terça-feira, 22 de maio de 2012

Desisto de tudo que possa existir no meu coração...


As linhas na vida não passam de formas mal feitas,
Que na madrugada da saudade se construíram,
Para criar o desalento no meu olhar,
Esse olhar que nem o amor acolhe como forma de amar.
Desisto de tudo que possa existir no meu coração. As máquinas que trabalham no meu corpo estou a corroer-se de ferrugem, porque a virtude é fraca como o meu coração. Os caminhos são meros destinos que só eu quero seguir, mas não velo ninguém, porque simplesmente só quero fechar os olhos e não abri-los porque a morte da minha alma está próxima. Já não adianta escrever prosas para que alguém as leia, e para que alguém as possa dedicar a outros, porque são prosas sem sentido e amor. Sinto que são mais um romance em pleno veneno dentro do coração de uma pessoa que cruza os olhares comigo, mas que tenta fugir aquilo que realmente sente. Não existe um olhar tão sincero, como o olhar daquele espelho que reflete a sua fronte, como se de um busto se trata-se. Existe um jardim, no qual eu cruzei em forma de triângulo e existe uma verdadeira fonte de amor, no qual eu bebi e no qual o outro bebeu. Por fim existe um som do qual nós gostamos tanto, basta tocar uma corda para as minhas mães estremecerem, porque quis amar, mas ninguém me amou. Esta melancolia que atravessa o meu coração não passa de uma forma de eu tentar viver a saudade de um bem perdido, que alguém não entendeu, porque isto é só mais um texto sem título. Sem título está a minha vida, que sem amor consegue destrói-se de forma a não permitir que o meu coração se volte a apaixonar, porque esta palavra é cruel assim como a forma de amar. E porque será assim, porque não me conforto com a minha vida que é um espelho de mágoas que a primavera lançou? Simplesmente porque não nasci para ser vivido, mas para viver aqueles que eu quero que vivam, para amar aqueles que me deixam ama-los, e porque eu sem ninguém sou como aquele sino da igreja que toca suavemente para as pessoas não sentirem nem verem a dor que este que escreve sente…
Agora termino, com o coração a morrer,
Porque não há nada aqui, que me faça tremer,
Porque senão sou feliz, vai vale entrar no mar
E voar com o ar.                                            
Assim fala o intimo que na tristeza,
Morre porque tem medo do que poderá vir
Sem nunca poder sentir,
Aquilo que é o amor...

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