De volta ao seu banco está o pobre velho, que outrora recorda a sua infância. A sua infância nunca fora a mesma, recorda-se o pobre velho, cada dia que passava era um inferno. Sempre que entrava naquela pequena escola, numa pequena aldeia, os seus pulmões suspiravam de tanto medo. O medo era de tal maneira grande que o seu suor era por dentro do seu formoso corpo, que suavemente crescia dia-a-dia. Por vezes o medo era disfarçado com uma cantarola que ele tivera ouvido num grande café mesmo ao lado da sua humilde casa. Sempre que ele ia naquele caminho de terra, os seus pés eram como pedras grandes e pesada, era por isso que ele os intitulava de pedregosos e pedregosos. Cada passo que ele dava, visualiza o pobre velho na sua memória acinzentada, era como menos uma hora de vida que ele tinha. Sabia que nem sempre tudo era a favor dele, no recreio daquela pequena escola existia um lugar inóspito, onde ninguém, mesmo ninguém tinha ido lá. Era esse o canto dele. Vem o vento e o pobre velho volta há realidade. Os tremores nas mãos e no seu debilitado corpo, fazem com que ele retome a casa pelo caminho mais longe. Enquanto caminhava, o pobre velho recorda-se de uma passagem que lhe fomentou um grande suspiro. Estava a tocar para fora, quando de repente dois amigos dele, pensava ele, se aproximaram e sem mais demoras ficaram com o seu pequeno e gostoso lanche, que tinha sido preparado pela sua querida avozinha no fim-de-semana anterior. O suspiro foi de tal maneira grande, que gera nele uma lágrima do tamanho de um cubo de gelo. Como a tristeza era grande ele retoma ao seu esconderijo para lá regar aquela terra com as suas salgadas lágrimas. Aqueles amigos, achava ele, já não era a primeira que se metiam com ele, ainda a uma semana atrás devido a chuva intensa, obrigaram-no a dar-lhes os seus sapatos, porque os deles estavam secos. E ali ficou no seu esconderijo à chuva e com os pés descalços. De repente para o pobre velho com a cara cheia de lágrimas, já esta a entrada daquela que em tempos fora uma humilde casa e que agora é a sua mansão. Tudo na vida do pobre velho mudou, desde a idade até ao pensamento. Agora suavemente, recorda o pobre velho, cada suspiro que pode ter dado em toda a sua vida. Pode ter sido, cada um deles, um respirar forte ou suave, mas todos eles com sentimento. Está sentado na sua sala em que em seu redor permanecem fotografia de uma pessoa que agora é um pobre velho, rodeado de recordações, mas que outrora foi um maravilhoso menino... Assim acaba a história do pobre velho... E suspirou...
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