segunda-feira, 30 de julho de 2012

Uma coisa...


Uma coisa, não deixes de sentir, só porque o coração está fraco.
Uma coisa, não deixes de falar, só porque as palavras estão presas.
Uma coisa, não deixes de fazer-te ouvir, só porque não passas de ninguém.
Após o surgimento de ti, o meu olhar estagnou como se não houvesse amanha, o que se torna mentira porque o amanhã é formado pelo teu olhar e sem o teu olhar, não existe amanha. Sempre que te olhas ao espelho vez algo mais que a tua fronte ou o teu suposto corpo, vez mais que isso, vez a virtude que é tua, mas a alma que é de ninguém. Não te consideres ninguém porque tu és mais que alguém, és a força que habita em ti, no intuito de te ajudar a ver a verdade por atrás da mentira. Achas que te sentes só, alma hipócrita, enganas-te! Vives só dentro deste suposto corpo, mas não lutas só... Foges como a criança com medo foge de ver a sombra que tu és, mas és uma sombra digna de ser apreciada...
Uma coisa, não deixes de cantar, só porque tens mais que voz, tens a melodia dentro do coração.
Uma coisa, não deixes de vencer, só porque existe alguém mais forte que tu.
Uma coisa, não deixes de glorificar, só porque não apostam em ti.
Se resides dentro de mim, é porque eu te acolhi com o amor que eu posso dar ou transmitir. Não faças como o outro que vive dentro de algo que não é ele, mas é ele que vive dentro de outro. Os teus olhos têm a conquista de querer mais, e só de quereres mais já é mais que uma vitória, é a medalha de ouro, mesmo que ela não exista. Não ponhas de lado os caminhos que queres ser, mas sim, coloca-los no teu seguimento de vida, porque podes ser a fronte gloriosas, mas não és a sorte amada, podes ser a beleza em papel, mas não a beleza carnal.
Uma coisa, não desistas de mim, só porque eu sou o corpo que é teu.
Uma coisa, não percas o tempo, só para teres as coisas pequenas, mas perdoe para teres as coisas grandes.
Uma coisa, não feches os olhos só porque alguém os fechou para ti também.
Uma coisa, e para terminar, só vou deixar de te escrever, não é por não te amar, mas é porque não te consigo esquecer, porque mesmo sendo a minha alma, eu sinto mais que amor, sinto a vontade de agarrar de debruçar-me sobre ti e roubar-te a minha virtude que é tua...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O dia em que de ti surgiu o Adeus...


Será hipocrisia ou meramente um sentimento. As horas foram um factor de sofrimento e com elas vinham as lágrimas que na alegria de saírem dos meus olhos, sentiram-se mais feliz que uma mera e adorada pétala de rosa. Existia um jardim que fora plantado ao longo de um caminho que foi longo, mas no seu sentimento foi curto. Já a noite crescia quando o puro som do amor começa a romper e já as estrelas brilhavam quando o som da tua voz passou nas auto-estradas da minha cabeça. Porque encostei a cabeça e adormeci a pensar em ti? Seria a minha consciência a dizer que seria o teu último adeus? A noite continuou e eu a dormir fiquei. Ao longo daquele raiar de noite as palavras foram-se formando no meu íntimo e eu sentia de uma maneira ou de outra que aquela seria a noite em que o adeus estaria próximo, mas pela virtude do destino, ou meus pés não quiseram sair do buraco onde estavam. Os lagos de palavras eram mais que um adeus, eram lagos de gosto de ti, és e sempre serás mais que um neto, e eu dizia nesses lagos, ficaras sempre no meu coração. Pergunto-me porque não uso vírgulas nem as aspas? Porque são a mal formação do sentimento verdadeiro deste adeus. Poderá ser um simples adeus para estas palavras, mas para mim, eu que escrevo em forma de alguém em que a alma está meramente hipnotizada é um adeus sentido através das veias do meu coração que penetram o meu verdadeiro sentimento. As horas foram passando e as minhas persianas foram abrindo e vendo as horas a passar, recordo que no raiar das três da manhã acordo a sentir uma dor na minha estrada do sentimento em que solto uma lágrima, mas sem dor, a guardei outra vez. Percorri a casa a procura de respostas enquanto esperava que o telefone tocasse aquela melodia que me acordaria no dia a seguir a desesperar de choro. Foram-se formando palavras ao longo daqueles escassos minutos em que estive acordado, foram-se formando filmes em forma de curtas que na minha cabeça se exibiam, mas porquê? Estaria eu preocupado. Deveras sim. Retorno a cama no intuito de dormir mais descansado, mas o sucesso disso nunca aconteceu, até porque os filmes continuavam na minha cabeça. Viro para um lado e para o outro. Fecho e abro os olhos. Adormeço e acordo. Bocejo e não tenho sono. São estes os programas duos que naquela desprezada noite eu senti. Foi então que fecho as minhas persianas do no meu corpo, para voltar a dormir. Então sonho com rios e mares e finjo ser uma pessoa que nunca foi, um poeta de verdade que vive por rimar, mas sem rima, morre por falta de amar. Pergunto me eu, do que falo aqui, do adeus, e é do adeus que aquele poeta ditou um texto, é do adeus que aquele poeta acenou, é do adeus que aquele poeta me acorda. Era um poeta que sentia o que eu sentia, era um poeta que citava o que eu escrevia, porque aquela era a noite do adeus. Será demasiado repetir adeus? Uns acham que sim, e outro nem por isso, porque no término desta história, só existe um adeus, que é o adeus de uma pessoa que foi que só ficará dentro de mim, mas continuando que as linhas são grandes. Não sei as horas em que voltei a acordar, mas seriam menos que as sete da manhã, em que eu acordo e ouço o chilrear dos pequenos seres que pensam que são mais que um avião que pensam que têm o ar nas suas asas. De repente sinto o sol a bater nas frinchas da minha janela que naquela pequena manhã toca suavemente no meu quarto, mas foi como uma despedida daquele sol maravilhoso, que tão depressa pousou na minha janela, como já estava em escassos segundos a pousar no telhado do meu prédio, contudo e como o ar de sono ainda batia nos meus olhos deitei-me outra vez no meu leito e no meu suave lugar e mero sonhador. Volto a adormecer, mas desta vez na esperança de que não acorde sem ver de quem era aquele adeus que surgiu nas minhas auto-estradas do sentimento. É então que alguém suavemente me acorda e me diz que alguém mais que eu, mas sendo mais pequeno que eu, tinha partido para uma viagem onde só existe um bilhete de ida e não de ida e volta. O desaparecimento daquele olhar, o desaparecimento daquele sorriso desabou o meu campo de plantações que ao longo de vários anos fora plantado. E agora pergunto, meu querido avô porque partiste sem dizer-me um adeus? Será que o poeta era intermediário teu? Ou seria apenas a pura sensação de que tu me deixarias depressa? Chorei lágrimas invisíveis aos olhos, mas visíveis ao coração. Fiz caminhos visíveis aos meus sentimentos, mas invisíveis aos sentimentos dos outros. Aquele acorda que temos que ir para cima, cortou a minha vontade de pensar que tu eras mais que um avô para mim, deu-me mais força para acreditar que tu eras um amigo e não um avô! Agora e terminando estas palavras e descrevendo este adeus, quero dizer as minhas estradas e não auto-estradas que por vezes não são as lágrimas visíveis que dão por conta do amor que se tem por algo ou por alguém, mas sim aquilo que está dentro da nossa arca dos sentimentos, que vibra dentro de nós, é essa grande, mas pequena arca, que paira as nossas sensações e que transmitias assim que o amor quer, porque amar é ser mais que alguém amado e dizer, eu amo-te, é deliciar o outro ser pequeno ou grande o quanto grande é o nosso amor por ele, eu, este escravo das palavras, não digo eu amo-te, mas sim digo, eu sinto-te dentro da minha arca e quero continuar a sentir-te porque tu és o meu maior sentimento e por mais saudade que eu tenha de ti e do teu sorriso esta será e se sempre continuará a ser o dia em que o adeus de ti surgiu não pela tua humilde boca, mas pela tua humilde vontade de me amar, agora fica a duvida desta arca, porque me olhavas sempre que eu pensava em ti? Porque não tinhas receio de chamar por este escravo de palavra que tristemente escreveu estas fraternas palavras? São estas e outras respostas que ficaram guardadas no íntimo dessa arca do sentimento, por debaixo daquele forro que será só nosso e que contem imensas imagens e filmes reais que ao longo da minha vida ficaram guardadas e ficará sempre aquela celebre frase “ apanhas as laranjas podres” não é uma frase grande em termo de importância, mas em termos de sentimento é extremamente grande… Assim fala a saudade de quem sempre adorou esta pessoa, porque foi mais que um avô, foi um amigo para mim… Dedico-te, mesmo apesar de não estares aqui comigo este texto… ADEUS…

domingo, 1 de julho de 2012

Homem é isto?


Vive, mas mata para viver. Está contente, mas mata para ficar contente. Constrói, mas destrói. Homem é isto? Pensou que navegou, mas afinal fez o barco naufragar para louvor da sua glória. Homem é isto? Escreveu as linhas, mas derrubou-as como bem o seu íntimo entendeu. Deixou o coração ser cruel, para benefício da sua vida, mal construída. Homem é isto? Deixou o pobre passar fome e matou o indigente. Deixou os seus sem casa, e deu a ele mais que um lugar, deu o mundo que é nosso, mas que ele tornou dele. Homem é isto? Cresceu mais que os seus rodeios, pensando ser maior, e espezinhou os mais pequenos, como se fossem meros bichos que o ser divino criou. Homem é isto? Enterrou as almas que não passam de seres mais idosos em clausuras que por cima se encontra o mero e fino lençol e fez desses seres idosos um mero animal, onde passam fome e medo. Homem é isto? Construiu mais que a sua glória verdadeira permitiu, mas para isso matou muito mais que este jogo, que a vida permite, e fez uso fruto de quem não amava. Homem é isto? Fez fissuras num mundo que não é só dele, e alterou o verdadeiro sentido deste planeta, a quem chamam de Planeta Azul. Homem é isto? Desafiou as leis que outros, que não estes seres pensantes, criaram, e fez dele o verdadeiro mau uso para o qual não estavam destinadas. Homem é isto? Derrubou seres vivos que o planeta amava e fez deles escravos perpétuos, que a alma vil deixa fluir, e guardou os restos, para a troca de uma outra vida. Homem é isto? Escravizou pequenos seres de lugares internos de maneira a não se ferir a ele próprio, porque lhe trazia desconforto. Homem é isto? Fez de tudo o que o mundo alberga, um circo de feras que todos anunciam num verdadeiro íntimo de mal, porque não sente nunca com o coração. Homem é isto? Homem é isto e tudo mais...O  Homem deixou outros irem para lugares onde o único destino era a verdadeira e derradeira perda de amor, o Adeus. Foram campos e lugares infinitos onde só existia um destino, era o Adeus de outros como nós que se perderam na vanguarda de novos modos de pensar, mas agora termino, tremendo os meus moles dedos. Afinal Ser Homem é ser assim? Como poderei responder se da tenra idade eu passo, e nunca saberei se passarei dela, mas de uma coisa eu poderei ter a certeza, é que mesmo sendo eu Homem, sempre saberei que existirá um Adeus, diferente daqueles campos e lugares infinitos, mas será um Adeus com amor e compaixão... Porque o Homem pode ser isto, mas se lhe oferecerem amor, poderá ser um dia Aquilo... Assim fala a triste palavra do Adeus...