sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sentir...

Sentir. Algo perdido na imensidão do imperfeito perdido na alma. Vagueio pelo mundo vivente a espera de um mero e espectro sentimento. Senti dúvidas com coração, sentir alegria com o coração mas não senti o amor com o coração. Tentei sentir amor com o coração, mas a chave desta aventura estava perdida ou até mesmo enferrujada. Verdadeiramente nunca senti o amor pelo coração mas sim pela imaginação. A complexidade desta verdade perdida em algo que não tem conserto é como um quadro que nele só se vê cores e mais cores que num todos formam um mundo abstracto. O meu íntimo, sente esse mundo abstracto e quis fazer dele um mundo verdadeiro cheio de emoções verdadeiras e sentidas com o coração. Pode ser esquisito e até mesmo esquizofrénico este meu intimo, mas ele sente e eu? Eu sou um vazio dentro de um corpo amarrado a recordações vindas de uma catastrófica cassete de vídeo. Sentir é algo forte, enquanto imaginar é algo cobarde. Posso imaginar vezes sem as contar e sentir com o coração, quantas vezes? Esta doença esquizofrénica é algo inoportuno que surge de uma forma vaga e distinta na minha cabeça. Sou uma embalagem que imagina e não sente, sou o espelho que reflecte estas imaginações, mas sou a caixa que as esconde. Quantas vezes choram amargamente por ser assim. Tristemente projecto ideias esquecidas e tento penetra-las dentro de algo que não seja um obscuro mundo de imaginação. Pensei que seria mais fácil lutar contra isto que de uma forma abrupta não existe. Sou uma casa pedida no campo a espera de uma forte emoção que me penetrará dentro de mim. Vivo na solidão e o meu poder é a imaginação, onde com ela represento a vida que talvez possa não ter. São dúvidas despertadas de alguém que tenta projecta-las numa tela grande para que elas desapareçam, são as duvidas da imaginação. Sou algo que não sente com o coração, mas sente com a imaginação. É difícil travar uma doença especulada dentro de mim, como é triste viver nesta mera amargura. Sou aquilo que a imaginação projecta... Nada...Queria ser o reflexo de algo mais brilhante que pela sua força conseguisse transmitir aquilo que sou e que tenho, porque eu não sou nada sem esse sentir de coração, sou um mero vulto que vagueia numa noite de inverno a procura de uma forma de sentir sem imaginação, porque ela é o veneno que destrói todo o meu ser, intimo e verdade! Não sou nada. Sou o espelho de uma alma derrotada…

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa os teus comentários, para eu os ler e responder...