quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Patamar...

É quinta-feira e eu estou no meu patamar a derramar lágrimas. Podia ser alguém especial, mas em vês disso sou uma pessoa que não vale nada. Choro e derramo mar de águas dos meus olhos, os meus pobres olhos são como cubos de gelo que ali derramam água. Queria ser alguém mais inteligente e mais bonito, mas em vês disso vejo o reflexo de negro no meu próprio charco de água ali perdido. Perdido estou eu nesta quinta-feira, quando ao meu ouvido chegam palavras indiscretas e mal ditas de quem não tem um pouco de coração. De repente ouço lá do fundo o meu nome e com medo escondo-me para dentro de forma a que ninguém esfaqueie com o seu olhar. O meu patamar é o meu espelho, um pedaço de pedra ali perdida num lugar no fim do mundo, sinto a sua alma leve e fraca, o seu choro triste e fogoso. Então tenho uma grande vontade de saltar dali para ir para outro lugar onde o meu mero sofrimento é apenas uma pétala de uma grande rosa, com espinhos. No meu velho patamar podem-se ver as pontas de lágrimas ali derramadas, onde cada lágrima é fruto de uma imaginação perdida em algo descoberto que nem os próprios olhos tem essa mera capacidade de ver. Ver é coisa que as vezes só os pequenos seres conseguem ver, porque muitas vezes os grandes seres não têm essa linda capacidade. Só conseguem ver o que os olhos lhes mostram, porque na verdade as suas almas, não têm uma grande capacidade de ver o que realmente tem de ser visto. Fixei mais uma vez os olhos num mundo que para lá dos meus olhos se vê. Estou sentado na primeira fila de um grande cinema pronto para ver esse mundo. É um mundo pequeno onde só um coração grande e aberto pode ver, e o meu consegue ver isso mesmo porque é um coração sem alma, um coração triste que chora sangue de uma alma morta. Está esgotado o meu patamar de ser o meu espelho velho e sem vida onde a sensação de vida só é presenteada naquela quinta-feira onde a noite é uma criança assim como esse grande mundo produzido num grande cinema que não passa mais do que o filme criado na minha própria cabeça em que a única fila existente é a minha! Sou eu, viverei eu, e morrerei eu. É  o que se pode ver escrito com as minhas lágrimas nesse patamar, numa noite de quinta-feira, onde o meu coração nem força tem para bater e onde o meu filme não é mais que desejos que eu quero e que a vida não me os oferece... Assim é a quinta-feira no meu patamar...

1 comentário:

  1. Ola Andre, esta bonito o teu texto, mas eu quero deixar aqui um apelo. Por favor, abre os olhos, e comeca a ver o teu valor. Todos nos somos bons suficientes. Na vida as pessoas passam por diferentes fases, e ha sempre uma fase na qual nos estamos no auge, essa fase ainda vai chegar a ti,e eu vejo aqui um jovem fantastico, de bom coracao, com um enorme potencial. A beleza fisica nao e importante, porque independentemente do qual belos sejamos, essa se acaba. Nada no Mundo e eterno. Tudo que e usado, vira gastado, roto, e usado... assim como nos propios. Gostaria de ver um Andre mais feliz, optimista, alegre, e que sorrisse mais pra vida. Tenta, ok? :)bjinhos

    ResponderEliminar

Deixa os teus comentários, para eu os ler e responder...