quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Queria dizer-te...

Queria dizer-te, és forte.
Queria dizer-te és livre,
Mas permaneces dentro de mim. Consciência tens que abrir portas a tua força, pois assim despertarás o íntimo que dentro de mim habita, escrupulosamente.
Queria dizer-te que não te entendo.
Queria dizer-te que és fraco.
É verdade, entendimento, tens que te libertar das garras da ignorância e despertar para a guerra que todos os dias travas. Ir deambulando com o vento é uma perda de energia, e uma perda de força.
Queria dizer-te que és hipócrita.
Queria dizer-te que me fazes estar baralhado,
Porque sempre pensei que fosses capa de revista, mas afinal enganei-me. Pareces uma folha que mergulhada num rio, enrugada é a tua forma depois de saíres.
Queria dizer-te que o tempo para.
Queria dizer-te que não te conheço,
Mas na verdade és uma peça dentro de mim. És como o tempo que tocas no sino da torre, sempre que necessito ver e sentir apareces, és a melodia dos meus olhos.
Queria dizer-te que te ouço.
Queria dizer-te que és a pilha dos meus pensamentos,
Sei que alguém me irá chamar nomes sem verdadeiro significado, mas o íntimo é uma pessoa, sem cara, mas com alma, que me irá fazer luta.  
Queria dizer-te que me faço de pequeno.
Queria dizer-te que nem sei falar, quando te vejo,
Sempre que me olho ao espelho és tu quem aparece no reflexo. Queria dar-te valor e perguntar quem és, mas não consigo, os olhos fecham-se a voz cala-se.
Queria dizer-te que depressa te olho.
Queria dizer-te que depressa tu me olhas,
Penso que o afastar de olhares é a única solução, porque afinal nem existes senão nos recantos da minha alma e do meu interior sentimentalista.
Queria dizer-te que tu és a força do meu movimento,
Mas queria dizer-te que me fazes vibrar,
Quando te vejo e ouço é como se o mundo irreal viesse a superfície da terra, os filmes se tornassem reais e a verdade viesse a foz do rio. Sentas-te em frente e eu tento dizer-te algo bonito, mas não consigo. E é por isso que eu suspiro e fecho os olhos, para poder tremer e tu não veres isso. Sei que sabes que és tu quem eu falo, mas a coragem de o manifestar é difícil. Apagar o olhar no espelho, não resulta, porque pronunciar o teu nome é um começo de um fim, para o qual nunca existirá...
Queria dizer-te que há um fim.  
Queria dizer-te que és tu a faze-lo,
Contudo senão tens coragem, não o faças, porque dentro de mim permanecerás...

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