quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Livro...


Sou como a fronte de um livro! Só tenho a cor, a vida já se extinguiu e o coração? Foi parar a uma página onde o amor é reservado para ele! Apenas me sinto no intervalo criado entre os capítulos penetrados. Este intervalo tem força própria e é ele que sempre que me sinto só faz virar as páginas pequenas e brilhantes. Existem capítulos que por eles só, não teriam vida. Pode haver muitas palavras, parágrafos ou até mesmo capítulos, mas senão soubermos virar a páginas, é como um cubo de gelo que desaparece depressa, assim é este livro, senão o virar a página depressa ele acaba por desaparecer. Ele está num canto dum quarto gigante, mas a sua força é rudimentar. Ele possuiu um relógio, que com a sua força, faz virar o livro. Mas que tipo de livro é este que esconde a sua fronte? Sempre que pego nele ele esconde-se e sempre que o pouso ele permanece no mesmo lugar. Posso cantar e falar para ele, que ele toma a atitude de me ignorar. Sei que algumas vezes eu ajo como se ele não existisse, mas é de natureza minha... São várias as perguntas que permanecem nestes parágrafos e capítulos, como também é pequeno o seu lugar para guardar estas informações todas. Tento tocar nele e abrir o último capítulo que ele transporta, mas é impossível. No acto de abrir o meu coração salta, como se quisesse fugir dali, mas permaneço no meu lugar a torcer para que ele se abra. Então escrevo com uma célebre pena, que com o seu pequeno bico, acaricia o livro. Será de todo em vão? Procuro um sorriso no livro, ele consta um capítulo antes de acabar este teimoso livro. Não é um sorriso normal, é a verdadeira felicidade que o meu coração abriga, mas porque será que o livro não se quer abrir? Tento mais uma vez voltar a sua fronte para cima, e consigo. Olho fixamente para essa fronte e vejo uma inscrição, eu sou o livro que é teu e tu és o meu conteúdo. Após a leitura desta inscrição fico a pensar e vejo a foto da minha alma, na fronte deste livro. Não consigo chegar a nenhuma conclusão, porque o incremento deste livro em mim, é como se a morte fosse um monte de folhas dentro do meu coração, então o que posso fazer, ficar a olhar o livro, ou simplesmente procurar a força onde ela exista? Só tenho uma resposta, se eu sou o conteúdo do livro, é porque eu sou o livro. Sim sou aquele livro que orgulhoso permanece dentro de mim...

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