sábado, 31 de março de 2012

Que adianta...


Que adianta amar?
Que adianta sonhar?
Que adianta procurar?
Já não adianta olhar para trás, após o passado ter sido apagado pela borracha da saudade, numa forma de desligar tudo aquilo que o coração dizia a quem quisesse ouvir? Já não basta olhar somente para aquilo que ocorre a nossa volta, mas também é necessário ser amado de uma forma gloriosa e de uma forma humana... Se pensas que ninguém te ouve, mas estás totalmente enganado, a virtude é o maior ouvido que o próprio ouvido pode ter... E agora?
Que adianta saber que não existe ninguém que te ama?
Que adianta teres a vontade de amar, se nunca serás amado como a própria virtude é amada?
Que adianta seres forte se o teu coração não o é? Procura a tua volta mais e fortes razões para negares o amor próximo, não apenas pela virtude, mas também pelo íntimo. Agora escreve aquilo que verdadeiramente sente, para que o teu coração possa sentir também. Procura linhas e horizontes que te possam dar mais força e mais gloria e que não seja somente amor. Agora tenta mergulhar no teu fundo e verás que nem sempre te afogas, mas pelo contrário, vais conseguir bater os braços e as pernas, porque nelas se encontram a força de ser alguém...
Agora...
Já adianta sonhar se a palavra amar já não é mais um mito, mas sim um ser verdadeiro...
Já adianta procurar quem te possa amar, mesmo que esteja tudo e todos contra ti!...
Já adianta saberes que a virtude pode ser mais forte que tu, mas não consegue vencer o teu coração...
E por fim, já adianta, não seres tua a procurar algo, mas sim ser a tua força longa, que numa curta-metragem fez nascer toda a vontade de crescer que o teu coração necessita... Não uses só o intimo para te dar força, mas abusa dele para que não só te dê força, mas também te dê vontade de conseguires amar quem te quer amar... Porque podes pensar que não consegues amar, mas afinal consegues, embora tu abrevies esse sentimento a uma mera forma de viver... Procura mudar o teu coração...

quinta-feira, 29 de março de 2012

Para quê?...


Para quê sentir... Para quê amar... E para quê tentares amares e sentires... Olha para o teu lado e quem vês? Ninguém. Estou sentado num banco de um jardim nas profundezas de um mero e longo oceano, na minha cabeça surgem filmes criados por ela, mas sem sentido algum. Sinto linhas a atravessarem os meus olhos, como se fossem meros olhos e não sentissem o que este coração amargurado sente. As flores que outrora eram novas e radiantes são agora um pedaço de nada, assim como a minha alma é... Se olho para cima vejo um azul tão claro, que só me faz criar mais filmes na minha cabeça. Agora estou a pairar num lugar onde a vista por ele atravessado esfaqueia o meu coração. É uma vista enorme assim como os caminhos da solidão que cada vez mais crescem no meu interior. Não o tenho. Não o dei, simplesmente alguém me roubou e fez dele caminho de silvas que penetram afogadamente o meu corpo. Agora durmo, com medo de acordar porque sinto que não consigo ser nada e para quê? Transformo os sentimentos em pura ficção para o meu frágil coração não os sinta, na medida que eu nunca os possa sentir. Vivo apagado o real e acrescido do irreal, porque os meus sentimentos são irreais, assim como o meu coração é irreal. Agora que faço ou sinto? Será que basta apenas escreve-lo, ou simplesmente admira-la pelas suas fisionomias que a sua fronte mostra ao raiar do sol de uma manhã, em que a virtude consegue acabar com a sua própria morte? Não sei. Eu sou a pergunta que ninguém respondeu, sou a resposta perdida que ninguém a prendeu, eu não sou nada, sou mais um porquê que uma alma quebrada. Por fim morro, com a saudade de nunca ter sido ninguém, com a fama de não ter sentido alguém, mas morro sobretudo pela tristeza de um bem perdido que numa fogosa manha foi abandonado em detrimento de um. Já não sei que diga, simplesmente porque nem eu sei se sou uma resposta... E tudo isto para quê? Para que no ato de uma leitura naquela que foi a peça mais vista, a do amor, alguém com a virtude pura consiga ver o que esta alma morta tenta transmitir ao intimo afogado na vergonha de não ser ninguém, basta de mais palavras e acabem-se as peças que esta alma morta já não quer mais dizer nem sentir, já não quer mais amar nem ser amada, porque do nada cresceu e do nada ade acabar, numa tentativa de ser alguém que sem saudade não foge… Assim vivo por não sentir nada, nem ser sentido e para quê?...

quarta-feira, 28 de março de 2012

Alguém me escreveu...


Não queria, mas sou. Não tentei, mas acabei por ser. Não escrevi, mas alguém escreveu. Eu não sou nada, sou meramente um pedaço de alguém que pelo solo caminha. Foi escrito por alguém me deu a devida atenção, mas foi negado por sentimentos adversos ao meu coração. A minha alma não sente, por alguém assim a escreveu, mas o meu coração chora, porque alguém assim o fez ter lágrimas. Corre pelo universo de formas e frases de atos e teatros em que eu sou um mero personagem secundário, em que só sirvo para tapar os buracos que alguém deixou. Vivo num lugar onde a minha virtude é posta de lado em detrimento de outras virtudes que se assemelham a minha, mas que alguém acha-as melhor. Sinto que foi escrito por alguém sem coração, por uma máquina irracional, que o veneno a matou, mas por vezes sinto-me o rei de um reino sem futuro, onde a alma é o castelo e o íntimo é a porta desse mesmo castelo. Volto atrás no tempo para descobrir quem me escreveu assim, mas sem sucesso porque o sucesso não se mede, mas constrói-se sem favor de uma alma que o amor aceita. Parece confuso, mas sinto-me a cola que tudo junta a favor da sua força. Pego em papéis e escrevo aquilo que o íntimo pede e dobro conforme a alma aceita. Eu sou o paraíso deste cume que a alma pede, mas sinto-me o intermédio de um caminho que o amor em forma de pedaços constrói. Ser paraíso ou não é uma questão que a alma não quer responder pela saudade de uma bem perdido. Esse bem perdido é a sua inspiração que num dia de primavera decidiu partir e deixar de ser escrito por alguém. Já desisti de tudo que o intimo pede e de tudo que a alma conquista, já desisti de conquistar este mundo que outrora fora de todos e que numa tentativa de gloria eu tentei arrecada-lo para mim. Após vários papéis escritos e dobrados eu fico a nora, como um barco desamarrado se encontra em pleno oceano depois do término da tempestade. Sou as ondas que alguém criou, sou a forma do barco que alguém detestou, sou a escritura que alguém enterrou, mas simplesmente eu sou tudo e não consigo ser nada, porque a alma é conquistadora e o íntimo é construtor e porque eu sinto-me perdido no meio do mundo que não consegui conquistar. Assim sinto que alma escreve após a morte da sua inspiração que o íntimo afogou...

sábado, 24 de março de 2012

Deixa-me contar-te um história...


Deixa-me contar-te uma história...
Quando pensares em chorar, olha a tua volta e vê quem te rodeia, só aí podes chorar. Nunca olhes para trás, mas sempre para a frente. Cada passo que dás é como uma pequena volta ao mundo que dás numa noite de luar. Cada lágrima salgada que deixas cair do teu rosto é como uma pequena gota do teu oceano de lágrimas. Nunca podes dizer, eu não consigo, porque isso é para fracos e fracos aqui só os sentimentos. Para mim o sentimento de amor é muito menos que amor, é fogo que o coração liberta em plena luz da noite é a alegria que ele desperta em glória de se mostrar. Queres mais? A verdade é um simples ato bem formulado que pela sua força torna-se atrevido em conquistar os olhos das pessoas mentirosas, que acabam por se tornar também num ato bem formulado. A saudade é o sentimento mais frequente na nossa vasta estrada de memórias, se tenho saudade? Sim tenho, mas a força da idade fez-me transforma-la em pura memória de criança. Como rio? Rir não é um ato de felicidade, mas sim de vida, quem ri tem o mundo a seus pés, mas quem não ri, tem os mares nas suas mãos. Se é impossível, nada disso. O mar da história pode-se segurar com as mãos velhas e enrugadas, enquanto o mar da vida, nem por isso. O mar da vida é uma livre metáfora que o coração cria como forma de divertimento, enquanto o mar da história é um simples verso que em conjunto com outros, tenta rimar a força inteira. Porque escrevo? Porque assim virtude me permitiu. Passo horas, dias e anos  fechado num mundo em que a virtude funciona como um negócio mal pago e que o íntimo funciona como um modo de corrupção a minha alma. Se ela estava morta? Sim... A minha alma morre quando a virtude é comprada pela força da saudade, mas como a minha alma está guardada numa caixa de histórias, podeis leva-la que ela regressa sempre. Se sou feliz? Eu nunca sou feliz, porque são estas as palavras que ninguém lê que me fazem feliz. São os versos de prosa e não de poesia que me fazem ser feliz. A poesia para mim é um veneno que engrandece a minha alma desafortunada pela fome de ler poesia. Se faço os textos felizes? Não... Eles fazem-se felizes, mas como eu sou o intermediário para essa concretização, então eu sou a fonte de eletricidade que os fazem felizes... Se quero continuar? Não... Quero parar de escrever este e mais textos que tais. A virtude é comprada e as pessoas não os conseguem ler. Por isso é que eu queria contar-te esta história... A história dos corações atribulados pela ganancia em sobreviver e não fazer sobreviver a virtude que caminhas nas nossas autoestradas interiores... Assim fala o íntimo...

quinta-feira, 22 de março de 2012

Oceano de Lágrimas...


Nasci e tenho o meu próprio oceano...
Escorre dos meus olhos pequenas gotas,
Que pela sua força, percorrem o meu entendimento,
Mas que pela tristeza da virtude continuam a ser alvo de insegurança após cada queda num lado de saudade, onde o seu sabor fica eterno. Após vários choros e várias lagrimas derramadas, o meu coração fica aquém de quem vive na fragrância de uma força que a alma larga. Já não sinto a alma cada vez que do meu rosto caem lágrimas que a virtude deixa fugir num forma de regar as flores que do chão crescem. Quero ver a cor das lagrimas e desenhar sobre elas, quero ver os seus sentimentos e debruçar-me sobre eles, quero descobrir os seus medos e lutar contra eles, mas acima de tudo quero ver o seu sorriso. Será que as lágrimas têm sorriso? Será que elas sentem? Sim, elas sentem. Numa dor de peito as lágrimas libertam a sua alegria pelo meu rosto fora, como se elas fossem carros e, o rosto uma estrada. A cada esquina a alma evapora a cor destas pingas de água salgada que o oceano dos olhos deixou fugir numa tentativa de ser mais que um oceano ser a virtude que a alma deixa fugir. Quero contar a história desta vida, em que sai de um poço e que pela força de uma queda se morre... Assim são as lágrimas que a saudade larga... Assim são as lágrimas que o sentimento morto deixa correr por esta fronha triste. Existem linhas que com desenhos, são mais que linhas, são imagens que o medo e a alegria deixam fugir por uma mão triste. Assim é a tristeza...
Se o oceano é salgado, então eu sou o ponto do oceano...
Se a virtude é fraca, como o ar, então eu sou o motor que o ar faz trabalhar...
Se sou alguém é porque o oceano assim construi com a força da sua maré, mas senão não sou nada é porque o vento assim quis... Nada que a alma crie dura, mas nada que o vento apague, volta a não existir. Se a virtude é o motor, então eu o que sou? Sou as lágrimas que alguém largou, no encanto de um brilhar, numa noite em que a lua na linha do mar cria o luar... Assim fala o íntimo...

segunda-feira, 19 de março de 2012

Adoro-te Pai...


Hoje tive um sonho. Não era normal, mas era verdadeiro. Sonhei com o meu pai. Sonhei com o seu carinho e amor. A minha volta estava uma névoa de paixão que o coração criava, mas porque faltava algo? Faltava o meu sentimento de filho, que peça força da mera das minhas lagrimas havia morrido até então. Lutei por palavras que o coração não deixava sair. Derrubei barreiras e vi vidas alegres pela tua força. Pai não são palavras que alguém possa dizer como forma de entretenimento próprio. "Pai" é um conjunto de sentimentos que alma liberta como forma de amar quem o amou primeiramente. Como o amor é essencial aos olhos do coração assim o pai é essencial a virtude de um filho. Como posso crescer sem ti? Como posso aprender a amar sem ti? Só tu ensinaste-me a amar, deste-me os ingredientes para aprender a viver, deste-me a fórmula do amor para que eu a possa libertar, porque tu és o meu pai. Sei que por vezes a alma é dura e a vontade é preguiçosa, mas sinto que o coração é forte e que te quer ao meu lado, tu és o meu pai. Este sonho que tive, este carinho que pairava pelo ar, é como sensações que tu despertas em mim, são como palavras que tu crias-te a minha volta, mas para quê dizer mais palavras se com o coração se diz tudo...
Pai agradeço o teu amor, e agradeço também a tua disponibilidade, amo a tua sinceridade e vivo a tua verdade...
Pai desejo que sejas como és, desejo que sejas feliz e que lutes para me continuares a dar muita felicidade...
Pai obrigado pelo teu olhar carinhoso e compassivo, obrigado pela tua vontade para comigo e obrigado pelo sonho que me deste, que foi ser teu filho...
Pai deste-me amor e eu? Só tu podes dizer, mas sinto que te dei felicidade... Mas Pai...Não desistas de ser Pai e luta para que isso seja a tua melhor realização profissional, porque a melhor profissão que podias ter era esta... Seres meu Pai...
Pai muito obrigado por tudo o que me deste e que me dás, mas acima de tudo obrigado pelo teu amor...
Agora termina o sonho sabendo que o meu pai esteve, esta e estará sempre no centro do meu coração, quando assim eu o necessite, porque para mim não foste só pai, fostes o mundo para mim…
Adoro-te Pai...

sábado, 17 de março de 2012

Deixei de colocar formas nas palavras.


Deixei de colocar formas nas palavras. Passei a escrever-lhes as formas. Cada palavra é uma vida, assim com a saudade é a partida. Sei que é um ser amado, mas por vezes não é conquistado. Já não consigo viver sem formas nas palavras, já não consigo estar alegre com o olhar delas. Consigo ver a sua força na luta de cada dia, mas por mais que eu seja valente a força se desvia. Como se desvia a maré com medo que a alma se apodere daquele lugar sem ledo. Viro as costas e as formas vão ganhando força, mas se procuro dentro de mim é como a desventura, que o coração larga como forma de saudade. Para quê inventar forma se as palavras são fracas no eterno da saudade elas se desmontam. Como o íntimo se desmonta como força de ajuda de um alma que a fome de conquista apaga ao renascer do sol depois da morte escura. As palavras não se fazem, escrevem-se. Elas não se amam, creem-se. Elas vivem, não tentam viver, mas na noite elas simplesmente tentam amar, algo perdido por um coração morto. Basta de forças e de palavras que querem viver. Elas não podem querer viver, mas sim querer ser lidas, por olhos que vêm o que o coração nunca quer ver, porque a maravilha está escondida ao sabor dos olhos. Os olhos são o sabor do conjunto de palavras que o intimo forma para a luta da verdade que sai pelas entranhas da verdade que ofuscada tenta brilhar na luz da madrugada. O tic tac ouvido por elas é diferente do que eu ouço pelo íntimo. Ele é mentiroso e insensível, escrupuloso e orgulhoso, mas é lutador. Navego num mar de ilusões onde as palavras se tornam trovões de um som a conquistas pelas palavras do oceano. Quero formar novas e grandes palavras com a ajuda do íntimo, elas deixam de ter formas e passam a ser simplesmente palavras amadas por um coração forte e amado. Quero dizer-lhes toda a verdade que nem sempre foram palavras, mas sim formas mortas pela escuridão perdida ao sabor da madrugada. E o som agora? Vai morrer? Não vai permanecer nas entranhas de cada palavra, para que depois seja tirado e amado e ouvido, como se ouve as palavras em pelo renascimento depois de uma morte literária. Assim fala o íntimo…

quarta-feira, 14 de março de 2012

As palavras que a alma deixou…


Como posso amar,
Se o próprio mar,
Não acredita nesse fútil
Olhar que o mar,
Larga na noite de luar. 
Cresço no intendo da alma,
Que a vontade não me acalma.
Não vivo, nem sou vivido.

Não procuro nem sou procurado, a minha alma já está morta, mas tenta renascer das cinzas que o coração deixou, no breu do acordar de uma força na qual não consigo acreditar. Bate a minha porta a força de amar, mas eu não a quero, por isso ponho em evidência a alma que o íntimo constrói com a saudade de amar! As palavras que a alma deixou, com o espelho vivo do seu interior, mas as palavras que o íntimo escreve são o reflexo do sonho que é teu, mas que abarca o meu. Já não existem palavras verdadeiras, em que o choro possa acreditar, mas palavras falsas em que o choro está farto de receber. Não se trata de atos nem de meramente palavras mortas, mas de sentimentos mortos que nem a própria vil alma acredita. Neste longo caminhar em que alma tenta renascer, não há olhar que me penetre e me faça amar algo que nem a própria alma acredita. Nunca irei esquecer aquelas horas em que os pés por força da virtude andaram e em que a verdade quase morre devido a mentira de ver a verdade.

Sou um caminho sem vida,
Sou a alma morta.
Sou mais que a vida,
Sou a sorte que é tua.
Neste mar de verdades,
Nasce a vontade de ser alguém.
Sem amor nem verdade,
Morre por vontade de amar alguém.

Não consigo amar, porque a alma não acredita nesse sentimento e por isso começo a morrer de saudade e de medo. Sei que consigo ser a sorte que é tua, mas nem sempre a virtude me dá asas a esse poder, por isso acaba por me matar e ficar só com o intimo que na eterna saudade recordará a alma, que no dia do nascimento do dia, se fez crescer contra a força de um bem amando, que é alma. Se o íntimo ama a alma eu amo quem? Tais palavras originam perguntas que nem o próprio íntimo consegue responder e por tristeza o íntimo deixa-me, como a alma me deixou. Se o íntimo soubesse a pura da verdade, nada mais existia sem o ato da verdade que pelas palavras obscura tenta descobrir mais que a própria verdade sabe…Assim termina o íntimo...


domingo, 11 de março de 2012

O choro de uma alma renascida…


As lágrimas perdidas, num rio da saudade,
Que pela eterna glória morre.
Porque a alma se sacode,
De todas as suas tristezas.
Que um dia perdeu,
Ao ser navegado,
Por pessoas que nem o íntimo consegue deixar.

Já se viu quem chora, ou quem ri
Já se escreveu quem foi herói,
E que simplesmente partiu.
Mas não se escreve de quem
Graças a sua gloria,
Morreu pelo amor e 
Pela vida de um bem conquistado.

Essa é a pessoa que sofre
E que vive na inquietude,
Ela não sente, mas pensa
Porque sentir é para fracos,
E pensar é para fortes,
Mas como a vida é feita de fracos
Então os fortes são meros figurinos.

Penso que chorar é um ato,
E viver é um facto,
Mas quem sente não vale a pena viver
Mas quem pensa vale a pena conquistar, 
Porque assim como a alma conquista,
Também o intimo no seu fraco
Conquista o coração daquele que quer ser ouvido.

Cada alma é um passado próximo,
E cada palavra é um passado longínquo
Sei que viver de formas não é vida,
Mas escreve-las também não é uma virtude.
Estas são palavras,
De quem pela força da vontade,
Se sente triste só por pensar 
E renegado por não sentir.

Sou uma arca com defeitos,
Como aquela que partiu com virtudes mascaradas
Mas uma voltou,
E a outra afogou.
Sem ajuda ficou, aquela arca,
Que alguém negou.
Quem nega a arca da virtude,
É porque a alma não sente a vontade.

Sem mais linhas termino,
Aquilo que nunca acaba.
São palavras que a alma deixou,
Mas a virtude apanhou,
Porque o íntimo negou,
Assim como gentes de outrora pendurou
Uma alma que as lágrimas afogaram.

As palavras já morreram,
Porque as linhas acabaram.
A virtude fez-se forma,
E a alma fez-se palavras.
Assim como a saudade de um bem perdido,
Tornou eterno aquelo que alguém,
Sem amor recusou.

O amor sem palavras acaba,
Mas a vida com palavras começa,
Sem saber o que escrevo, 
Vivo na ignorância de uma saudade afogada,
Porque as palavras assim quiseram.
Na outra vida eu era forma,
Mas agora sou palavras,
Que o coração amargado largou.

Não sou forte,
Porque a alma já desapareceu,
Estas palavras foram o choro,
Que o intimo fez amanhecer,
No escuro de um som
Que a vontade de nascer
Fez renascer das cinzas,
Aquilo que alma quis!

Assim fala o intimo,
Que amargado acabada de escrever.

sexta-feira, 9 de março de 2012

A voz do meu Íntimo...


Faço a voz do meu íntimo vibrar na alma de quem busca algo que na vida nunca conquistará. Sinto que escrevo porque assim o meu íntimo quer. A voz dele é para mim um caminho que me guia nas tomadas de decisões, mas porque será? Percorro um livro, onde suavemente toca o meu coração, mas sozinho não consigo. Tento procurar alguém ou algo que me ajude a percorrer este livro, que representa no meu corpo um longo caminho, mas ele é comprido demais, para que um simples ser consiga percorre-lo. Existem sons que a voz do meu íntimo deixa como reflexões deste caminho, mas em vão. Em vão toca a minha música dentro de meu coração que pela força da tristeza toca suavemente até atingir novos e grandes corações. Este som melancólico corrói o meu íntimo que nasce cada dia, como forma de vitória. Esta voz é como uma folha seca que pela necessidade de água procura um novo poço, assim é a voz, que faz tudo para ser ouvida e entendida. Agora permaneço aqui, na loucura de ser eu o vento e a voz ser eu. Este som que o íntimo larga, é como um fio que se prende ao meu coração que numa outra vida, foi mais que isso, foi a alma que está morta pelo desgosto de um bem perdido. Consigo sentir algo dentro do meu coração, mas a virtude de um ser pequeno não me deixa decifrar, não sei se é música ou se é palavras de consolação. Na outra vida em que eu era o vento e a voz era eu, nunca estava triste, mas sim alegre como o girassol permanece alegre no ato de um carinho daquela lâmpada que percorre o som azul. Sinto-me quente quase a derreter, mas na outra vida sentia-me frio. Continuo congelado aos atos deste barulho que o intimo larga como força de se fazer sentir. Eu não sinto, mas penso porque a virtude assim quis, esconder estes sentimentos na amargura de um olhar. Tenho medo de ser não a voz, mas o íntimo, tenho medo de ser a mentira em vez da verdade de um ser verdadeiro, porque afinal eu sou a mentira. Sou eu que produzo esta voz, e que a faço decalcar os sons da verdade, afinal eu sou só uma mentira e não passo disso a não ser que o íntimo cresça e eu diminua. Que posso fazer ser a voz ou o íntimo? Não sei... Tenebrosamente continuará a folhear este caminho neste livro que a virtude construiu... Assim fala o íntimo...

sexta-feira, 2 de março de 2012

A Morte da Minha Alma...


Sofro continuamente. Escrevo palavras e frases,
Vivo e faço viver sentimentos,
Mas que adianta isso,
Quando alma está morta!
Consigo viver o passado e escrever o passado, mas sem a alma, sou como uma planta num grande jardim, sem água. Postei várias frases e construí vários textos, mas sem a minha alma não sou nada. Sozinho acabarei por morrer sem a alma para me ajudar, mas com a sede de textos acabo por escrever sobre a alçada do íntimo. Para quê valorizar a alma, quando alguém a quer matar. Ela morreu com o desgosto de um bem perdido, que com saudades deita para fora, numa tentativa de se aliviar! Mas porque fez isso? Porque me deixou desamparado? Ouço ao longe um som glorioso que pela sua virtude quer ser mais que som, quer ser a vida que é minha e que é tua. Percorro novos caminhos sem a ajuda de uma peça de um puzzle que me fez crescer, enquanto lutava contra alguns. Luto numa luta constante em que o sangue é são as lagrimas que as palavras largam e a dor é a saudade de um bem perdido. Que bem será esse? Não é mais que a desistência de escrever em formas de palavras aquilo que a alma projetava, não é mais que fazer viver alguém que não queria ser vivido, mas luto, luto para que o meu íntimo venha ao cimo da coragem e se faça notar, para que dele eu torne os textos mais verdadeiros que a própria verdade. Mas a minha alma está morta, e morreu porque alguém a quis matar no meu de um ciclo de verdades que a fizeram matar-se. E lá foi ela ao sabor da maré como vai um pedaço de alga, quando a maré vaza. Porque é que sinto falta do mar? Será que foi para lá a minha alma? Não sei. Desisto de percorrer este caminho e vou-me sentar onde o íntimo possa crescer de forma a formar novos frutos, para que deles possa surgir uma nova e forte alma…
Assim termino sofrendo com o coração,
E dele vou formar um mundo.
Onde o íntimo torna-se alma,
E onde a alma se torna o pudor de ser importante.