quarta-feira, 14 de março de 2012

As palavras que a alma deixou…


Como posso amar,
Se o próprio mar,
Não acredita nesse fútil
Olhar que o mar,
Larga na noite de luar. 
Cresço no intendo da alma,
Que a vontade não me acalma.
Não vivo, nem sou vivido.

Não procuro nem sou procurado, a minha alma já está morta, mas tenta renascer das cinzas que o coração deixou, no breu do acordar de uma força na qual não consigo acreditar. Bate a minha porta a força de amar, mas eu não a quero, por isso ponho em evidência a alma que o íntimo constrói com a saudade de amar! As palavras que a alma deixou, com o espelho vivo do seu interior, mas as palavras que o íntimo escreve são o reflexo do sonho que é teu, mas que abarca o meu. Já não existem palavras verdadeiras, em que o choro possa acreditar, mas palavras falsas em que o choro está farto de receber. Não se trata de atos nem de meramente palavras mortas, mas de sentimentos mortos que nem a própria vil alma acredita. Neste longo caminhar em que alma tenta renascer, não há olhar que me penetre e me faça amar algo que nem a própria alma acredita. Nunca irei esquecer aquelas horas em que os pés por força da virtude andaram e em que a verdade quase morre devido a mentira de ver a verdade.

Sou um caminho sem vida,
Sou a alma morta.
Sou mais que a vida,
Sou a sorte que é tua.
Neste mar de verdades,
Nasce a vontade de ser alguém.
Sem amor nem verdade,
Morre por vontade de amar alguém.

Não consigo amar, porque a alma não acredita nesse sentimento e por isso começo a morrer de saudade e de medo. Sei que consigo ser a sorte que é tua, mas nem sempre a virtude me dá asas a esse poder, por isso acaba por me matar e ficar só com o intimo que na eterna saudade recordará a alma, que no dia do nascimento do dia, se fez crescer contra a força de um bem amando, que é alma. Se o íntimo ama a alma eu amo quem? Tais palavras originam perguntas que nem o próprio íntimo consegue responder e por tristeza o íntimo deixa-me, como a alma me deixou. Se o íntimo soubesse a pura da verdade, nada mais existia sem o ato da verdade que pelas palavras obscura tenta descobrir mais que a própria verdade sabe…Assim termina o íntimo...


Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa os teus comentários, para eu os ler e responder...