domingo, 9 de outubro de 2011

Ansiedade...

Palavra descriminada pela mente destorcida de algo perdido no vazio do nosso íntimo. Descrita no interior da caixa guardada nos forros do nosso coração, esta palavra toma a vida de algo morto dentro de nós. Gloriosamente, fugimos a algo que esta dentro de nós e quando simplesmente dá-mos conta, vemo-nos perdidos no meio de algo que nem sequer existe. Podemos dizer que esta forma de sentir as coisas não é mais nem menos que sentir a forma de despreocupação. Podemos escavar montes e por esta mera palavra dentro de uma garrafa e enterra-la. Fogosamente e sentimentalmente vemos o que era nosso fugir para essa garrafa e sem mais demoras ficamos a nora, como fica um folha de uma pequena arvore quando o vento a toma e a leva para um outro lugar, que não o dela. Com um copo de agua recolhe as lágrimas que escorrem da minha cara e embebedo um pano nelas, para que a sua consistência nunca se perca jamais e que da mesma maneira que saem da minha cara, elas possam encarar outra forma de viver, que não esta terra humilhada. Todos nós dentro de algo, que está em nós, já fomos humilhados, sempre somos humilhados. Gostava de fazer estas palavras, nas palavras de outro alguém, para que só eu não me sinta confuso. Tenho linhas nos meus olhos que me impedem de ver com claridade aquilo que quero e fazer aquilo que quero, porque sempre que tento faze-los, há algo que me bloqueia e esse algo é esta insignificante palavra, que ninguém tem a coragem de a enfrentar. Sim, ninguém tem, porque se acham superiores a ela e de uma forma, a ignoram como se ela fosse mais um adereço num lugar qualquer do mundo. Podemos dizer que esta palavra mata, sim... Mata as nossas acções e impede-nos de fazer algo que nós queremos e deseja-mos, porque somos como uma maquina de lavar avariada que quando chega ao programa altura de torcer a roupa, a ansiedade da máquina a proíbe. Gostava de não ter esta palavra e poder fazer tudo o que esta escrupulosa palavra me impede! Mesmo tudo. Tristemente irei fugir de algo que me prende a nada, porque quem tem esta má palavra dentro de si, é como quem tem as algemas nos pés e como quem não tem língua para se poder manifestar. É venenosa porque não deixa ninguém mostrar-se e fazer-se sentir! Ela é nada e nós com ela nada somos…

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa os teus comentários, para eu os ler e responder...