sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Brilho...

Francamente triste, percorri um infinito lugar a procura de algo. Os meus olhos brilhavam intensamente, mas por dentro eu era o crepúsculo do meu entendimento. Levemente e suavemente foi arrancando o meu íntimo e roubar dele esse crepúsculo que me infernizava... Escavei momentos dentro de mim e fiz deles uma fonte de energia, para a minha força pessoal. Estava no limite e nada me fazia descer nem sequer um simples olhar de amor. Já não tinha força para continuar ali, o que me fazia mover desapareceu e o que me fazia descobrir imigrou. Com ele imigrou os meus escassos sentimentos que por meros segundo se manifestaram a alguém. Cada um foi numa pena de um pássaro e largado num lugar onde nada existe. Sempre que chorava, pensava o porque desse choro, sempre que estava sozinho, pensava o porquê dessa solidão. Podia ter chegado a uma simples conclusão, que pela sua complexidade ninguém iria entender. Podia ter chorado para o mundo e com a sorte alguém iria sentir as minhas lágrimas, mas fugi! Fugi em busca de uma luz que me fizesse brilhar e que alguém me pudesse entender. Mas não adiantou. Não tive para onde ir e fiquei perdido no mar da solidão. Fiquei retido no ombro da minha própria tristeza. Escrevi nomes e formas para conseguir sair dali, mas nada em concreto, fiz desenhos mas nada em concreto. Foi então que as notas do meu coração sobressaíram-se. Saíram de onde estavam, saíram de onde nunca entraram, saíram para me fazer brilhar. Era brilho intenso que pela sua complexidade ninguém o conseguia ver. Era visível aos meus olhos e ao meu ser, era visível para mim e só para mim. Afinal esse brilho sempre esteve, mas era necessário o meu coração abrir as suas portas para que, com um simples pontapé ele saísse. Não iria escrever mais nem desenhar mais, não iria cavar mais nem arrancar o meu íntimo. Com força ia lutar e com uma fraca ajuda do meu coração ia ganhar! Consegui talvez uma vitória que pouco ou nada valia... Consegui o brilho, porque ele nunca sai dali, as vezes sinto que mais vale abrir o coração para mim, do que abrir o coração para o mundo, porque as vezes o mundo ouve-mos, mas nós não nos ouvimos a nós. E esta foi a a minha vitória, consegui o brilho e nunca mais o deixarei fugir...

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