domingo, 2 de outubro de 2011

Luz...

Penetrando a luz de uma forma solidária. Cada partícula de luz que entra, forma em alguém um arco-íris interior, onde cada um vê o que tem de verdade dentro de si. De uma forma ela tem as luzes da ribalta, faz mover objectos com o tilintar da sua luz. Nada mais ali fazia sentido, dentro daquele inóspito lugar, só havia o realce de uma luz fraca que urge vinda do nada. Tais palavras fariam mais sentido, mas como a sua corrente partiu, já não faz qualquer mero sentido. Incide em algo aquela luz, que representa numa parede um coração quebrado a meio. Pode ser o reflexo de algo, mas a clarabóia nunca reflecte nada, a não ser uma mera e triste luz. Talvez sinta-mos falta que esse coração completo, ou de algo que o complete. Sempre que aquele universo de luz bate em nós, é como se estivesse a projectar algo que nós necessitamos. E eis que mergulhamos naquela imensidão de luz, onde cada um mostra uma sensatez de ver a luz que nele penetrou. É negra, é triste e sem vida. Quis formar uma história onde esta luz me descrever um lindo conto, mas é uma luz negra, ela capta a minha alma e corta-a e faz dele um manto branco que ira florescer dentro de mim. Não tenho uma história, mas uma curta-metragem, que pelo seu enredo tem um final infeliz. Tentei pintar esta luz que tenho dentro de mim, mas sempre que colocava uma cor mais clara, logo a seguir vinha a luz negra pinta-la de branco. Foi então que saio daquele imenso mergulho e que vejo aquilo que sinto. Nada! Os meus olhos estão negros a luz da clarabóia, os meus olhos não viram a luz da clarabóia...Fico triste. Queria ter palavras e tinta para mudar aquilo que sinto, mas que rio. Tento procurar aquilo que quero, mas só encontro aquilo que menos desejo. Desejava ser uma história onde tudo se passa-se e ficava, mas em vez de isso som um filme rodado e sem som. Tentei fazer uma música e dela construir uma história, mas não tinha palavras para escrever esta melodia. Sem luz, sem história e sem música, sou um livro, mal escrito que pelas mágoas transportadas, fica numa mera e distante prateleira ali a ganhar tristeza e a perder alegria. Já não existo dentro de nada, nem nada reflecte em mim, sou algo invisível, no mundo que é visível aos olhos que têm cor...

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