Eis uma palavra que não entendo, assim como não entendo as suas próprias raízes... A razão...É uma palavra difícil devido ao seu carisma de autoritária e de lutadora, mas será verdade? A verdade é que ela não existe em mim, algo que fica preso no lagar do meu próprio vinho, que fica a deriva do meu próprio mar, mas em mim não existe... Procurei livremente como um pássaro mas não a encontrei...Descobrir vestígios dela mesma mas nada que me levasse ao concreto, não encontrei senão um pequeno lenço onde constava o seu cheiro a caramelo e a chocolate, não encontrei senão a mim mesmo, no vazio do meu ser. Pode ser forte, mas a mim não me derrota, porque eu próprio já me derrotei, ao ignorar avisos e palavras vindas de bocas moribundas que me esfaqueavam a alma e me penetravam no meu coração como as trevas cobrem a noite...Não amo essa palavra, mas cortou-a com a minha faca que trago comigo e guardo os seus restos para os poder queimar. Não a consigo entender, porque ela é difícil de ser entendida, mas não me prendes, porque eu já estou preso a quem me prendeu. Prendes-te o meu corpo ao corpo que não é ninguém...Crias-te em mim, imagens fictícias que de uma forma se tornaram reais e verdadeiras as quais tenho medo de falar... Aterrorizas-te os meus sonhos, com as tuas ameaças de me penetrares com as tuas raízes e me sufocares com o teu olhar mortífero. Fiquei noite desperto a espera que viesses e me levasses, mas nunca chegastes a vir, e aquilo que eu guardara para ti, levaste-o sem uma autorização fazeres e pedires. És má... Humilhaste-me no raiar do dia e no escurecer da noite. Provocas-te a minha morte imaginativa a qual foi levada contigo. Eu sei que não sou perfeito, mas tu também não passas de uma palavra que o seu conjunto é mais que imperfeito que o próprio Homem imperfeito. Não és uma criação viva, mas uma criação morta, que com esse preconceito nome nunca chegaras ao coração de ninguém assim como ninguém se prostrará diante de ti, porque tu és mortífera e feres com esse olhar a própria vontade de ser vivido e de viver...
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