
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Folha de Jornal...

segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Não necessito de olhar para sentir...
Não quis ouvir ninguém, mas foi obrigado a ouvir tudo e todos os
que me rodeavam. A minha volta era só papéis com os meus gloriosos nomes. O meu
olhar era viciado e só retirasse para uma pessoa, era aquela que naquele
momento olhava para mim. A minha volta estavam uns bancos sem amor e sem
piedade, mas que eu os amava. Foram os nomes, neles inscritos que me fizeram
acordar para algo melhor. Agora sinto o som do relógio a tocar nos meus ouvidos
como se me pedisse autorização para entrar neste mundo que é meu. Mas porque me
visualizo noutro lugar? Eu estou aqui, dizia o vento quando passava nos meus
ouvidos, mas eu com medo nunca lhe respondi. As palavras com negação ao meu íntimo
seguiram-se logo após a separação do meu amor verdadeiro por aquele amor falso.
Estou sentado na areia e rodeado de pessoas, ao meu lado encontra-se a pessoa
que eu mais amei neste lugar, mas sem qualquer tipo de amizade para com ela. A
tempo do tremer das minhas mãos, sinto alguém a tocar nos meus sentimentos como
se eu fosse mais nada que uma simples pedra que todos ofendem e não pensam em
rematar em mim, os seus meros e apaziguados sentimentos. Despertam nos outros
meros sentimentos que cabem não só naquele funil com língua, mas também naquela
pequena caixa de madeira, dentro do seu peito. Deito a minha cabeça naquele
conjunto de penas, na minha cama, e na minha cabeça passam imagens sentidas,
mas que alguém, pela altura da sua vida se esqueceu. Naquele momento cai o véu
da minha felicidade, como se de uma simples manta se trata-se. Foram ditas
palavras sem amor, e foram sentidas com tristeza, e reveladas com lágrimas
verdadeiras. Os meus olhos choraram como se fossem independentes de mim, como o
provavelmente serão... Por fim, a minha alma estremeceu, porque não entende o
porque de tanta confusão gerada, em torno do meu intimo, quem sabe sentir, sabe
ler tais palavras, mas eu como sou maquina que faz o sentimento, nem sei sentir
nem sei fazer sentir... Agora gostava sentir, palavras verdadeiras vindas da
boca da velha idade, que naquele misero lugar se encontra, não basta somente
dizer que amo, mas sim dizer eu sempre te amarei, pois foram estas palavras que
eu escrevi a lápis no meu coração no acto daquele toque de falta de amor...
Assim fala a tristeza da algo, com revolta do seu intimo enfraquecido...
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Piano...
Sempre questionei o som do vento, mas nunca questionei a vontade
de soprar. Tentei não questionar o som da viola, mas questionei. Tentei ler o
som, mas não o consegui. Mas nunca questionei o som do piano. Tocou no
meu coração, mas foi como a morte, acontece uma vez e nunca mais acontece. O
som do piano é como a clara ideia de som, que passa pela nossa mente, mas
afinal o que é o piano? É mais um instrumento musical, ou simplesmente a linha
que orienta a minha vontade? Deixei-me de intrigas, mas liguei-me ao som. Será
só o som do piano que faz tocar uma nova melodia. Tenho medo da verdade do som,
mas a vontade de o amar é maior. Agora fico deitado sobre as teclas que suavemente
tocas, com carinho como se as pudesses magoar. Porque assim o fazes? O som
verdadeiro do piano traduz em mim, a vontade de procurar a origem desse som.
Ele passa entre os orifícios dos meus ouvidos e penetra com amor dentro da
minha mente, que sem segurança daquilo mente por não fugir a realidade. Que
será aquele som? Será o som da verdade? Depois de ler as minhas musicas
descubro que que são letras com erros e sem amor, porque não têm o seu som
predilecto. A melodia do piano é como a melodia do correr da água numa manhã de
primavera, que pelas bordas do rio ela corre. O seu som acalma a vontade das
pequenas pedras fugirem. Deixa para trás isso, diz a minha mente que não sabe
questionar aquele som. Disfarcei-me de pianista e compus a mais bela melodia de
amor, mas nem o som nem a pessoa em si, a adorou, que farei eu, este que toca
com amor a música? Em questão de segundos deixei este lugar e mergulhei no som
do piano, que sozinho tocava na sala da musica daquele palácio de outrora, que
não passava de uma velha sala de uma velha casa. Nos seus arredores eu busco a
harmonia das palavras para conquistar aquelas pautas e aqueles sons, porque
afinal não sou eu que toca, é alguém que o meu olhar desconhece, mas que o meu olhar
brilha ao som harmonioso daquele piano, mas e porque escrevo um texto com o título
de uma coisa que nem as palavras atingem? A frustração da minha alma é grande e
com ela vai a vontade de ser mais que uma alma, ser o som da alma do piano, a
minha alma é como uma jaula que guarda algo perigoso e eu sem dúvida das minhas
palavras, eu sou um perigo, porque escrevo com a forma dos sentimentos e não os
sinto, não copio, mas crio a minha música no piano e esta é a minha música.
Nunca chorei com lagrimas, mas chorei com palavras, por isso é que questiono o
som do vento, mas não a sua vontade, porque se eu questionei o som do vento e
não a sua vontade, também questiono o som das lágrimas e não a sua vontade de
fazer um som harmonioso, assim acontece o mesmo com o som do piano, não o quero
questionar, mas questiono quem o toca e quem o produz, porque produzem pautas
sem amor, e essas folhas, porque não passam de folhas, não são dignas de tocar
no piano. Assim fala o som do piano produzido pelas minhas letras, que outrora
foram sentidas por alguém que as quis sentir...
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