Cada manhã, faço o mesmo caminho, cada dia é deferente, mas há uma coisa que é sempre igual é a vontade com que eu os faço. O meu coração perdeu-se ao ver algo passar. Esse algo, era maravilho, que fez com que o vento canta-se e as flores entoassem. As vezes penso que cada gesto dado por mim, é como um feitiço que lança para o nada. Sim, para o nada. As vezes paro nesse caminho, haver se há outra maneira de eu sair daquele ritmo, morto. Talvez de fosse especial ou de revista, eu seria diferente, sinto-me um som perdido no meio daquele caminho. É então que eu fecho os olhos e sinto-me pequeno, nunca foi amado e nunca amei e talvez por isso o meu íntimo chora devido a isso mesmo. Sinto-me tão pequeno que nem um ser pequenino, sim que nem um ser pequeno, sem ter responsabilidades, mas acima de tudo por estar sempre a rir. Foi então que no meio de ter os olhos fechados alguém me toca e me pega na mão e dá-me um beijo nela, ele alguém sou eu mesmo, que devido a uma mera e triste solidão tento beijar o que não se pode beijar que é a minha consciência. Considero a consciência a minha melhor amiga, assim como considero o canto do vento, uma harmonia sem fim. Ele consegue bater-me e fazer-me sentir especial, mesmo apesar de eu não ser da revista, ele com a sua gloria, faz-me sentir importante. Ele faz-me poemas e canta-me melodias que eu não consigo cantar. Quando me sinto triste ele faz-me sentir feliz. Quando o tempo parou ele trabalhou e construiu um grande cartaz para eu poder ver como ele continuava comigo, sempre que eu necessitava dele ele tocava-me na cara e agora, onde está ele, as flores choram, as árvores apedrejam a estrada com as suas folhas secas, que pela sua tristeza não conseguem bailar porque a mãe está triste e o som do vento não existe. Eu nunca fui muito bonito, nem nunca foi de revista, mas posso dizer que a nossa amizade era como o ouro, e agora a minha amizade por algo do género é como pepitas de açúcar que caem do céu, como se o céu estivesse a largar as suas estrelas. As estrelas perderam a luz, porque o som do vento, a sua voz, fazia com que a sua luz fosse mais forte. Porque te foste vento, quero voltar a ouvir o teu som e puder acordar e saber que me vais cantar uma bela harmonia, sem ti, as musicas já não são o que seriam, se tu desapareces eu desapareço, mas se tu voltas eu volto... Como não cantas nada com essa bela voz eu desapareço...
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