terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Procura...


Mais uma vez encontro-me a navegar pelo mar das minhas entranhas. São só perguntas que eu não consigo obter respostas. Porquê? Não sei. Não são dúvidas, nem incertezas, são simplesmente ruas em que não existem pessoas para que alguém me possa dar uma resposta. Posso ouvir o tic tac ao longe e talvez seja dele que surgem as respostas, mas é algo que é incógnito pois, como posso perguntar algo a um relógio que nem sentimentos possui? A verdade é que a procura não quer ser encontrada, várias vezes antes da luz deste grande quarto se apagar eu deito a minha cabeça na almofada. Consigo ouvir imensas coisas, mas o que quero ouvir, não se faz ouvir. Sei que por vezes a resposta a essas perguntas está dentro de mim e que tenho que procurar a fundo para a encontrar, mas não consigo. As auto-estradas do conhecimento estão cheias de tráfego e nem mais uma palavra cabe nelas. Porque será então que não consigo procurar algo que nem a luz do grande quarto encontra? A certeza é que eu não sou ninguém eu sou a alma que é tua, mas que vive dentro de mim. Sou mais uma alma cheia de perguntas retóricas que ninguém tem resposta para elas, eu sou a alma problemática que faz de uma pequena gota de água no olho, um oceano no meu coração. Não é um oceano qualquer é talvez o oceano da resposta, porque qualquer alma que seja alma tem uma resposta, é como o som do vento ele existe porque assim as arvores existem. E como seria o som do vento sem as árvores? É como eu seria sem uma alma retórica. Sei que parece bárbaro, mas cada palavra que eu aqui escrevo tenta entrar no coração de alguém que pelo seu sentimento, as transforme em grandes palavras. Já não ouço o tic tac do relógio, mas ouço-me a mim mesmo. Esta alma está a aborrecer-me e entupir as auto-estradas que por mim se ramificam. Sei que não sou ninguém sem esta alma e sem que ela sem mim não é ninguém, mas porque é que a procura se esconde? É fácil a procura esconde-se porque o que há a ser procurado já esta encontrado, as respostas que eu quero já o intimo as tens, mas para eu ficar com elas é necessário eu ver com olhos de ver e sentir com o coração e não com a falsidade. Por isso esta alma esta cansada e farta de procurar algo que já foi encontrado, por isso é que esta deixa de ser a alma retórica e passa a ser a alma verdadeira, por isso é que eu sou a alma, o intimo, mas não passo de uma pessoa que fala pela alma e que descreve pelo intimo do seu olhar e do seu ser... Assim fala a alma...

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