sábado, 12 de novembro de 2011

Atear fogo!...

Consigo ver o teu olhar através destas chamas. Tentei atear o fogo no teu coração, mas foi impossível, pois a chuva com a sua força apagou-o. Abri o meu coração a ti, mas sem sucesso, já não foi a primeira nem a segunda vez e certamente não será a última, por isso o meu fogo começa a extinguir-se. Quero alguém para atear de novo o fogo no seu coração. Este fogo não cresce, pelo contrário diminui! Quem diminui também sou eu. Tristemente consigo criar imagens nessas chamas que a minha frente bradam o meu olhar. São as chamas verdadeiras de quem, tristemente cria filmes na sua cabeça. Este fogo ateado a chuva foi um desperdício de vontade e de alegria. Pensei que pudesse existir uma hipótese, mas vi que não. É então que o fogo diminuiu drasticamente, como diminuiu a água do mar na época de seca. Eu sou assim, mas tu como serás? De repente o teu rosto vai-se embora e o fogo fica só. Agora nele permanecem duas cores, laranja e vermelho e o azul para onde foi? O azul voltou para a caixa que dentro de mim se encontra, onde de lá nunca mais sairá. Ficou fechado a quarenta chaves, onde nenhuma é igual, como não é igual os olhares que se irão suceder ao longo desta longa-metragem. Os filmes é para quem não tem sentimentos, mas as longas metragem é para quem tem sentimentos. Eu faço parte de um filme, onde a acção está estagnada e a verdade omitida. Cada palavra que disse foi sentida, mas cada palavra recebida foi amada. As vezes a mensagem urge como uma espécie de abelha, onde cada picada fere mais o nosso coração. Voltei pela última vez a atear fogo, mas deveres sucedido. Sou como o sino que toca no alto do monte, que quando está alegre até vibra os nossos corações. Sinto falta de algo e esse algo é algo, que as vezes o algo não permanece e nem seja a sentir que é algo. O algo é a descoberta de quem verdadeiramente sabe, e o algo é alguém que nem sente aquilo que deveria de sentir mesmo. Sou um lume quase extinto que pronuncia o teu nome que o algo que é alguém sabe! Mas é verdade esse algo é alguém mas esse alguém não é algo. Mais uma vez o fogo tentou acender e não conseguiu por causa da chuva, mas prontamente ele irá apagar-se como se apaga a chama da verdade. Sentir é uma verdade e viver é uma incerteza, como atear o fogo é uma verdade mas faze-lo viver é uma incerteza...

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