domingo, 11 de setembro de 2011

Vagabundo...

Vagabundo percorre o mar. Vagabundo cheiro a natureza. Vagabundo procura algo que não existe e que me deixa desnorteado. Correrei pelos campos e pelas montanhas rochosas, porque é isso que um vagabundo faz. Vivo no dia e o dia vive em mim, somos o reflexo um do outro, é como se me olhasse ao espelho, onde está o vagabundo e o dia. Quis renascer depois de ter nascido, quis mudar, mas não consegui. Vivo vagueando pelas ruas e estradas do meu íntimo. Esta vida de vagabundo começa a corromper-me os meus sentimentos. Deitai sal, mas não resultou. Então decidi viver a vida como vagabundo. Vejo as luzes da cidade que remitentes vão iluminado o meu caminho como se estivessem a desenhar-me uma pequena estrada. Vagueio os caixotes do lixo a procura de algo que não existe, mas não desisto. Porque será a cidade um sitio de tristes pessoas não pessoas tristes? Porque o seu sentimento de tristeza reside onde não existe, e por isso se tornam vagabundos. Esse sentimento habita dentro do vagabundo. O seu coração é como se estivesse num mar de tristeza. O vagabundo tem, mas a tristeza procura. O vagabundo tenta ser feliz, a tristeza tenta conquistar o nosso coração. Quero viver, mas não ser vivido. Desesperadamente e estupidamente, continuo a acreditar em algo que não existe, esta mentalidade de vagabundo é uma traição. Sinto-me traído pela minha própria imaginação. Sou como uma pessoa que vagueia o jornal desfolhando coda folha suavemente a espera que surja do nada, uma boa notícia. Quero sair deste lugar e encontrar um caminho livre, quero fazer virar tudo o que está minha volta. Este vagabundo destrói-me o que sinto dentro de mim. Ele procura algo que com força e apesar da sua inexistência. Começo a romper-me de tanta tristeza e tanto medo. Decidi mudar, quero deixar este velho e triste vagabundo e procurar um outro que me faça voltar a nascer das cinzas. Irei voar com o vento e sentir esta liberdade, porque este velho vagabundo destruiu-me a felicidade, mas o vento, irá dar-me o amor. Por isso este novo vagabundo percorre o amar e cheira a natura, mas vive feliz, não procura algo inexistente, mas sim algo existente, o amor…

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