Viro para um lado e viro para outro. Assim começam as dicotomias
do amor. A instituição do amor na minha alma foi feita através da verdadeira
palavra, e não daquela, aquém chamam de falsa. As dicotomias são disclusões que
o meu amor tem para com a minha alma, funcionando como uma espécie rara de um
exame. Bastou olhar uma vez para verdadeiramente sentir esta palavra que em
corações como o meu é severamente comprada. Existe uma linha que divide este
amor, em amor verdadeiro, sentido pelo coração e um amor falso, sentido pelo olhar.
A minha alma depois da afogante derrota, adquiriu o amor falso, em que esse só
é sentido pela vontade de olhar e de ouvir. Sentir para mim causa distúrbios no
meu intimo e confunde as minhas auto-estradas do sentimento, por isso ele quer
voar para que esse sentimento raro não aflua no meu coração, mas sim no meu
olhar. As três pirâmides naquela avenida, em que o som do vento entrelaça
nelas, e também é lá onde paira o meu amor sobem a alçada daquelas torres. Após
o incremento da virtude nessas torres o meu amor fugiu, pelas entranhas daquele
chão, onde passam fome os pés que a virtude deixou lá... Deixou reticências
para que nada ali formasse uma linha onde se possam pousar outros amores,
porque o verdadeiro amor da virtude é o meu amor, mas o meu amor é como uma
flor, se o sol nasce tardiamente o meu amor fluiu tardiamente, mas se ele nasce
cedo, o meu amor também nasce cedo, mas existe um inconveniente, é que o meu
amor é como a chuva, caí sempre e seca sempre. Agora e no fim de as dicotomias
acabarem surge outro novo problema que é a falta de paixão entre eles... Aquela
linha onde se sentia o amor pelo coração acabou e a outra passa a ter um lugar
de prestígio como se fosse uma medalha de ouro que a alma tem. A virtude
adquire o estatuto de verdadeiro sentimento e parte para outro amor, e o meu íntimo
deixa de interferir comigo, e segue o seu rumo em direcção ao mar, e eu? Este
que escreve? Fica a nora num barco podre que vai para o cais da solidão, onde
com o auxílio da musa da alma continuará a escrever prosa, como nunca
semelhantes dedos escreveram... Assim fala a musa da alma após o término da dor
de tentar sentir o que somente com o olhar se vê...
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