrupulosamente.
Queria dizer-te que não te entendo.
Queria dizer-te que és fraco.
É verdade, entendimento, tens que te libertar das garras da ignorância e despertar para a guerra que todos os dias travas. Ir deambulando com o vento é uma perda de energia, e uma perda de força.
Queria dizer-te que és hipócrita.
Queria dizer-te que me fazes estar baralhado,
Porque sempre pensei que fosses capa de revista, mas afinal enganei-me. Pareces uma folha que mergulhada num rio, enrugada é a tua forma depois de saíres.
Queria dizer-te que o tempo para.
Queria dizer-te que não te conheço,
Mas na verdade és uma peça dentro de mim. És como o tempo que tocas no sino da torre, sempre que necessito ver e sentir apareces, és a melodia dos meus olhos.
Queria dizer-te que te ouço.
Queria dizer-te que és a pilha dos meus pensamentos,
Sei que alguém me irá chamar nomes sem verdadeiro significado, mas o íntimo é uma pessoa, sem cara, mas com alma, que me irá fazer luta.  
Queria dizer-te que me faço de pequeno.
Queria dizer-te que nem sei falar, quando te vejo,
Sempre que me olho ao espelho és tu quem aparece no reflexo. Queria dar-te valor e perguntar quem és, mas não consigo, os olhos fecham-se a voz cala-se.
Queria dizer-te que depressa te olho.
Queria dizer-te que depressa tu me olhas,
Penso que o afastar de olhares é a única solução, porque afinal nem existes senão nos recantos da minha alma e do meu interior sentimentalista.
Queria dizer-te que tu és a força do meu movimento,
Mas queria dizer-te que me fazes vibrar,
Quando te vejo e ouço é como se o mundo irreal viesse a superfície da terra, os filmes se tornassem reais e a verdade viesse a foz do rio. Sentas-te em frente e eu tento dizer-te algo bonito, mas não consigo. E é por isso que eu suspiro e fecho os olhos, para poder tremer e tu não veres isso. Sei que sabes que és tu quem eu falo, mas a coragem de o manifestar é difícil. Apagar o olhar no espelho, não resulta, porque pronunciar o teu nome é um começo de um fim, para o qual nunca existirá...
Queria dizer-te que há um fim.  
Queria dizer-te que és tu a faze-lo,
Contudo senão tens coragem, não o faças, porque dentro de mim permanecerás...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sou o Olhar...

Sou o olhar de quem chora.  
Por vezes deparo-me a olhar para algo que nem sequer existe. Toda a verdade nunca surge de uma só vez. Gostava de amar alguém, mas tenho que desistir de tudo.
Sou o olhar do amor.
É verdade. Eu sou o olhar do amor que em noite de luar se ergue e transforma-me numa verdadeira pessoa apaixonada. Mas como posso amar alguém se o olhar está cego.
Sou o olhar do mundo.
As vezes tento disparar a verdade que o nosso pequeno globo sente, o nosso coração, mas não consigo, estou tão cego, que nem as lágrimas me limpam os olhos.
Sou o olhar de alguém.
Tento ver cada um pelo que é e não pelo o que mostra. Se essa pessoa é bonita, por embalagem, pouco me importa, o que interessa é o seu conteúdo.
Sou o olhar renegado.
Viro-me para o mundo e não vejo nada. Só vejo mentiras e mais mentiras. Se és verdadeiro, mostra-te senão adeus. Queres ver algo então vê!
Sou o olhar morto.
Sim não olho mas sinto. Sempre que esta invisível, a minha cabeça é como um farol a procura de alguém. Esse alguém só o olhar sabe quem é!
Sou o olhar derrotado.
Não sei procurar nada. Em vez disso fico a nora, como fica o navio depois de o vento parar. Se gosto de alguém, as minhas lágrimas irão descrever o seu nome.
Sou o olhar que não foça.
Sempre quis ter tudo e todos ao meu lado, mas acabei sozinho, como uma pequena flor no inicio da primavera. Luto, nem por isso. Não luto porque não foca.
Sou o olhar do poeta.
Ele é aquele que escreve, mas eu sou aquele que olha. Que importa ele escrever bem senão conseguimos ver aquilo que escreve-mos.
Sou o olhar de quem tenta escrever o que lhe vai na alma, mas em vão. Ao final eu não sou nada. Não passo de uma pessoa que com um carisma baixo e um entendimento podre, tenta dizer o que a alma sente. A alma sente, os olhos vêm e a boca descreve. Quero dar este olhar a uma pessoa, mas não consigo. Digo por directas palavras, não sou uma triste pessoa, sou uma pessoa triste.
Sou o olhar envenenado, que num copo penetra, mas que por medo não entra. Quero olhar e sentir. Que me adianta olhar se a pobre alma não sente? Desisto. De tudo o que fiz e farei a desistência é a melhor vitória. Queria a alma para sentir, os olhos para ver e a boca, para descrever, mas não consigo.  
Sou o olhar fechado, sem luz e sem esperança...

domingo, 20 de novembro de 2011

Ser Poeta...

Ser poeta é descobrir o mundo,
Ser poeta é varrer memórias inacabadas.
Ser poeta é não ser nada!
Sempre tentamos descobrir algo, sendo poetas, mas nunca descobrimos nada. Por vezes varremos demais e a verdade dos poemas transformam-se em pura ficção. Por isso ser assim! Nem sempre existe a verdade, nas nossas vidas.
Ser poeta é fazer algo,  
Ser poeta é tentar tudo.
Ser poeta é significar o quê?
Sempre quis ser poeta, mas a virtude não me permitiu. Por isso descrevo verdades em forma de palavras e frases. Sempre quis tentar o mundo, mas o ego nem sempre me ajudou. De que serve afinal ser poeta? De nada! Ser poeta é uma simples palavra em que em conjunto com outras forma um lindo verso.
Ser poeta é falar de nós mesmo,
Ser poeta é nunca falar.
Ser poeta é não ser nada!
Posso ser o mundo se lutar, posso ser a vida se existir! Posso ser a verdade se falar, mas se mentir sou a fraqueza. Posso ser dono de todos os corações, mas senão sentir não sou nada. Posso ser tudo, mas sou nada ao mesmo tempo. Cada um é como é e um poeta é a verdade.
Ser poeta não é escrever mas sim sentir,
Ser poeta é declamar.
Ser poeta é misturar sentimentos.
Não gosto de ser uma mistura de sentimentos. Quero ser um. Com isso luto contra aquele que se diz poeta. É uma luta livre sem ressentimentos e sem força! Queres ser poeta? Tudo bem.
Ser poeta é existir,
Ser poeta é evitar a tristeza.
Ser poeta é abrir os olhos.
Posso estar a espera de abrir os olhos, mas afinal, não. Sei que faço e sou poeta, mas não vivo, mas sinto. Não gosto de ser poeta! Assim termino uma ode verdadeira pelo seu carisma, mas falsa pelo sentimento.
Ser poeta é construir um verso,
Ser poeta é trabalha-lo.
Ser poeta é senti-lo...

sábado, 19 de novembro de 2011

Amanhecer...

Sem escrúpulos, caminho. Sem receio vivo e sem vontade descubro. Eu sou como o amanhecer. Aquela luz clara que transborda no ocidente, faz raiar a manhã. Ser o sol, para mim não dava, ser o amanhecer é uma fortuna. Como posso ser algo que nem existe? Quando vejo o amanhecer, delicio-me com as suas belas cores e com o seu cheiro. Amanhecer é uma palavra curta e fácil, mas complexa de entender. As vezes a raiz da verdade provem dela. Sinto que o amanhecer é uma pequena parte do meu coração, o sol por seu turno, que quando quer faz-me sonhar, é como uma pequena luz nas minhas cavidades e a noite? A noite é o lado obscuro desta sensação. Aquele matrimónio entre o amanhecer e a noite é um acto de verdade, porque afinal viver com o amanhecer é uma virtude. As vezes quando olho o amanhecer consigo visualizar os rostos de entes queridos, a noite vejo os rostos daqueles que habitam no meu coração. Cada um tem um lugar e um pedacinho do céu. Cada pedacinho tem uma inscrição, uma frase verdadeira, e cada frase faz parte de cada um de nós. O amor é uma incógnita neste amanhecer, em que cada nome corresponde a uma alegria. Sim as vezes a alegria não é um sentimento, mas uma forma de sentir. Ser alegre é uma questão que o amanhecer lança, enquanto a tristeza é a resposta da noite. Sempre tentei fazer desculpa em vez de pedi-las, em que o amor vinha a toa como forma de chapéu que me pudesse cobrir daquelas coisas que saltam. Não sei que coisas são, mas são coisas que provêm de nós. Por vezes deparo-me a fazer filmes em que o amanhecer é a personagem principal, o coração é o casal desse filme e aonde fica a noite? Como tudo existe um senão! O senão deste filme é a escuridão misturada coma solidão. Cada pacote de solidão transforma um mundo com escrúpulos e um mundo com receios. Eu tento combater esse mundo, mas a verdade é que não consigo. O mar que levou algo e deixou outro faz do amanhecer um quadro da verdade, enquanto o areal faz da noite um deserto sem fim. Gostava de escrever o amanhecer e de fazer desculpas com ele, mas quando algo não existe, nem o próprio mar pode dar. Lendo é que urge o arrependimento, escondendo é que o orgulho renasce. Quero o amanhecer para fazer um quadro e dele tornar cada passo meu, como se fosse o ultimo deste filme. Vem amanhecer e darás um mar de felicidade, quero-te fazer um quadro com essas cores e esses cheiros que por mim adentro penetram, vem e sentirás...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"Gostava que gostasses de mim"

A música, deveras a minha, mas o sentimento por ela transmito é meu. De titulo só o nome de verdade só o sentimento. Tentei intelectualiza-lo e fazer dele um colar, para que pudesse transportar ao pescoço. Sei que tu não gstas de mim! Gostava ao menos da tua amizade! Nem que fosse pequena. Para ti vai esta música...*.*
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Regaço...

Estou sentado na areia que envolve o meu regaço. Cada grão de areia transforma este pequeno regaço num grande rio. Sempre quis contra a vontade do meu regaço ver e sentir toda aquela força que existe dentro dele. Triste, talvez, arrependido sim. Pensei que a vida de um regaço fosse mais agitada de modo a que a verdade torna-se numa vida. Ser vivo ou não é que faz a areia desse regaço. Consigo ver através da água uma pequena pedra, que pela sua força vem a toa, mas sem resultado. O medo com que areia fica, torna o meu coração uma fonte de agua morna. Sim morna. Ser quente ou não depende simplesmente da verdade que corre nas minhas veias. O meu arrependimento consiste no meu ser, e a tristeza consiste na minha alma. As vezes quando percorro cada fonte do meu interior é como se estivesse a  ser o próprio regaço. Cada corrente que passa é como se fosse o sangue que eu tenho nas minhas cavidades, a ter a sua força. Confuso, nem por isso, a verdade no regaço vem à toa, mas a mentira vai ao fundo como uma pedra vai ao fundo. Sempre tentei construir o meu próprio areal, mas foi impossível, por um lado tenho o receio mas por outro tenho a força. A Força e o receio são duas partes de mim que nunca se podem juntar, se em vez de ter receio existisse a felicidade, havia uma união como quem une duas pessoas. Ser pessoa ou não num regaço não interessa, o que interessa é a verdade que existe entre eles, se for uma verdade pura, haverá uma união, senão sempre que alguém tenta penetrar o regaço vai em vão. Há uma pequena luz naquele regaço, mas há uma claridade no interior da pessoa. Ser luz ou claridade é mais uma forma de o regaço se negar a rio. Cada um é como e por mais que a pessoa queira ser o regaço nunca conseguirá, assim como o regaço se um dia quiser ser pessoa, não consegue. Dizer querer ou não querer, não é sinal de força, mas sim de vontade, que de uma maneira nunca será concretizado. Sei que viver num regaço é como morrer afogado, mas quando se vive nele, as coisas passam como passa a forte corrente. A corrente sendo as cavidades do meu sangue, transporta os meus sentimentos, em que uns entram no coração outros nunca passam por lá, porque viver os sentimentos é uma verdade, guarda-los é uma frustração. Não sei quem sou, este que para num areal em frente a um regaço, mas sei que irei parar ao regaço. Sei que não tenho força, mas sei que tenho a verdade, porque se quero ser um regaço a verdade vem a toa e eu como constituo a verdade vou a toa. Não sei que faço, nem sei que sinto...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Inexistente...

Não sei distinguir coisas, não as sei valorizar. Para mim a diferença só existe se a verdade persistir. Porque a diferença? A diferença não é um sentimento é uma marca. Sim uma marca, um dia eu disse a mim mesmo, porque ser igual aos outros, quando se pode ser diferente, disse o meu intimo a alguém que por lá perto passava, mas e verdade. A diferença é uma palavra tão forte, que nem a própria força a derrota. Ser diferente é como uma peça de prata que só foi feita uma vez e nunca mais. Ser diferente é ser verdadeiro para connosco mesmo. As vezes para pensar, mesmo que me custe, mas tenho que parar, e fico a pairar no inexistente. Eu sou inexistente, passo por alguém ou por algo, seja ele grande ou pequeno e é como se não passa-se. Inexistente é um facto e não um acto. Sempre que paro no inexistente é como se estivesse num lugar onde a liberdade existe como forma de facto. Cá fora, a verdade que existe não é um facto, mas sim uma realidade. Ser ou não ser existente é acto de tristeza, por um lado vivemos de uma forma a parte por outro passamos por olhos alheios e ninguém nos liga. Por vezes gostava de ser uma pequena partícula de ar para poder parar em qualquer lugar e fazer dele, sem que ninguém se dê conta disso! Cada acto e cada palavra forma é como uma chave para a aproximação de algo, cada passo dado é como uma volta dada ao mundo e cada piscar de olhos é um futuro incerto. Ser incerto ou não, é uma verdade que não acaba por ser mentira, que num passo incerto se transforma em algo que vai no nosso coração. Quero viver e ser existente, não quero percorrer caminhos existentes como se fosse o último de todos os caminhos percorridos. Gostava de formar os meus próprios caminhos, para deles juntar o existente e o inexistente, para deles com pedras grandes construir uma muralha e dela poder vigiar este acto e este facto. Sempre foram as vezes em que de uma pequena pedra resultou uma muralha, mas esta muralha é um pouco especial, é uma muralha sentida e vivida. As águas que correm têm nelas pequenos cristais do existente e pequenas pérolas do inexistente, mas porque ser assim? Ser assim é uma virtude enquanto viver assim nem sei o que possa ser, porque quem vive assim é porque gosta do inexistente e despreza o existente...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Viagem...

Quero sair daqui. Não sei onde me encontro agora, não sei se e imaginação ou realidade. Estou num lugar onde consigo ver ao longe um pequeno mar, onde os sons e os cheiros podem dar colapso ao meu interior. Consigo cheirar o mar lusitano e respirar o ar lusitano, mas o que eu quero mesmo é sair daqui. Quero descobrir o que ainda há por descobrir, e fazer-me descobrir a mim. A verdade e que eu já estou descoberto a muito tempo, mas como isso foi possível? Sempre que começo uma longa ou curta viagem, o seu fim é sempre o mesmo, acabar sozinho num mar de derrotas. Ser vencedor é coisa que não cabe a mim, mas sim ao meu coração, ser perdedor é coisa que não cabe ao meu coração mas sim ao meu olhar. Sim ao meu olhar. Os meus olhos são como um espelho na minha cara, e deles reflecte aquilo que verdadeiramente eu sinto. Sempre tentei fazer uma viagem onde o seu final fosse diferente, mas na verdade nunca consegui isso. Isso é difícil como escalar um grande montanha em tempo de cair arrais de chuva. Tentei traçar um rumo, para que esta nova viagem fosse diferente, mas a verdade é nunca consegui isso. Sou um derrotado movido por areias movediças, sou um derrotado devido o incertezas que isto gerou, sou um perdedor em tudo. Sei que as vezes posso ser mais forte que o próprio mar ou até mesmo sei que aquelas areias movediças não me podem derrotar, mas é aquilo que na verdade eu sinto, ser um perdedor é a minha categoria, ver um vencedor é um diploma. As horas são como o passar do tempo desta longa viagem, que deveras existe. Este mar lusitano é que me transporta para outro lugar, este cheiro são o mover dos ponteiros de um relógio que existe dentro de mim, que ao longo do seu tocar, é como se dele resulta-se uma agulha que afiada penetra no meu coração. Pensar é coisa que eu faço e sentir, é algo que o meu coração tem. As vezes enquanto eu viajo, urge em mim, o sentimento que nem explica-lo sei. Quero sair daqui e apagar tudo o que eu tenho a apagar, porque na verdade o que há para apagar são sentimentos nunca sentidos e verdades nunca reveladas e esta viagem é o fruto disso mesmo. Escrevo para quê? Ou melhor para quem? Para alguém que tenha força sentimental e que entenda aquilo que a alma leva. A alma é o ponto estratégico desta longa viagem, mas será verdade. A verdade é apenas oposto da mentira e a certeza da realidade enquanto a mentira é a resposta de algo omitido. Esta viagem é algo querido mas que deveras é conseguido, porque depois de uma resposta, a viagem é que urge, antes é a imaginação e depois o que é? Nada, porque eu quero é sair daqui...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Só na incerteza...

Sozinho. Está é uma palavra que contem duas letras uma vogal e uma consoante, ou uma consoante e uma vogal, mas que nem sempre é vista com bons olhos. Eu escrevo hoje, escrevi ontem e escreverei amanhã. A verdade é que nem sempre está escrita verdadeira e honesta nunca despertou os olhos a ninguém. São várias as vezes em que dou por mim num lugar longínquo onde a memória é o rei e a imaginação o trabalhador. Ambos vivem em harmonia, mas o que é certo é que num país como aquele também existe o preconceito. É verdade! Consigo ver um vasto e longo caminho, onde a minha direita e a minha esquerda encontram-se as palavras só e sozinhas, presas como se aquilo fosse uma jaula para animais. Eu por várias vezes me tento aproximar dela, mas ao longe surge a palavra cão que me quer morder, porque nenhuma palavra, para além das necessárias se pode aproximar daquelas. Sei que pode ser mentira, mas quantas são as vezes em que estamos com alguém, digo eu a minha triste alma. A resposta dela não pode ser mais objectiva que, nunca estamos juntos, mas sim sempre separados. A verdade é que o ano tem alguns, que ainda são muitos, dias e poucos meses e a vida é como um circo, por mais voltas que eu dê, volto sempre ao mesmo lugar. Não quero ser triste, comento isso com o meu íntimo, mas não consigo. A minha frente não vê nada, nem que use ou não use óculos, só vejo escuro a noite e branco de dia. As vezes nós próprios consegui-mos ser mais cegos que aqueles que por infelicidade sua não vêm. Estamos tristes, dizem os meus olhos depois de derramarem tanta água em forma de diamante, onde sempre que uma pinga caía era como se em baixo de mim existisse um lago de diamantes. E eu que digo. Eu sou uma espécie de transporte para estas emoções que rapidamente e tristemente fluem na minha cara, mas que ninguém tem a capacidade de ver. Agora e depois desta volta, vejo-me numa praia, onde os meus pés são banhados com agua do mar e o meu cabelo voa, como voa a pena do pequeno pássaro. Consigo descrever na areia pequenas lembranças que me surgem na cabeça, consigo desenhar no mar, sonhos que deveras pode realizar, mas há sempre o ponto comum em tudo isso, é que a palavra “sozinho”, ou através de letras ou através de desenhos aparece em tudo o que eu faço. Não quero ser directo, mas mais directo, só se fizer o mundo girar a minha volta, mas para isso já me basta a pequena bola que todos os dias vem atrás de mim. Vou sair de algum lugar para entrar noutro, porque o que a minha vontade quer é isso mesmo. Sair daqui e ir para outro lugar. Lugar esse que a dúvida persiste e a incerteza acerta, mas assim continuarei. A viver da duvida e da incerteza...

Caderno de Cordões...

Confuso. Não sei se é realidade ou ficção. Tenho um caderno de cordões que não é muito visitado. É o caderno onde coloco coisas que já não uso. Lá coloco sentimentos nunca revelados e verdadeiras vidas que nunca passaram a ser fabricadas, mas tem um mal, é que esse caderno de cordões está cheio e velho. As suas folhas que outrora eram douradas, agora são cinzentas, a sua capa que antigamente era felpuda e azul-marinho, agora é um verde musgo e a cair aos bocados. Muitas das memorias lá guardadas já foram perdidas e muitos dos sentimentos já escritos, já estão apagados. Os seus cordões já pouco ou nada existem. O seu verdadeiro significado está inscrito nas folhas que lhe rodeiam. Na contra capa podem-se ver pequenas gotas cristalinas que outrora eram lágrimas, agora não passam de pequenas pingas de tristeza. Sei que um caderno já existe, mas como este não há nenhum. Nele contem verdades que talvez nunca eu tivera contado a ninguém excepto ele. No meio dele está desenhado um desses espelhos velhos que guardamos nos nossos corações, mas verdade é que aquilo é mais um lugar de imaginação do que de visualização. Neste lugar onde estou sentado, podem-se ver pessoas a moverem-se e a perguntarem que caderno é aquele e eu que posso responder? É um caderno de cordões. Cada nó num cordão pode significar o inicio de uma vida que numa encruzilhada regressa ao mesmo ponto de partida. Cada nó representa a vida, onde podemos sorrir e acabar sorrindo, ou então onde cada nó representa a vida, onde podemos chorar e acabar chorar. Não se pode misturar os dois sentimentos. A inscrição desse caderno de cordão diz, ou se chora ou se ri. Cada sentimento é um sentimento e por mais que alguém esteja triste não se pode rir quando se está triste e por mais que uma pessoa esteja contente não se pode chorar, cada um na sua vez. Mas a verdade é que nenhuma das inscrições é verdadeira. Há quem seja só feliz e há quem seja só triste, e a momentos em que estes dois sentimentos se unem e é nesse momento em que as vezes desejaríamos ser outras pessoas que não as que somos agora, ser capa de revista ou até mesmo ser a vida de um jornal e indo mais além ser o sentimentos das flores dos nossos jardins. Este caderno é lugar de cordões, onde cada um e cada uma podem sentir o que quer e o que deseja, onde cada um ou cada uma cria o seu mundo. Tentarei restaurar este caderno de cordões de modo a que a sua vida se torne uma parte da minha e a minha vida se torne a vida inteira deste belo e triste caderno. Se tentar a vida vai-se transformar e se eu não tentar a vida fica estagnada como está estagnado o meu coração, onde para ele bater é necessário dar mais um nó e voltar-se a repetir tudo isto... 

domingo, 13 de novembro de 2011

Set Fire To The Rain [ Atear Fogo À Chuva]...

Sempre tentei atear fogo ao meu coração! Mas foi impossível. A verdade é que nem sempre se é sucedido, mas a derrota está a surgir cada vez mais em maior numero. Estou a começar a desistir e a única solução e morrer internamente... Desistir não é o meu lema, mas é a minha fraqueza...

sábado, 12 de novembro de 2011

Atear fogo!...

Consigo ver o teu olhar através destas chamas. Tentei atear o fogo no teu coração, mas foi impossível, pois a chuva com a sua força apagou-o. Abri o meu coração a ti, mas sem sucesso, já não foi a primeira nem a segunda vez e certamente não será a última, por isso o meu fogo começa a extinguir-se. Quero alguém para atear de novo o fogo no seu coração. Este fogo não cresce, pelo contrário diminui! Quem diminui também sou eu. Tristemente consigo criar imagens nessas chamas que a minha frente bradam o meu olhar. São as chamas verdadeiras de quem, tristemente cria filmes na sua cabeça. Este fogo ateado a chuva foi um desperdício de vontade e de alegria. Pensei que pudesse existir uma hipótese, mas vi que não. É então que o fogo diminuiu drasticamente, como diminuiu a água do mar na época de seca. Eu sou assim, mas tu como serás? De repente o teu rosto vai-se embora e o fogo fica só. Agora nele permanecem duas cores, laranja e vermelho e o azul para onde foi? O azul voltou para a caixa que dentro de mim se encontra, onde de lá nunca mais sairá. Ficou fechado a quarenta chaves, onde nenhuma é igual, como não é igual os olhares que se irão suceder ao longo desta longa-metragem. Os filmes é para quem não tem sentimentos, mas as longas metragem é para quem tem sentimentos. Eu faço parte de um filme, onde a acção está estagnada e a verdade omitida. Cada palavra que disse foi sentida, mas cada palavra recebida foi amada. As vezes a mensagem urge como uma espécie de abelha, onde cada picada fere mais o nosso coração. Voltei pela última vez a atear fogo, mas deveres sucedido. Sou como o sino que toca no alto do monte, que quando está alegre até vibra os nossos corações. Sinto falta de algo e esse algo é algo, que as vezes o algo não permanece e nem seja a sentir que é algo. O algo é a descoberta de quem verdadeiramente sabe, e o algo é alguém que nem sente aquilo que deveria de sentir mesmo. Sou um lume quase extinto que pronuncia o teu nome que o algo que é alguém sabe! Mas é verdade esse algo é alguém mas esse alguém não é algo. Mais uma vez o fogo tentou acender e não conseguiu por causa da chuva, mas prontamente ele irá apagar-se como se apaga a chama da verdade. Sentir é uma verdade e viver é uma incerteza, como atear o fogo é uma verdade mas faze-lo viver é uma incerteza...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mural...

Deixei para trás o caminho. Hoje percorri um monte e construí a felicidade! Os meus sentimentos despertaram. Não consigo escrever as minhas mãos tremem, como treme o meu corpo quando tem frio. Sou alguém parecido com alguém, sou alguém igual a alguém. Pensei que este frio fosse verdadeiro, mas não. É uma pura ilusão de quem vive na casa da ignorância! Tentei construir um templo para que lá pudesse guardar a vida dentro de um armário, mas foi impossível fazer isso e outras coisas mais. Tentei fazer um mural e escrever o que sentia, mas não tinha como escrever! Foi então que alguém deposita em mim uma caneta, para que a construção daquele mural fosse em frente! Quis ser verdadeiro e viver a verdade, mas não consegui! É então que finjo viver aquilo que não vivo e aquilo em vez de ser um mural de verdades passa a ser um mural de mentiras. A construção agora já não estava dependente de uma caneta, mas alma e do coração e daquilo que eu sentia e passava! Não sou eu que escrevo, é alguém que me faz escrever! Nada aqui é amor, mas sim tristeza de viver uma vida falhada e de ser um falhado. É assim que a primeira transcrição do mural está, sou um falhado e vivo uma vida falhada! Dos meus olhos crescem lágrimas que pela sua força, encharcam o meu intimo e afogam o meu ser! Estou triste como a noite de inverno está triste! Mural verdadeiro aquilo que eu cria! Mas não posso. As vezes esse mural pode transpor verdades, mas muitas delas são mentiras. Tentei escrever a verdade e dizer a verdade, mas quando o fazia a caneta falhava assim como eu sou! Sinto que sou um falhado e que tenho um mural falhado. Escreve a verdade tu que lês! Diz a tua opinião, tu que sentes! Manifesta-te tu que sentes algo dentro de ti, prestes a prescrever aquilo que realmente sentes neste mural! Não sejas um falhado como eu! Se alguma vez tiveste a oportunidade de fazer um mural sobre aquilo que sentes, como eu sinto a tristeza, faz isso não deixes para trás como a semente da flor deixa para trás o seu progenitor, quando o vento sopra. Eu sei que é um mural em que maior parte daquilo que ele vive é falso, mas deixa a tua marca da verdade lá! Aventura-te! Eu sou falhado e tu? Não queiras ser um falhado e prescreve este mural com todo o teu sentimento! Prescreve-o, e verás que sentir-te-ás mais aliviado! Ser um proclamador de um mural é um sentimento de alegria, mas ser proclamador de um sentimento de falhanço, mais vale víveres sem mural… 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

The Reason...

As vezes a razão porque ainda existo e vivo encontra-se no facto de eu poder sonhar!!!! Se sonho é a unica coisa que me faz viver e voar! Por ficar permanecido no mesmo lugar muito tempo cria em mim raízes! A Razão!!!! Sou assim!!!!

Verdade...

A verdade é uma peça fundamental na construção da sociedade! As vezes a sociedade é uma pequena casa que mora no alto do mente! Porquê querer ser aquilo que não se quer! As vezes a mentira afoga o nosso coração, que fraco acaba por morrer! Ser, poder ser, querer ser! São ciências de quem mora no advento desta sociedade perdida! As ciências não passam de meras conchas que no mar profundo se perdem, mas o que é feito da verdade! Não é uma ciência é apenas uma arte, é como desenhar uma cadeira, onde os seus pés não assentam no chão mas no nosso coração. É então que alguém fala sem medo, onde a verdade é exposta! Ser, é um objecto que penetra no nosso coração! Querer ser, é uma vontade que muitas vezes não se é divulgado! E por fim... Poder ser, é algo que não nos compete a nós como pessoas, mas sim como alguém que pensa na verdade, as vezes poder ser, pode ser nem mais nem menos uma ciência construída por nós. Não se trata de filosofia nem de amor ao próprio conhecimento, mas simples vontade de ser-se que se é na verdade. Como se constrói a verdade a partir do número zero, não se constrói! A própria verdade já está construída dentro de nós e por mais que isso não se demonstre, haverá e há alguém com seu coração aberto e disposto a sentir esta ciência que é construída por nós. Sempre tentei divulgar estas ideias, mas por impossibilidade da verdade não as posso divulgar... Eu digo que a verdade é como uma peça de ouro que nós a temos, tipo uns brincos nas nossas orelhas em que muitas das vezes são colocados nas nossas orelhas a nascença, mas que só saem delas quando assim nós queremos. Querer é um facto, Ser é uma virtude que se assemelha uma herança de uma pessoa vivida no coração de alguém, mas poder ser não é nem uma virtude nem um facto é algo que é guardado no nosso interior e que só depois de alguns anos é descoberto. A verdade é uma árvore de fruto, que vivida, produz frutos até a morte, enquanto a mentira é uma silveira, que com veneno destrói a força humana. Quero a verdade, quero ser verdadeiro, e quero poder ser mais que alguém verdadeiro... Não tenho palavras para contrariar semelhante arte, mas tenho força para a ouvir! Cada palavra verdade e cada palavra aqui escrita, não são mais que meros sentimento que alguém guarda dentro de si mesmo! Verdade...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fantoche...

Ser diferente. Eu gostava de ser diferente e de poder tocar o mundo. Gostava de ser capa de revista, mas sou um simples adereço numa peça de teatro já esquecida e por vezes nem encenada. Estou preso num armário onde se guardam aqueles objectos mais feios e menos bonitos. Sou meteco, ou escravo, e já foi revoltado, já entrei em França e já visitei a Rússia, já foi um soldado agora sou apenas um desses fantoches com paus de madeira perdido num imenso armário, onde o meu consciente brota e a minha alma desaparece. Queria ser famoso e sair em caixas de bonecos, onde cada um pudesse brincar comigo e sentir aquilo que eu sinto. Sou como um pobre pássaro, que sem mãe se sente abandonado. Gostava de gostar das mesmas pessoas que são iguais e diferentes a mim. Elas vivas e eu? Passo dias e dias a criar sonhos a procurar amizades novas, mas neste armário que eu transporto as costas como se fosse uma tartaruga isso é meramente impossível. As vezes os meus lábios tentam-se mexer, mas como sou um fantoche nunca chego a abrir a boca. Cada palavra que eu dizia era como uma pétala de uma folha a nascer. Ninguém me vê, ninguém me fala e passo despercebido por onde vou e ando. Tenho folhas de papel onde eu escrevo os meus sonhos e onde os desenho. São surrealistas os meus desenhos, mas onde cada linha, cada cor, é como o desejo que eu gostaria ver realizado. As vezes quando eu me encosto na minha almofada, vêm a minha cabeça imagens de verdadeira felicidade, onde cada sequência finita de imagens é como um mundo exterior aquilo que vivo. Nada é igual tudo é diferente, como é diferente os desenhos que as águas da praia fazem aquando a sua aproximação do areal! Já não sou só um fantoche que está dentro de um armário, mas sou alguém que tenta tirar de si aquela imagem de um fantoche. Os meus lábios agora estão colados, as minhas mãos nem se mexem e o meu intima nem solta brados de alegria. Os montes do meu ser são pequenos, por isso é que os sentimentos e a vontade de fazer algo, as vezes nem existem. O mural que tenho em mim, é como se fosse uma mera fotografia com nomes. Sei que é difícil, mas este fantoche que vagueia pelo mundo fora e que trás nele um armário as costas, quer ser diferente. Quer conquistar o mundo e os corações, quer abrir caminho a felicidade e fazer felizes aqueles que são tristes! Mas será verdade? Não sei! Sei que ao meu ouvido a voz deste fantoche diz querer ser diferente...

sábado, 5 de novembro de 2011

Mentira...

Mentira. Hoje escrevo como se fosse a própria quinta-feira que estivesse a escrever. Todas as emoções aqui vividas e sentidas são meras mentiras vividas de quem não sabe que dizer e fazer. Amar é uma e única palavra que alguém pode dizer. Sim sei que parece mentira mas hoje é quinta-feira, dentro de mim, e eu estou numa mera planície num lugar que nem sequer existe. A felicidade é uma planície e o amor é uma roseira, diz a quinta-feira. É mais um dia normal na qual alguém ouve as melodias tristes de quem não sabe escutar a verdadeira melodia. Tocam os sinos da minha aldeia nesta pobre quinta-feira. No lugar onde estou posso ouvir os sorrisos de pequenos seres que vagueiam o meu íntimo, como se fosse um grande chocolate. Quando olhos para eles não passa mais de uma mera ilusão. Ilusão está que nesta quinta-feira me fere os olhos, que de irritados fecham-se e não se querem abrir. Os meus sentimentos neste lugar, parecem-se caixas de surpresas desagradáveis, que quando se abrem riem-se de nós como se fosse-mos uns meros mecos ali presos. Quinta-feira, bah! Nada disso. Tudo mentira quando a verdade cresce das árvores. Eu falar pela quinta-feira nem por isso. Falo por mim e por ninguém, porque quem é alguém, não passa de ninguém e quem é ninguém não é alguém. Tudo se consegue com uma verdade, é que quem é alguém é mais que ninguém, mas quem é ninguém não é menos que alguém. Tudo se ressume a duas mentiras que eu sou alguém e tu quem me escutas é ninguém. Uma quinta-feira é mais um dia escrito com letras pequenas, e um dia é algo que encaixa em nós como se fossemos uns meros sacos que guardamos deveres desprezados por alguém. Sim falo com alguém, falo para quem me queira ouvir e escuto quem me queira falar! A verdade é que ao falar sinto algo e ao estar calado, sou como um cajado que fortemente percorre um caminho de mentira e que ao final acaba numa fogueira. Mentira, é o facto de uma palavra existir. Posso ser controverso, mas sou sincero. A verdade é a única palavra verdadeira, porque quem escreve não fala por ninguém e quem lê, não é mais que um leitor que atentamente escuta, na sua consciência o que eu quero dizer! Se achas que eu falo por ti, quinta-feira, é porque estás enganada, porque tu não és nada, não existes mas persistes na minha grande e, mas pequena consciência. As verdades são as verdades, mas tu! Saí daqui deixa-me e vai-te embora daqui para fora enquanto é hora… Sim és uma mentira...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Jueves [Quinta-Feira]

Assim é a Quinta-Feira de alguém, onde uma simples imagem retrata um grande sofrimento afirmativo de quem escolheu, uma escolha mal feita. O número11 é um facto e a Quinta-Feira é o quê?

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Patamar...

É quinta-feira e eu estou no meu patamar a derramar lágrimas. Podia ser alguém especial, mas em vês disso sou uma pessoa que não vale nada. Choro e derramo mar de águas dos meus olhos, os meus pobres olhos são como cubos de gelo que ali derramam água. Queria ser alguém mais inteligente e mais bonito, mas em vês disso vejo o reflexo de negro no meu próprio charco de água ali perdido. Perdido estou eu nesta quinta-feira, quando ao meu ouvido chegam palavras indiscretas e mal ditas de quem não tem um pouco de coração. De repente ouço lá do fundo o meu nome e com medo escondo-me para dentro de forma a que ninguém esfaqueie com o seu olhar. O meu patamar é o meu espelho, um pedaço de pedra ali perdida num lugar no fim do mundo, sinto a sua alma leve e fraca, o seu choro triste e fogoso. Então tenho uma grande vontade de saltar dali para ir para outro lugar onde o meu mero sofrimento é apenas uma pétala de uma grande rosa, com espinhos. No meu velho patamar podem-se ver as pontas de lágrimas ali derramadas, onde cada lágrima é fruto de uma imaginação perdida em algo descoberto que nem os próprios olhos tem essa mera capacidade de ver. Ver é coisa que as vezes só os pequenos seres conseguem ver, porque muitas vezes os grandes seres não têm essa linda capacidade. Só conseguem ver o que os olhos lhes mostram, porque na verdade as suas almas, não têm uma grande capacidade de ver o que realmente tem de ser visto. Fixei mais uma vez os olhos num mundo que para lá dos meus olhos se vê. Estou sentado na primeira fila de um grande cinema pronto para ver esse mundo. É um mundo pequeno onde só um coração grande e aberto pode ver, e o meu consegue ver isso mesmo porque é um coração sem alma, um coração triste que chora sangue de uma alma morta. Está esgotado o meu patamar de ser o meu espelho velho e sem vida onde a sensação de vida só é presenteada naquela quinta-feira onde a noite é uma criança assim como esse grande mundo produzido num grande cinema que não passa mais do que o filme criado na minha própria cabeça em que a única fila existente é a minha! Sou eu, viverei eu, e morrerei eu. É  o que se pode ver escrito com as minhas lágrimas nesse patamar, numa noite de quinta-feira, onde o meu coração nem força tem para bater e onde o meu filme não é mais que desejos que eu quero e que a vida não me os oferece... Assim é a quinta-feira no meu patamar...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mala de Recortes...

Estou sentado numa cadeira numa imensa sala, onde o clarear das luzes faz brilhar o chão de madeira de pinheiro. Ao meu lado está uma mala. Não é uma mala qualquer, dessas que levam roupas, maquinas e folhas. É uma mala de quem guarda a tristeza e a infelicidade. Uma mala onde o seu abrir transforma um mundo alegre em triste, onde faz derramar lágrimas e prender sorrisos. É uma mala viajada, vivida e pouca amada, é uma mala que trás nela pequenos recortes de imagens indecifráveis e mal coloradas. São meros recortes de recordações mal vividas e mal apreciadas. Sempre que estou sentado o mundo da mala vem até mim e tentar impingir em mim um sentimento de alegria, na qual nunca existiu. Posso dizer que esta é a mala das poucas ou más recordações. Esta pequena mala já vagueou no mar de emoções e de sensações, já construir montes e destruiu castelos, já comprou vida e já vendeu felicidade, já nasceu e renasceu, mas nunca fez dela uma mala feliz. Sempre que alguém se aproxima dela, ela com o seu forte carisma atrai essa pessoa e faz dela sua escrava. Já viveu em sonhos e já viveu na realidade falsa, já fingiu ser o que não era e o que era, já fingiu tudo e fingiu nada, já foi tudo e agora é nada, porque esta mala faz de alguém uma pessoa triste e das tristes apodera-se como se fossem meros pedaços de si. Sem interior é um interior raro e fraco, ela coração nunca o teve, sentimentos deveras possam ter existido e o amor? Sendo mais um sentimento, será que ela alguma vez o sentiu? Deveras o possa ter sentido, ela é algo vazio mas cheio, ela é algo arrumado, mas desarrumado, ela não é nada sem nada. Vive num lugar em as emoções são meros pedaços de imagens e as sensações são peças para o seu adorno. Sempre que eu a vejo ao meu lugar, sinto que me impinge de tal modo que ela é capaz de me ferir e romper o meu coração. Está mala não é mais que um espelho de uma imagem própria destorcida que ofuscada tenta fugir dela mesma. Os recortes são factos e memorias perdidas coladas na mala e os adereços que nela existem são ecos de tristeza que derramados produzem algo... Está mala é assim e assim será! Mala de recortes! Baseada em adornos ecos da sua tristeza... E termino derramando lágrimas naquele banco naquela grande, mas pequena sala numa casa onde o sonho não existe, mas onde a tristeza assiste a infelicidade, e onde o silêncio corrói o som da verdade e a verdade é apagada pela presença de uma mala triste e sem emoções…