domingo, 26 de fevereiro de 2012
Os Olhos Falam...
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
O pequeno ser do espelho...

domingo, 19 de fevereiro de 2012
Confuso...
A saudade. Será um sentimento?
O carisma. É o meu fio condutor.
Caminharei por lados opostos no radiar do sol. Atrás dele virá o
amor, que não passa para mim de um simples artefacto historio, encontrado
algures numa caverna, em pleno pilar do coração. Atrás do meu coração penso ser
alguém, mas quem serei eu?
Talvez o céu. Com as minhas memórias a flutuar!
Talvez o Horizonte. Com a tristeza a raiar!
Talvez o passado. Com a vivência perdida?
Não sei para onde caminho, se para a virtude se para o defeito!
Não sei de quem são estes caminhos que piso e passo, se serão do passado ou
futuro, ou se podem ser uns meros trilhos da tristeza. São perguntas, que as
respostas perderam, e são estas as perguntas que uma mágoa tem!
Tento ser a maré. Para transportar as mágoas para a superfície.
Tento ser eu mesmo. Para colocar a tristeza dentro de mim.
Tento ser o papel. Para dele escrever palavras que são a minha
alma.
São estas as palavras perdidas que uma alma deixa nestes trilhos
onde o íntimo caminha, onde a virtude nasce e onde a alma se perde. Sou piegas
em transbordar os sentimentos em forma de palavras e lagrimas, sou piegas em
ser quem sou, um simples acto sem actores.
Sou o som. Transmito as palavras que a minha alma deixa ao
coração.
Sou a felicidade. Mas apenas porque a alma transporta a
serenidade.
Sou apenas eu. Que tento escrever algo que me faça descobrir.
Descubro, mas não consigo decifrar, por isso vagueio pelo deserto
das palavras em busca de algo que me faça realizar, porque não sei o que
escrevo, nem o que sou, não sei para quem escrevo, nem que intuito.
Apenas sou um complexo de sentimentos, que a alma não suporta e
por isso aborta...
Apenas sou quem me quiser escutar...
Apenas nem sei se é alma que escreve ou o íntimo que dita.
Apenas irei procurar...
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Quando eu olho para ti...
A nitidez é surda,
A verdade
é muda,
Mas o
olhar é verdadeiro.
Quando eu
olho para ti, o brilho nos olhos cai sobre a patena que guarda as minhas lágrimas
que pela saudade e pela tristeza são alvo de um coração partido em pedaços que
nem os dedos os contam. Penso que esta patena não é dourada pela sua forma, mas
sim pela riqueza das minhas puras lágrimas.
A saudade
é um fruto,
A Tristeza
é uma raiz,
Mas a alma
é verdadeira.
Consigo
olhar para ti com olhos de quem te rouba a cara, mas na verdade são olhos de
quem te deseja. Através dos dias que passam descubro quem tu és, mas sem os
dias és como uma flor sem água, ou seja, acabas por murchar.
O caminho
é cego,
Porque a
virtude assim o fez,
Mas os
buracos nele são as minhas caixas de recordação.
Quando
olho para ti, é como se a minha alma morre-se afogada de um desejo prematuro.
Sempre que caminho atrás ou ao teu lado, o meu coração não é um coração, é uma
máquina que transborda um sentimento que não consigo decifrar.
O meu
coração é um cadeado,
Guarda
tudo o que tenho,
Mas o
sentimento sou eu que o engenho.
Se olhar é
uma sensação, o que será então este sentimento? Vivo na realidade que não sei
se ele existe ou se não passa de uma pura invenção. Porque é que o som de um relógio
se parece com o meu coração?
Quando eu
olho para ti
O meu
coração sorri,
Mas a alma
desaparece.
Porque é
que olhar para ti, não me causa nenhum sentimento? Porque é que eu sonho em vez
de haver realidade? A nitidez é como um vidro bem limpo, sempre que eu quero
ver algo ele mostra-me, mas porque é que eu olho para ti? Não sei, olhar para
ti projecta no meu coração um sentimento, mas a alma esconde-o, porque é
demasiado mentiroso para ser verdadeiramente um sentimento.
Quando eu
olho para ti,
A alma não
responde,
E o
coração rompe de dor...
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Fruto Proibido...
Permaneço com ele, eu acabo com ele. Escrevo
o seu nome no meu íntimo, ou apago-o. Assim começa a nova história. Não é uma
nova história, mas sim uma história antiga. Cada data e cada vida por ela
vivida é uma forma de exprimir o que esta alma descreve e sente. Após o tic tac
do relógio, o meu coração condena um segredo. Não é um segredo qualquer, é o
seu fruto proibido. Percorro uma estrada onde o íntimo é alvo do pó dos carros
e este corpo miserável é o centro da ignorância. Nas minhas costas e no meu
peito, está o verdadeiro e único fruto proibido. Já não sei se é um segredo, ou
se é uma omissão. Cada palavra cantada no meu íntimo releva uma mentira que não
foi revelada. Não consigo continuar a suportar este fruto proibido que assombra
o meu coração e corroí a minha alma. A guitarra do meu mundo acaba com as
cordas que ainda restam, assim como eu acabo com as linhas que me unem ao fruto
proibido. A tentação da minha virtude é divulgar isto pelas ruas e ruelas,
pelas vilas e cidades, mas a ironia do destino não a permitiu. Como posso fazer
sentir se eu não consigo sentir este fruto? A cada minuto que passa a minha
alma, tornasse escrava dele e ele rei do meu corpo. A coroação começou desde
que o íntimo perdeu a vitória e ganhou a derrota, mas afinal o que é este
fruto? Este fruto não é mais nem menos que o fulgor de uma pessoa que caminha
só e vive só. É algo que a vontade não explica e que a virtude da alma não
sente como sente o vento a passar nos meus finos cabelos. Penetra nas minhas
auto-estradas o verdadeiro momento em que o fruto foi e é revelado. Contudo
este fruto sou só eu. Sou eu que penetro em mim mesmo e que gero este fruto,
sou eu que fujo e que permaneço com ele, sou eu que escrevo o seu nome e que
vivo na ignorância de o dizer, ou então sou eu que não sou ninguém. Este fruto
por várias vezes tentou ser quem não podia ser, uma pessoa feliz, tentou
enveredar pela mentira, mas com a força da vontade foi sempre cair no patamar
da verdade. Este fruto é um fracasso e com ele vai este corpo incorrupto que o persegue
diariamente. Afinal quem ou o que é este fruto? Simplesmente sou eu. Eu sou o
fruto proibido que com as minhas ramificações torna outras pessoas também elas
frutos proibidos e porquê? Porque atrás deste fruto proibido está um segredo,
que pela virtude do medo e da insegurança nunca será revelado... Assim fala a
alma...
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Raiz do medo...
Detesto, mas sinto. Minto, mas acredito. Apago, mas alguém
escreve. Começo assim a sentir o medo. Caminho num lugar escuro, onde a única
luz é a verdade. Lá ao fundo está uma porta, mas não é uma porta normal! É a
porta dos sentimentos, dos quais eu nunca tive a oportunidade de sentir! Penso
que sou uma mentira, coberta pelo creme da verdade, porque digo que nunca
senti, mas é mentira. Eu sinto só uma coisa. O medo. Este sentimento é para
mim, um fruto com o qual eu tenho que lidar no dia-a-dia. Porquê ter medo?
Porquê senti-lo e vive-lo? Consigo ouvir uma bela melodia e tento encara-la,
mas o medo assombra-me. De repente começo a correr em direcção a um rio, que
transborda tristeza, pelas suas finas margens, mas não consigo! Eu sou a raiz
do medo e por isso não sou ninguém. Mas porque é que eu sou a raiz dele? Tenho
um caderno e com ele fiz linhas de memória para que nenhuma parte da minha vida
fosse esquecida, mas falta uma memória que tenho receio em escreve-la, que é a
memória sobre o amor. As lágrimas foram demais, a tristeza cresceu como uma
trepadeira e a saudade brotou. O amor para mim, é mais que amor, é medo. Nunca
tive a coragem de escrever sobre ele, mas porquê? Deveras senti o amor e quando
o senti, foi fracções de nem sequer poder aplicá-lo. Sei que o amor é o maior
medo de todos, mas na verdade como pode ser de todos se quase ninguém o encarou
como medo? A minha cronologia é um veneno mortífero, que quando afecta as
minhas veias, não há como escapar e o medo será o quê? São tantas as perguntas
que esta alma me faz, podendo até desconfiar das respostas dadas a ela, mas
como será o medo? O medo não é ninguém, é como o amor, para quem nunca o
sentiu, mas o medo em contrário ao amor é um veneno, tal como a minha
cronologia, ambos em grande força diariamente me afectam e diariamente põem-me triste.
Por vezes tenho medo de sentir o medo, mas o íntimo protegem-me, mas não me dá
a capacidade de o enfrentar, por isso sou a raiz dele, embora eu sem o meu
íntimo não sou nada. Nunca serei nada, serei apenas um alma, no limiar da
infelicidade e no limiar da pobreza sentimental. Que posso fazer para deixar de
ser a raiz do medo? Ser um sentimento, mas forte? Nunca poderei ser um
sentimento mais forte, porque eu não sou ninguém e nunca o serei... Assim fala
a alma...
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Escalada...
Como posso saber de algo, que na minha vida foi uma assombração.
Toquei em mãos e senti caras. Vivi vidas que nunca pensava em viver, mas morri
com elas ao fim de uma longa-metragem. Sempre tentei subir algo, que fosse para
além do meu entendimento, mas a minha alma nunca me deixou. Vaguei no deserto
de mágoas a procura de uma estrada que me transporte para aquilo que realmente
eu queria sentir, mas foi impossível. Olhem para trás e vi a assombração
continuamente atrás de mim, sem que eu pudesse fazer algo. Então subi mais um
bocado, com a força das minhas mãos a esgotar-se. Consigo ver ao longe um
bocado de uma pedra que sai da barriga daquela encosta que serve de apoio as
minhas emoções perdidas, e lá me sento eu. Sinto que passam minutos, horas e
até dias, e eu ali, como se fosse uma flor em que a raiz se penetrou na rocha e
que não quer sair. O que faço? Volto a minha fronte para trás e vejo algo que
nunca vi, um reflexo verdadeiro estampado num riacho que estava atrás de mim.
Então corro velozmente para ver e sentir esse rosto. Olho para o riacho e
consigo sentir a felicidade a brotar da minha fronte. Volto a subir com a força
das minhas mãos e com o medo do meu íntimo. O meu relógio, já não toca e o meu
coração já pouco bate. Aquela que era a encosta das minhas emoções é agora a
encosta que me carrega, mas porque subo? Com medo olho para baixo, e vejo
memórias esquecidas a saírem daquela encosta. Será que elas têm um destino virtuoso,
ou simplesmente são memórias triste que desejam encontrar o seu lugar? Não sei
porque subo, nem muito menos o que subo. Para lá da encosta encontram-se aquilo
que de bom tem o meu entendimento, a verdade. Estou na divisão entre a minha
alma e as minhas memórias e entre o meu entendimento e intimo. Que faço agora?
A minha frente a direcção é irregular, e a subida é tremenda, mas o meu coração
ainda aguenta mais uma subida. Estou confuso como se de mim nascesse algo
glorioso para me dar força... Mas o que faço? As minhas memórias estão a
desaparecer e o meu íntimo com medo, também desaparece, o que me resta é o
entendimento que continua a brotar flores em todos os lugares do meu corpo e a
alma continua a dar-me força e medo, então o melhor será subir? Deveras. A
solução é parar com esta escalada e viver aquilo que de bom tem esta encosta,
que é simplesmente viver aquilo que me faz feliz... Assim fala a alma...
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Sete Badaladas da Vida...

domingo, 5 de fevereiro de 2012
Cidade...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Livro...
Sou como a fronte de um livro! Só tenho a
cor, a vida já se extinguiu e o coração? Foi parar a uma página onde o amor é
reservado para ele! Apenas me sinto no intervalo criado entre os capítulos
penetrados. Este intervalo tem força própria e é ele que sempre que me sinto só
faz virar as páginas pequenas e brilhantes. Existem capítulos que por eles só,
não teriam vida. Pode haver muitas palavras, parágrafos ou até mesmo capítulos,
mas senão soubermos virar a páginas, é como um cubo de gelo que desaparece
depressa, assim é este livro, senão o virar a página depressa ele acaba por
desaparecer. Ele está num canto dum quarto gigante, mas a sua força é
rudimentar. Ele possuiu um relógio, que com a sua força, faz virar o livro. Mas
que tipo de livro é este que esconde a sua fronte? Sempre que pego nele ele
esconde-se e sempre que o pouso ele permanece no mesmo lugar. Posso cantar e
falar para ele, que ele toma a atitude de me ignorar. Sei que algumas vezes eu
ajo como se ele não existisse, mas é de natureza minha... São várias as
perguntas que permanecem nestes parágrafos e capítulos, como também é pequeno o
seu lugar para guardar estas informações todas. Tento tocar nele e abrir o
último capítulo que ele transporta, mas é impossível. No acto de abrir o meu
coração salta, como se quisesse fugir dali, mas permaneço no meu lugar a torcer
para que ele se abra. Então escrevo com uma célebre pena, que com o seu pequeno
bico, acaricia o livro. Será de todo em vão? Procuro um sorriso no livro, ele
consta um capítulo antes de acabar este teimoso livro. Não é um sorriso normal,
é a verdadeira felicidade que o meu coração abriga, mas porque será que o livro
não se quer abrir? Tento mais uma vez voltar a sua fronte para cima, e consigo.
Olho fixamente para essa fronte e vejo uma inscrição, eu sou o livro que é teu
e tu és o meu conteúdo. Após a leitura desta inscrição fico a pensar e vejo a
foto da minha alma, na fronte deste livro. Não consigo chegar a nenhuma
conclusão, porque o incremento deste livro em mim, é como se a morte fosse um
monte de folhas dentro do meu coração, então o que posso fazer, ficar a olhar o
livro, ou simplesmente procurar a força onde ela exista? Só tenho uma resposta,
se eu sou o conteúdo do livro, é porque eu sou o livro. Sim sou aquele livro
que orgulhoso permanece dentro de mim...
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