segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Falésia...

Vou a falésia procurar-te, mas tu não estás. Vejo o seu fundo como se te estivesse a visualizar, mas sem sucesso. Caem-me as lágrimas pelo rosto, como se fosse uma cascata. Sempre pensei que o meu choro fosse a minha salvação, mas sem qualquer resultado. Ao meu pescoço tenho uma fotografia, com esse sorriso que jamais esquecerei, mas será que te recordas. Sempre que passavas por mim era como a origem de outro mundo, mas tu cais-te na falésia. Aquela curva da infelicidade, pareceu no teu caminho, como se fosse mais uma maneira de tu fugires de mim. Vou em buscas das minhas coisas a fotografia em que o teu coração está em destaque. Cada palavra escrita no determinado sítio e lugar é como se fosse a inscrição para o nosso futuro. Porque ages assim. Sei que não tenho o que queres... Não quero parar para pensar... Neste momento estou debruçado na falésia, é tão alto, como alto eu sonhei. Sonhei a felicidade, mas saiu um pacote diferente. Tu alma descreves os meus sentimentos, mas traíste-me. Sempre pensei que fosse minha e eu teu, mas deveres era verdade. No canto do olho consigo sentir o teu suspiro e a tua voz bate no meu coração. Cada lágrima derramada é como uma pedra de gelo que eu tiro de mim. Sei que és mais forte que tudo, sei que és a verdade, mas sinto-me a pétala de uma flor seca. Atiro da falésia todas as memórias vistas em edifícios perdidos num determinado lugar. O teu retrato feito por mim, guardado naquela parede, grande, eu rasguei-o e atirei-o. Gostavas que fosse minha, mas tu não quiseste. Nem tudo que falo é verdade. Sinto-me triste nesta falésia, e perdido neste mar. Todas as formas de viver foram apagadas e não sinto senão a tristeza no meu coração. Sei que sabes que falo de ti, alma és a minha força que transporta os meus raros e poucos sentimentos. Na falésia estou depois da cerca, estou prestes a atirar-me para ir ter contigo, e então dou um passo, e começo a cair. Há minha cabeça só vem o teu olhar, a tua vivacidade e o teu sorriso, continuamente caio e vejo-te nas minhas memórias, que perdidas ficam. Sei que a resposta fora não, mas porque te foste embora. Quero-te para mim, quero-te para te guardar nos meus sentimentos, quero-te para te poder fazer sorrir e fazer-me sorrir a mim também. Não fiques para trás, o chão está próximo, e as nossas almas também. Gostava de poder ser tu, e tu? Alma volta para mim. A minha viagem termina onde o entendimento terminar e onde o carisma começar. A tua voz e o teu sorriso surgem num último segundo, é então que caio completamente no chão, e as memórias apagam-se e com elas vais tu também. Alma tem a consciência que a falésia é o nosso tesouro, mas tu és o diamante... Adeus alma...Adeus...

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