segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Peça...


Escavei buracos no meu ser e no meu infinito íntimo, perdido na fonte do meu entendimento. De lá só encontrei algo que eu tinha perdido já a muitos anos e ao reavê-lo fiquei triste. Retirei desse meu buraco uma peça que me magoava. Não era uma peça qualquer. Podia ser um drama ou então uma simples comédia, mas não, isto era uma peça triste que pelo seu carisma potente, não deixava que outro tipo de sentimento ali penetrasse. Sem mais demoras, parei. Quis acabar com aquela triste que afogava os actores, mas não consegui! Deparei-me que o meu carisma era muito mais fraco que o da tristeza e então não a consegui vencer! Não desiste. Quis formar um aparte, para conseguir apagar aquela tristeza mas a forma como que eu a queria parar, era tão fraca que os argumentos que eu poderia usar não lhe afectavam, mas sim davam-lhe força. Surgiu então o momento em que eu desisti. Quase que me fartei daquele cruel sentimento e daquele peça! Tentei através da minha força determinativa coloca-la no seu lugar, mas não consegui, era como se o meu coração se tivesse afogado em tamanha peça! Mas não... Esta era a peça que eu tinha que vencer e por mais que possam surgir forças determinativas dessa peça eu acabarei com ele! Em contraposto usei a alegria, e com alguma força sentimental e com muitos apartes acabei por derrotar aquilo que atormentava cada actor naquele lugar! Por fim, voltei a por esse peça no seu devido lugar e o que era dantes uma palco com actores, era agora um lugar sinistro, onde já não existia a tristeza, mas sim a alegria. Não se pode vencer a tristeza, mas pode-se colocar uma barreira protectora, e assim abrandar por um pouco tudo aquele sentimento. O que era triste, agora é alegre e depois? Terei que escavar mais buracos para assim por término, ou então por uma barreira a este tipo de sentimentos, porque uma vez terminados ou guardados em forros no nosso entendimento, já mais essas peças voltaram, porque o que interessa é acabar com elas e depois ser feliz...

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