Eu
vivi da virtude da falta de amor, eu vivi da virtude da falta de carinho, mas
morri da ternura que o meu “eu” me deu naquela noite de lua cheia, em que o seu
interior era mais azul que o brilhar de alguns dos olhos mais harmoniosos deste
e de outro lugar. Já não existem títulos, nem palavras que eu, este escravo das
palavras, possa dar, aos seus amados textos. Naquela lua cheia encontram-se
desejos numa concretizados, e palavras nunca ditas de forma a não amar mais do
que o amor. A lua pergunta se a virtude é o significado do meu olhar, mas o meu
olhar responde a virtude que a minha falta de amor, não se deve do olhar, mas
sim da verdadeira paixão que nunca se inclinou para o meu coração como a própria
lua. Se eu fosse amar a lua, diria que ela é a mais e maior, dedicatória de
amor. O seu brilho chega ao meu coração, assim como a minha alma, chega ao
coração do pequeno ser, que com os seus olhos lê semelhante carta de amor.
Deitado debaixo da árvore, eu escrevo, sobre as teclas da minha máquina o que
eu sinto pela lua, sem mais dicotomias, e sem mais desculpa, eu dedico-lhe a
maior carta de amor, que o meu amor pode dar. Não amo ninguém somente a lua,
que na noite de amor se ergueu para dar vida ao meu amor. E quem será este meu
amor? É só mais uma palavra que a minha boca deixa fugir? Refugiei-me na
vontade da árvore de me unir ao amor que a lua sentia por mim, mas nem assim,
as dicotomias da verdade me deixaram em paz. Agora escuto o sussurrar da lua no
meu coração, porque para ouvir o sussurrar da lua nos ouvidos, é para terminar
com o sentimento de amor que sinto pela bela melodia da noite. Já não existem
preceitos que me impeçam de amar a lua como ela me pode amar, porque afinal o
amor nunca escolhe quem, se é um pequeno ser, no caso deste escravo, ou num
grande ser no caso da lua. E agora termino a minha carta de amor a lua? Ou
simplesmente vivo esta carta? Serão estas as palavras que eu guardarei na minha
boca para dar vida a lua que na saudade de amar, outrora perdeu alguém, mas
agora, com a vida de amar alguém ganhou o brilho para fazer-me brilhar a mim,
nesta noite que a vida me encheu de verdadeiro sentimento…
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