quinta-feira, 5 de abril de 2012

Não sentir, mas fazer sentir...


Quero dizer a verdade, mas a saudade não me deixa. Quero escreve-la, mas a vontade não me ajuda. Contudo se fizer a mentira crescer serei mais que uma pessoa, serei a voz que a alma deita para fora como forma de chamar a atenção após o desgaste da verdade. Olho sério para a montra que se avista, mas com medo escondo a minha cara de forma a ninguém a ver. Se ouço o tic tac, não consigo ver a saudade a despertar dentro dos meus olhos, mas se choro, serei mais uma lagrima a cair de uma rabina abaixo, numa atitude derrotista. Agora toco o som que a melodia deixou de tocar com medo de a voz não corresponder aquele que será mais que um som, será a vontade de cantar. Não consigo nem oportunidade surgiu de cantar a saudade e de recitar a vontade que a verdade tem. Agora tais palavras misturam-se com sons que nem o meu ouvido consegue decifrar. Ouço o telefone a tocar, mas não tenho vontade de atender e dizer algumas e fortes palavras. Sinto que cada vez mais a saudade transforma-se num ato em que eu não passo de um tapa buracos, onde cada um vê o seu lado, mas nunca deixa de ver o lado dos outros. Achas mentira, voz? Então estás errada! Sempre erraste em falar e em dizer algo que não palavras, sempre omitiram aquilo que o teu coração nunca sentiu. E agora? Vais correr e dizer ao coração que eu minto? Posso mentir, mas tenho a consciência que essa foi mais uma das mentiras que tu largas-te mas sem sentir porque sempre que tu dizes algo, ou omites, ou inventas. Sabes uma coisa? Desiste, assim como eu desisti de lutar por algo que ninguém acredita. Desiste de seres perfeito porque não passas de um ser imperfeito, que nem o tempo verbal assim te ajuda. Sei que sentes o som do mar a tocar-te na cara como forma de vitória, mas estas muito errada, porque não se sente, mas sim faz-se sentir. Tu nunca podes sentir, mas sim fazer sentir, porque se tu és eu e eu sou tu, eu não sinto, mas tento fazer sentir, porque sou como o sol, faz sentir calor, mas não sente... E depois de isto tudo que pretendes fazer, tu que escreves num ato de seres mais que um mero figurante e passares a ser uma estrela principal numa novela em que se intitula por " Não sinto, mas fazer sentir!"... Agora termino porque a dor é forte e não tendo a chamar mais a atenção... Por isso adeus e morro na certeza de alguém alguma vez me tenha ouvido... Assim fala alguém coberto de uma camada de tristeza...

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa os teus comentários, para eu os ler e responder...