Enquanto a virtude da alma é grande, por um
erro a virtude do íntimo é um fracasso. Olho várias vezes em redor, e só vejo árvores
com uma copa que nem o céu as consegue assistir. Olho para o chão e vejo um
pequeno rio que nem sequer os meus formosos olhos conseguem cobrir na sua
totalidade, mas porque tudo isto? Tentei várias vezes falar e formar ações, mas
em algumas vezes esses acontecimentos, não passaram de meras passagens de um íntimo
que nem a saudade sentiu falta dele. Agora busco a verdade de um bem que a
alma, viciosa, perdeu, contudo só encontro o seu rasto fraco e apagado. Escrevo
nos meus seios, que os olhos largam depois de uma tempestade de lágrimas, a
virtude que eu gostaria de ter, todavia sinto que ninguém quer atender essa
virtude que pela força desses seios é realçada pela tempestade de negrura que
as lagrimas deixaram. É um simplesmente um erro que a alma deixou cair, são
simples palavras que a alma largou num ato de fraqueza, que posso fazer agora?
Vou mergulhar nas memórias que a linha da virtude deixou como forma de rasto,
irei escavar na fina areia a forma como irei emendar o erro da alma. Nunca
deveria demonstrar aquilo para que vivo ou para que tento viver, no entanto, senti-me
fraco e disse a todas as pequenas memorias que se espalhassem no meu corpo e me
causassem uma tristeza que nem o mais belo e puro sorriso que o sentimento pode
transmitir, me tirará deste mar de desilusões. Depois de tanto escavar descobri
que sou mais uma farsa que neste mundo que todos pensam que é redondo vive,
porque de verdade não passo de uma mera farsa que o íntimo largou e que a alma
errou. Por fim as linhas rasgaram-se e as memorias que por elas caminhavam
ficaram sem sentido e sem rumo e por causa da tristeza que elas transportavam,
deixaram pequenas e amadas partículas para que elas se pudessem espalhar por
esta longa e vasta autoestrada que é o meu corpo. Por fim vou tentar reparar o
erro que a alma criou e formar novas memórias que nem a tristeza vai conseguir
rebentar... Assim fala o íntimo que numa noite de tristeza abriu os olhos e
veio escrever...
segunda-feira, 30 de abril de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Margem do Rio...
Tentarei levantar voo para conquistar
novos territórios e para que eles me ajudem a ser outra pessoa que não eu,
porque a minha virtude vive nas profundezas de um porão que não passa de ser
uma pessoa que vive na ilusão de ser quem não é...Existiu um rio que me separou
da verdadeira realidade, enquanto uns puderam perfurar esse rio, outros querem
sair da margem do rio e entrar no rio, e eu sou uma dessas pequenas gostas de
água que quer entrar no rio! Mas há pedras no rio que me empurram para fora
porque têm a perdição que eu ainda sou uma pequenina gota. Ao longo deste
percurso eu senti-me uma pessoa perdida, mas existe alguém que mergulhou várias
vezes no rio, mas que pela sua fraca força ficou a nora, assim como a sua bela
imagem. A minha memória, das tuas faces, é pouco, mas existem rodagens deste
pequeno filme que eu me recordo bem, o sorriso, os olhos a vontade de ser quem
sempre foste e a vontade de lutar. Fiquei contente por ver que sempre senti que
foste feliz e sempre deste parte de ti, direta ou indiretamente, mas olha, tu
que brotaras ai desse lugar espero que tenhas sentido o que eu sempre senti
vindo de ti, é uma palavra que me dá carinho e segurança, espero que tenha
valido a pena seres tu este fio condutor, deste rio e deste filme. É um filme
pequeno, pelo seu tamanho, mas pelo seu carisma, é um filme grande, sempre
tentei dar a entender que tu por vezes eras a personagem principal, embora eu
tenha ficado muitas vezes a margem deste rio de grandes pedras que agora brotam
lágrimas, sempre tentei dar-te carinho a minha maneira, mas sempre ouve pedras
que me impediram isso... E agora que mais posso dizer, estas são as palavras que
transmitem as verdadeiras lágrimas que possam brotar de algumas pedras, estas
são as verdadeiras palavras que estas pedras puderam sentir, mas não adianta
deitar lágrimas salgadas porque já bastou salgar este rio que era doce, sim
porque eu considero-te doce, como se fosse um pequeno cristal de açúcar, porque
para mim, sempre foste um rio, mas para outras que aqui brotam lágrimas
salgadas, sempre fizeram de ti um oceano, agora presta atenção, por mais que o
calor seja imenso eu sempre farei para guardar um pouco de ti, dentro de uma arca
congeladora dentro de mim, ficarás congelado, para não te derreteres dentro de
mim, mas agora fecha o de melhor que tu tens e vai velejar para um outro lugar,
onde estará alguém quase tão doce como tu, a espera que tu chegas, porque para
mim não há melhor rio que tu (...) e que essa palavras que me deste com carinho
e segurança, que é o amor, porque sempre me deste amor, muito mais que algumas
destas pedras que aqui existem... Assim fala esta alma que se sente há margem
da verdadeira raiz...
domingo, 22 de abril de 2012
Um dia disseram-me...

sexta-feira, 6 de abril de 2012
Hábito...

quinta-feira, 5 de abril de 2012
Não sentir, mas fazer sentir...

terça-feira, 3 de abril de 2012
Quem sou eu, esse que vive de algumas palavras que nem a verdade as ama?s
Conduzo o carro que a virtude criou. Percorro estradas que o coração nunca sentiu, mas afinal o que quero eu. Escuto uma música que o coração a elegeu como verdadeira, não pela música, mas sim pela mensagem. Estou dentro, mas sinto que estou fora. Na minha vida não há lugar para mim, por isso é que me sinto vazio, o amor é uma palavra traiçoeira que a vida escreveu em mim, a saudade é a palavra predileta que a mãe escreveu numa longa noite em que os olhos da minha alma, não se fecharam. A minha alma é como uma montanha, quanto mais sobe, maior será a queda por ela dada. E o coração? Acredito que muitas vezes ele nem sequer existe dentro de mim, porque outrora alguém o roubou e não mo devolveu. Agora o íntimo grita pela morte da sua vocação de chamar palavras que o coração odeia. Eu sou odiado e mal tratado pelo próprio condutor de emoções. As lagrimas são a chuva que a alma criou após a sua morte insignificante, mas a minha vida é como um livro, tão depressa está aberta como fechada, mas porquê? A verdade nunca se inventa, mas cria-se, ao contrário da mentira que é inventada e não criada. Se olho para trás vejo coisas que a chuva da minha alma fez e criou, mas se olho para a frente vejo que serei como um papel que quando não for preciso sou amarrotado e deitado ao lixo. Crio as palavras como forma de olhar para o longe sem saber e sem ter medo de o aceitar, será mesmo isso que quero? Ou será uma tentativa de fuga para aquilo que estou destinado a ser? Não foi eu que elaborei a minha vida, mas sim a minha vida é que me elaborou. Será que foi intencional? Ou tensional? Nunca saberei a resposta porque outra alma que não a minha, nunca teve a oportunidade de me deliciar com essa resposta. Para quê tantas palavras e formas, que elas possam criar, afinal quem escreve será o mesmo daquele que não escreve, mas vales esquecer que sou e tornar-me outra pessoa, trair corações que me traíram e apagar coisas inventadas de forma a deliberar aquilo que descrevi. Agora o carro e eu? Fico aqui ou desando daqui como se fosse uma pequena semente que aqui voa? É certo que eu nem sei quem sou, é verdade que as mentiras são o veneno que a madrugada criou, mas o melhor será inventar uma nova história e apagar a outra, que nem a alma e o íntimo a amam... E para terminar, quem sou eu, esse que vive de algumas palavras que nem a verdade as ama? Assim morre a eterna saudade da alma, num desalento descontente...
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