sexta-feira, 6 de abril de 2012

Hábito...


Que adianta escrever sobre a forma de palavras, se nem o entendimento ou o íntimo das pessoas as consegue reproduzir. E como posso fazer sentir, se nem dão oportunidade as minhas palavras? Agora escrevo as linhas e não as palavras, por essas estão reservadas a corações fortes e grandes que conseguem guardar as palavras que são minhas... O hábito costuma-nos corroer a alma, porque habituamos o nosso íntimo a fazer sempre a mesma coisa e para quê? Se a virtude fosse contra o hábito, a vitória seria a maior. Por vezes sentimos que caminhos em caminhos separados, mas no final juntamo-nos para uma gloriosa vitória em que quem sai vencedor é a dor de ser o hábito que nos cultiva e não a vontade que nos faz crescer. E as linhas que outrora eram guia do meu entendimento que são agora? Se pudesse mudar, deitava o habito fora e criava em mim uma nova vontade de ser outra pessoa que não aquele que  pelas entranhas do seu interior escreve aqui. Viro as linhas e tento fazer delas uma corda que me leva ao céu e que me deixe cair. Sim... Prefiro cair e desligar para sempre que ter comigo o hábito. Quero deitar fora as formas de viver e de fazer sentir, porque já têm a forma do meu coração e do meu íntimo já sabem correr as minhas estradas do meu coração, já sabem onde são as minhas proezas e as minhas desgraças e já conhecem quem eu sou e porque sou assim. Despeço-te e quero que saias de mim para acabar com tal sofrimento que atormenta o meu coração e que agonia o meu interior... Quero escrever uma nova música e apagar a velha, quero escrever uma nova história e quero que todos a sintam como eu a sinto agora... Quero deixar de ser a tua sombra em vez de ser eu a tua sombra. Após vários anos deve ser esta a primeira e única vez em que o meu corpo e o meu íntimo anseiam com o término deste hábito que me assombra e que corrói as linhas que eu construir como forte a uma dignidade morta. Morto estou eu que nem sei o que escrevo, morto estou eu porque choro e nem sei o porquê desse choro, morto estou eu porque não sei se tudo na minha vida foi verdade ou mentira... Quero fugir daqui e deixar este hábito de lado... Não se trata de um fato que pessoas maiores que eu usam, mas sim uma forma de sentir, caracterizo o hábito como uma forma de sentir continua... Sabes o que digo, hábito? Corroí-te a ti, e deixa-me construir uma nova vida, porque quero distancia de ti pois, quero ser feliz... Assim fala o coração...

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