sexta-feira, 9 de março de 2012

A voz do meu Íntimo...


Faço a voz do meu íntimo vibrar na alma de quem busca algo que na vida nunca conquistará. Sinto que escrevo porque assim o meu íntimo quer. A voz dele é para mim um caminho que me guia nas tomadas de decisões, mas porque será? Percorro um livro, onde suavemente toca o meu coração, mas sozinho não consigo. Tento procurar alguém ou algo que me ajude a percorrer este livro, que representa no meu corpo um longo caminho, mas ele é comprido demais, para que um simples ser consiga percorre-lo. Existem sons que a voz do meu íntimo deixa como reflexões deste caminho, mas em vão. Em vão toca a minha música dentro de meu coração que pela força da tristeza toca suavemente até atingir novos e grandes corações. Este som melancólico corrói o meu íntimo que nasce cada dia, como forma de vitória. Esta voz é como uma folha seca que pela necessidade de água procura um novo poço, assim é a voz, que faz tudo para ser ouvida e entendida. Agora permaneço aqui, na loucura de ser eu o vento e a voz ser eu. Este som que o íntimo larga, é como um fio que se prende ao meu coração que numa outra vida, foi mais que isso, foi a alma que está morta pelo desgosto de um bem perdido. Consigo sentir algo dentro do meu coração, mas a virtude de um ser pequeno não me deixa decifrar, não sei se é música ou se é palavras de consolação. Na outra vida em que eu era o vento e a voz era eu, nunca estava triste, mas sim alegre como o girassol permanece alegre no ato de um carinho daquela lâmpada que percorre o som azul. Sinto-me quente quase a derreter, mas na outra vida sentia-me frio. Continuo congelado aos atos deste barulho que o intimo larga como força de se fazer sentir. Eu não sinto, mas penso porque a virtude assim quis, esconder estes sentimentos na amargura de um olhar. Tenho medo de ser não a voz, mas o íntimo, tenho medo de ser a mentira em vez da verdade de um ser verdadeiro, porque afinal eu sou a mentira. Sou eu que produzo esta voz, e que a faço decalcar os sons da verdade, afinal eu sou só uma mentira e não passo disso a não ser que o íntimo cresça e eu diminua. Que posso fazer ser a voz ou o íntimo? Não sei... Tenebrosamente continuará a folhear este caminho neste livro que a virtude construiu... Assim fala o íntimo...

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