terça-feira, 15 de novembro de 2011

Viagem...

Quero sair daqui. Não sei onde me encontro agora, não sei se e imaginação ou realidade. Estou num lugar onde consigo ver ao longe um pequeno mar, onde os sons e os cheiros podem dar colapso ao meu interior. Consigo cheirar o mar lusitano e respirar o ar lusitano, mas o que eu quero mesmo é sair daqui. Quero descobrir o que ainda há por descobrir, e fazer-me descobrir a mim. A verdade e que eu já estou descoberto a muito tempo, mas como isso foi possível? Sempre que começo uma longa ou curta viagem, o seu fim é sempre o mesmo, acabar sozinho num mar de derrotas. Ser vencedor é coisa que não cabe a mim, mas sim ao meu coração, ser perdedor é coisa que não cabe ao meu coração mas sim ao meu olhar. Sim ao meu olhar. Os meus olhos são como um espelho na minha cara, e deles reflecte aquilo que verdadeiramente eu sinto. Sempre tentei fazer uma viagem onde o seu final fosse diferente, mas na verdade nunca consegui isso. Isso é difícil como escalar um grande montanha em tempo de cair arrais de chuva. Tentei traçar um rumo, para que esta nova viagem fosse diferente, mas a verdade é nunca consegui isso. Sou um derrotado movido por areias movediças, sou um derrotado devido o incertezas que isto gerou, sou um perdedor em tudo. Sei que as vezes posso ser mais forte que o próprio mar ou até mesmo sei que aquelas areias movediças não me podem derrotar, mas é aquilo que na verdade eu sinto, ser um perdedor é a minha categoria, ver um vencedor é um diploma. As horas são como o passar do tempo desta longa viagem, que deveras existe. Este mar lusitano é que me transporta para outro lugar, este cheiro são o mover dos ponteiros de um relógio que existe dentro de mim, que ao longo do seu tocar, é como se dele resulta-se uma agulha que afiada penetra no meu coração. Pensar é coisa que eu faço e sentir, é algo que o meu coração tem. As vezes enquanto eu viajo, urge em mim, o sentimento que nem explica-lo sei. Quero sair daqui e apagar tudo o que eu tenho a apagar, porque na verdade o que há para apagar são sentimentos nunca sentidos e verdades nunca reveladas e esta viagem é o fruto disso mesmo. Escrevo para quê? Ou melhor para quem? Para alguém que tenha força sentimental e que entenda aquilo que a alma leva. A alma é o ponto estratégico desta longa viagem, mas será verdade. A verdade é apenas oposto da mentira e a certeza da realidade enquanto a mentira é a resposta de algo omitido. Esta viagem é algo querido mas que deveras é conseguido, porque depois de uma resposta, a viagem é que urge, antes é a imaginação e depois o que é? Nada, porque eu quero é sair daqui...

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