Como posso amar,
Se o próprio mar,
Não acredita nesse fútil
Olhar que o mar,
Larga na noite de
luar.
Cresço no intendo da
alma,
Que a vontade não me
acalma.
Não vivo, nem sou
vivido.
Não procuro nem sou
procurado, a minha alma já está morta, mas tenta renascer das cinzas que o
coração deixou, no breu do acordar de uma força na qual não consigo acreditar.
Bate a minha porta a força de amar, mas eu não a quero, por isso ponho em evidência
a alma que o íntimo constrói com a saudade de amar! As palavras que a alma
deixou, com o espelho vivo do seu interior, mas as palavras que o íntimo
escreve são o reflexo do sonho que é teu, mas que abarca o meu. Já não existem
palavras verdadeiras, em que o choro possa acreditar, mas palavras falsas em
que o choro está farto de receber. Não se trata de atos nem de meramente
palavras mortas, mas de sentimentos mortos que nem a própria vil alma acredita.
Neste longo caminhar em que alma tenta renascer, não há olhar que me penetre e
me faça amar algo que nem a própria alma acredita. Nunca irei esquecer aquelas
horas em que os pés por força da virtude andaram e em que a verdade quase morre
devido a mentira de ver a verdade.
Sou um caminho sem
vida,
Sou a alma morta.
Sou mais que a vida,
Sou a sorte que é
tua.
Neste mar de verdades,
Nasce a vontade de
ser alguém.
Sem amor nem
verdade,
Morre por vontade de
amar alguém.
Não consigo amar,
porque a alma não acredita nesse sentimento e por isso começo a morrer de
saudade e de medo. Sei que consigo ser a sorte que é tua, mas nem sempre a
virtude me dá asas a esse poder, por isso acaba por me matar e ficar só com o
intimo que na eterna saudade recordará a alma, que no dia do nascimento do dia,
se fez crescer contra a força de um bem amando, que é alma. Se o íntimo ama a
alma eu amo quem? Tais palavras originam perguntas que nem o próprio íntimo
consegue responder e por tristeza o íntimo deixa-me, como a alma me deixou. Se
o íntimo soubesse a pura da verdade, nada mais existia sem o ato da verdade que
pelas palavras obscura tenta descobrir mais que a própria verdade sabe…Assim
termina o íntimo...
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