segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Não necessito de olhar para sentir...


Não quis ouvir ninguém, mas foi obrigado a ouvir tudo e todos os que me rodeavam. A minha volta era só papéis com os meus gloriosos nomes. O meu olhar era viciado e só retirasse para uma pessoa, era aquela que naquele momento olhava para mim. A minha volta estavam uns bancos sem amor e sem piedade, mas que eu os amava. Foram os nomes, neles inscritos que me fizeram acordar para algo melhor. Agora sinto o som do relógio a tocar nos meus ouvidos como se me pedisse autorização para entrar neste mundo que é meu. Mas porque me visualizo noutro lugar? Eu estou aqui, dizia o vento quando passava nos meus ouvidos, mas eu com medo nunca lhe respondi. As palavras com negação ao meu íntimo seguiram-se logo após a separação do meu amor verdadeiro por aquele amor falso. Estou sentado na areia e rodeado de pessoas, ao meu lado encontra-se a pessoa que eu mais amei neste lugar, mas sem qualquer tipo de amizade para com ela. A tempo do tremer das minhas mãos, sinto alguém a tocar nos meus sentimentos como se eu fosse mais nada que uma simples pedra que todos ofendem e não pensam em rematar em mim, os seus meros e apaziguados sentimentos. Despertam nos outros meros sentimentos que cabem não só naquele funil com língua, mas também naquela pequena caixa de madeira, dentro do seu peito. Deito a minha cabeça naquele conjunto de penas, na minha cama, e na minha cabeça passam imagens sentidas, mas que alguém, pela altura da sua vida se esqueceu. Naquele momento cai o véu da minha felicidade, como se de uma simples manta se trata-se. Foram ditas palavras sem amor, e foram sentidas com tristeza, e reveladas com lágrimas verdadeiras. Os meus olhos choraram como se fossem independentes de mim, como o provavelmente serão... Por fim, a minha alma estremeceu, porque não entende o porque de tanta confusão gerada, em torno do meu intimo, quem sabe sentir, sabe ler tais palavras, mas eu como sou maquina que faz o sentimento, nem sei sentir nem sei fazer sentir... Agora gostava sentir, palavras verdadeiras vindas da boca da velha idade, que naquele misero lugar se encontra, não basta somente dizer que amo, mas sim dizer eu sempre te amarei, pois foram estas palavras que eu escrevi a lápis no meu coração no acto daquele toque de falta de amor... Assim fala a tristeza da algo, com revolta do seu intimo enfraquecido...

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