sábado, 24 de março de 2012

Deixa-me contar-te um história...


Deixa-me contar-te uma história...
Quando pensares em chorar, olha a tua volta e vê quem te rodeia, só aí podes chorar. Nunca olhes para trás, mas sempre para a frente. Cada passo que dás é como uma pequena volta ao mundo que dás numa noite de luar. Cada lágrima salgada que deixas cair do teu rosto é como uma pequena gota do teu oceano de lágrimas. Nunca podes dizer, eu não consigo, porque isso é para fracos e fracos aqui só os sentimentos. Para mim o sentimento de amor é muito menos que amor, é fogo que o coração liberta em plena luz da noite é a alegria que ele desperta em glória de se mostrar. Queres mais? A verdade é um simples ato bem formulado que pela sua força torna-se atrevido em conquistar os olhos das pessoas mentirosas, que acabam por se tornar também num ato bem formulado. A saudade é o sentimento mais frequente na nossa vasta estrada de memórias, se tenho saudade? Sim tenho, mas a força da idade fez-me transforma-la em pura memória de criança. Como rio? Rir não é um ato de felicidade, mas sim de vida, quem ri tem o mundo a seus pés, mas quem não ri, tem os mares nas suas mãos. Se é impossível, nada disso. O mar da história pode-se segurar com as mãos velhas e enrugadas, enquanto o mar da vida, nem por isso. O mar da vida é uma livre metáfora que o coração cria como forma de divertimento, enquanto o mar da história é um simples verso que em conjunto com outros, tenta rimar a força inteira. Porque escrevo? Porque assim virtude me permitiu. Passo horas, dias e anos  fechado num mundo em que a virtude funciona como um negócio mal pago e que o íntimo funciona como um modo de corrupção a minha alma. Se ela estava morta? Sim... A minha alma morre quando a virtude é comprada pela força da saudade, mas como a minha alma está guardada numa caixa de histórias, podeis leva-la que ela regressa sempre. Se sou feliz? Eu nunca sou feliz, porque são estas as palavras que ninguém lê que me fazem feliz. São os versos de prosa e não de poesia que me fazem ser feliz. A poesia para mim é um veneno que engrandece a minha alma desafortunada pela fome de ler poesia. Se faço os textos felizes? Não... Eles fazem-se felizes, mas como eu sou o intermediário para essa concretização, então eu sou a fonte de eletricidade que os fazem felizes... Se quero continuar? Não... Quero parar de escrever este e mais textos que tais. A virtude é comprada e as pessoas não os conseguem ler. Por isso é que eu queria contar-te esta história... A história dos corações atribulados pela ganancia em sobreviver e não fazer sobreviver a virtude que caminhas nas nossas autoestradas interiores... Assim fala o íntimo...

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