domingo, 18 de setembro de 2011

Mágoas...

Entrelaçadas na minha alma, estão as minhas mágoas. Tristezas e fantasias, agora são meras mágoas. Gritei e destrui aquilo que ainda tinha. Consegui construir um caminho imaginário com as minhas mágoas. Senti tristeza dentro de mim. Quis desistir da vida pela perda da felicidade e construir um abrigo, onde eu pudesse falecer de tanta mágoa. Então comecei a escrever. Escrevi vezes sem conta, chegando mesmo a perder o número das vezes que escrevi. De repente a minha alma, sai de dentro de mim, o meu entendimento pessoal vai pelas lágrimas que afogavam o meu rosto, o meu carisma vai com o meu ar, que expirado para fora corre em direcção a uma árvore. Os meus sonhos belos, ficam nunca cassete guardada dentro do meu coração, e o vídeo com mágoas surge. Perdi os melhores sentimentos, dando lugar a sentimentos fúteis e irreversíveis. Cada mágoa é como uma árvore morta, é como uma flor sem vida a espera da sua hora e lugar para murchar. Cada imagem que passa nos meus olhos, fere o meu ser, que pela força da mágoa, começa a corroer-se de tanto acido de inveja. Estes frutos são azedos e tristes. O meu coração está negro e o brilho dos meus olhos foi com o meu sorriso, para outra cara e para outra pessoa. O meu lençol de água debaixo dos meus olhos secou, o meu coração parou e eu fiquei abandonado sem nada no meio de um deserto imaginário. Sempre que tento virar e sentir saudades, é como se me cortassem a fita do filme. De todas as vezes que surge uma recordação boa, uma caneta rebenta e escore-se essa recordação. Sempre que tento chorar, há uma esponja que seja o meu aquífero que está em mim. Sempre que o brilho e o sorriso desaparecidos, regressam, vem alguém e compra-os, sempre que as fantasias surgem, há sempre um pássaro a leva-las e sempre que a minha alma e o meu entendimento pessoal retornam, há sempre um rio a afoga-los. Não há como apagar esta mágoa dentro de mim. Mas eis que surge em cima de um castelo exterior uma pequena chama, que ateia um fogo especial. O amor. É essa a chama especial. Com um carisma e um entendimento autoritário e com uma alegria espantosa. Tento alcançar essa chama...E consigo. Sem mais demora coloco-a num alpendre dentro de mim e ateio o fogo para ele se alastrar e queimar todas as mágoas e tudo que é triste em mim. O rio fica seco. O pássaro morre, a tinta derrete, e o meu aquífero ferve e surgem as lágrimas. Está chama foi o inicio e o fim da era da magoa. Agora sou livre, vivendo na luz e desfrutando de tudo que essa chama me deu. Porque as magoas podem ser fortes, mas não há nada mais forte que o sentimento do amor... 

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