sábado, 5 de novembro de 2011

Mentira...

Mentira. Hoje escrevo como se fosse a própria quinta-feira que estivesse a escrever. Todas as emoções aqui vividas e sentidas são meras mentiras vividas de quem não sabe que dizer e fazer. Amar é uma e única palavra que alguém pode dizer. Sim sei que parece mentira mas hoje é quinta-feira, dentro de mim, e eu estou numa mera planície num lugar que nem sequer existe. A felicidade é uma planície e o amor é uma roseira, diz a quinta-feira. É mais um dia normal na qual alguém ouve as melodias tristes de quem não sabe escutar a verdadeira melodia. Tocam os sinos da minha aldeia nesta pobre quinta-feira. No lugar onde estou posso ouvir os sorrisos de pequenos seres que vagueiam o meu íntimo, como se fosse um grande chocolate. Quando olhos para eles não passa mais de uma mera ilusão. Ilusão está que nesta quinta-feira me fere os olhos, que de irritados fecham-se e não se querem abrir. Os meus sentimentos neste lugar, parecem-se caixas de surpresas desagradáveis, que quando se abrem riem-se de nós como se fosse-mos uns meros mecos ali presos. Quinta-feira, bah! Nada disso. Tudo mentira quando a verdade cresce das árvores. Eu falar pela quinta-feira nem por isso. Falo por mim e por ninguém, porque quem é alguém, não passa de ninguém e quem é ninguém não é alguém. Tudo se consegue com uma verdade, é que quem é alguém é mais que ninguém, mas quem é ninguém não é menos que alguém. Tudo se ressume a duas mentiras que eu sou alguém e tu quem me escutas é ninguém. Uma quinta-feira é mais um dia escrito com letras pequenas, e um dia é algo que encaixa em nós como se fossemos uns meros sacos que guardamos deveres desprezados por alguém. Sim falo com alguém, falo para quem me queira ouvir e escuto quem me queira falar! A verdade é que ao falar sinto algo e ao estar calado, sou como um cajado que fortemente percorre um caminho de mentira e que ao final acaba numa fogueira. Mentira, é o facto de uma palavra existir. Posso ser controverso, mas sou sincero. A verdade é a única palavra verdadeira, porque quem escreve não fala por ninguém e quem lê, não é mais que um leitor que atentamente escuta, na sua consciência o que eu quero dizer! Se achas que eu falo por ti, quinta-feira, é porque estás enganada, porque tu não és nada, não existes mas persistes na minha grande e, mas pequena consciência. As verdades são as verdades, mas tu! Saí daqui deixa-me e vai-te embora daqui para fora enquanto é hora… Sim és uma mentira...

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