As linhas na vida
não passam de formas mal feitas,
Que na madrugada da
saudade se construíram,
Para criar o
desalento no meu olhar,
Esse olhar que nem
o amor acolhe como forma de amar.
Desisto de tudo que
possa existir no meu coração. As máquinas que trabalham no meu corpo estou a
corroer-se de ferrugem, porque a virtude é fraca como o meu coração. Os
caminhos são meros destinos que só eu quero seguir, mas não velo ninguém,
porque simplesmente só quero fechar os olhos e não abri-los porque a morte da
minha alma está próxima. Já não adianta escrever prosas para que alguém as
leia, e para que alguém as possa dedicar a outros, porque são prosas sem
sentido e amor. Sinto que são mais um romance em pleno veneno dentro do coração
de uma pessoa que cruza os olhares comigo, mas que tenta fugir aquilo que
realmente sente. Não existe um olhar tão sincero, como o olhar daquele espelho
que reflete a sua fronte, como se de um busto se trata-se. Existe um jardim, no
qual eu cruzei em forma de triângulo e existe uma verdadeira fonte de amor, no
qual eu bebi e no qual o outro bebeu. Por fim existe um som do qual nós
gostamos tanto, basta tocar uma corda para as minhas mães estremecerem, porque
quis amar, mas ninguém me amou. Esta melancolia que atravessa o meu coração não
passa de uma forma de eu tentar viver a saudade de um bem perdido, que alguém
não entendeu, porque isto é só mais um texto sem título. Sem título está a
minha vida, que sem amor consegue destrói-se de forma a não permitir que o meu
coração se volte a apaixonar, porque esta palavra é cruel assim como a forma de
amar. E porque será assim, porque não me conforto com a minha vida que é um
espelho de mágoas que a primavera lançou? Simplesmente porque não nasci para
ser vivido, mas para viver aqueles que eu quero que vivam, para amar aqueles
que me deixam ama-los, e porque eu sem ninguém sou como aquele sino da igreja
que toca suavemente para as pessoas não sentirem nem verem a dor que este que
escreve sente…
Agora termino, com
o coração a morrer,
Porque não há nada
aqui, que me faça tremer,
Porque senão sou
feliz, vai vale entrar no mar
E voar com o ar.
Assim fala o intimo
que na tristeza,
Morre porque tem
medo do que poderá vir
Sem nunca poder
sentir,
Aquilo que é o
amor...
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