segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Outra Vida...



Será que é realidade ou irrealidade. Sempre que olho para o lado vejo alguém que não eu. Sempre que olho em frente sinto alguém que não eu. Mas porque olho para a frente e não olho para trás? Numa outra vida era a luz, aqui vou a escuridão, noutra vida eu era a alegria e aqui sou a tristeza e noutra vida eu era a alma e aqui sou o intimo. Eu sou um buraco negro que abre violentamente para poder chamar alguém, eu sou a alma enfraquecida pelo íntimo que, fortemente suga esta harmoniosa alma, mas o que sou afinal? Eu sou a vida que é tua e a alma que é minha, sou o olhar deste íntimo perdido noutra vida que suavemente tenta transformar-se em algo forte e estrondoso que é capaz de acabar com esta vida cruel. Eu sou a flor triste que lentamente vai desaparecendo para se formar outra nova, mas triste flor. Porque tudo é tristeza? Porque sou um íntimo escuro e triste? Na outra vida eu sou a criança das crianças e a felicidade do amor, nesta vida em fico ao sabor do mar, como se fosse uma alga perdida numa imensidão de gotas de água. Sempre que ouço o tictac do recordo-me de uma vida que não esta, tento lembrar de algo que não a tristeza, tento viver o que vivia. Sei que conheci alguém que no meu dia de anos não só me transformou, mas como também me amou. Não falo desse sentimento, porque o intimo não sente, enquanto a alma sente e vive. Tentei fugir desta vida, mas a outra impediu-me. Por vezes o meu coração falou-me e dizia-me para ser forte, mas como posso ser forte se eu sou um coração avariado. Nenhuma das engrenagens funciona, nenhuma bomba bombeia o sangue é um coração sem vida. Sem vida permanece a minha alma que numa outra vida teve momentos de gloria e agora nem por isso. Acabo de ter um acidente, não sei onde estou, nem sei que é um mero acaso de ter um acidente. O relógio não tocou mais, o meu coração não bateu mais, mas afinal onde estou agora? Não estou em lugar nenhum, vivo e permaneço no mesmo. Sou as raízes da outra vida e a verdade nasce quando eu descobrir quem sou eu. Sei que procurei nas auto-estradas do meu corpo para saber quem eu sou, mas em vão. Em vão serão estas palavras que deixam o coração, em vãos será o sentimento da alma, em vão serei eu. Eu sou o coração da alma, sou em que vivo e faço viver, mas acima de tudo sou eu que tento fazer com que o intimo seja a alma e a alma seja alguém. Não sei porque digo isto ou porque o faço. Cada acto é uma verdade e será que serei um coração verdadeiro? Assim é...

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